1996, em algum lugar da Holanda. (E ao som de Something for the pain)
Chuva
Os pingos d água caem como agulhas (mas parece que apenas eu os vejo)
Distorção
Na mais completa mistura de elementos, vultos e torturas (alucinações)
Seja: manhã, tarde ou angústia… O que importa?
Se nem sei em que mês eu estou? (Risos e mais risos)
Estou… E não é que eu estou?
Num barato que me carrega, de encontro às nuvens mais lindas que tu poderias imaginar… E de vez em quando, ele me solta,
Para eu poder rir dos otários que se travestem de ridículos perfeitos.
Para eu cuspir nas patricetes vendidas e condicionadas pelo sistema.
Sistema podre: que te dita, te entope (te odeia)
Sim, te odeia (como eu também te odeio, seu merda!)
Nesse minuto que parece valer muito mais do que a tua dita sábia construção,
De um mundo feliz e hipócrita
O que para mim, é mais uma ilusão,
Destas que se joga na parede feito bosta, a escorregar.
Não sabe? (um pouco mais de risos e talvez você entenda)
Claucio Ciarlini (2013)