DESCULPAS ESFARRAPADAS

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MARIA DILMA PONTE DE BRITO
ACADEMIA PARNAIBANA DE LETRAS – APAL  CADEIRA 28
PATRONO – LÍVIO LOPES CASTELO BRANCO
1º OCUPANTE – HUMBERTO TELES MACHADO DE SOUSA
INÉDITO – DO LIVRO “O QUINTO”

         Para justificar o não cumprimento de compromissos as desculpas esfarrapadas são muito utilizadas. Bem melhor seria assumir a culpa do que ser pego na mentira. Agora com a tecnologia e seus brilhantes serviços ninguém engana mais ninguém. Portanto não caia nessas situações vexatórias.

  • Ele disse para a moça que era solteiro. Mas ela viu no instagram a foto da família real. Ele a esposa e os dois filhinhos.
  • Chegar atrasado na reunião pondo a culpa no transito não procede mas, porque agora tudo é no google meet.
  • Não vi sua mensagem (mas estava com os dois tracinhos azuis)
  • Estou em casa (a webcan está mostrando a mesa de bar e muitas cervejas)
  • Na festa de meu aniversário só convidei a família (no facebook tem a família e meio mundo)
  • Liguei para você várias vezes (nenhum registro de chamada ficou gravado)
  • Não tinha como avisar (e o whatsApp, e-mail, celular, o face, o instagram)
  • Não comprei o seu presente porque não sabia que era seu aniversário (o facebook avisou)
  • Não assisti o show do Jorge & Mateus com você porque o ingresso era caro (o show era de graça por meio das lives)
  • Vou pagar depois porque esqueci de sacar (transfira de seu celular).

       Dizem os entendidos que as desculpas servem de mecanismo de defesa na batalha entre a identidade positiva e os desafios comuns da vida diária. Mas, fugir da culpa não é o melhor remédio. Assumir a responsabilidade dos atos praticados é uma atitude nobre.

“É preciso muitas verdades para se ganhar a confiança, mas basta apenas um mentira para perdê-la” (autor desconhecido)

Cronologia Poética (2010): O poeta e a poesia

poesia
O poeta,
Ser Sensível,
Que sente e produz
Diferente do Homem
Que apenas pensa e age
Nunca poderá esquecer que
Antes da poesia ser obra acabada
Ela foi uma inspiração deveras incerta
Que antes de se tornar raciocínio, foi um sentimento
Que antes da ser pele pressionando e produzindo no papel
A poesia foi inspirado sangue, correndo e pulsando nas veias!
O poeta precisa saber que antes da poesia chegar à comodidade do consciente
Ela fez longa travessia pelos trechos sombrios do inconsciente
Que antes de se tornar lógica, a poesia foi impulso
Que antes de ser alento a um cérebro pensante
Ela foi desabafo de um coração emocionado

O Poeta precisa ter em mente que
Antes mesmo de se tornar:
Corpo, escrito, passivo, inflexível, frio
Muito antes, esta foi:
Alma, fértil, inquieta, latejante, em chamas!

A poesia,
Produção esplêndida e única do Sensível
Nunca será maior que seu criador
Todavia, o Poeta jamais poderá pensar,
Que é mais valioso que sua criação
A poesia precisa do Poeta para existir
O poeta não consegue viver sem Poesia
Como diriam alguns: são dois lados de uma mesma moeda!

E se um dia…
O Poeta ousar, mesmo que por um momento, em pensar que é gigante
E dessa forma, achar que é mais valioso que sua criação, a poesia
Então, neste dia, neste lamentável dia
Ele deixará de ser um Sensível
Para se tornar apenas um Homem, em meio a tantos outros.

Claucio Ciarlini (2010)

  • No ano de 2010, o meu trabalho como professor se intensificou, fazendo com que eu tomasse a decisão de me afastar por tempo indeterminado da parte editorial e administrativa do jornal. Porém ainda permaneci atuando no impresso de algumas formas: produzindo matérias, compartilhando ideias, servindo de “ponte” para novos escritores e anunciantes. Foi um ano marcado também pela ida (e depois de 17 anos de espera) ao show da banda que mais me marcou em termos musicais e me inspirou em termos poéticos: Bon Jovi. Outro acontecimento foi o convite que recebi para participar como jurado de um concurso de poesias organizado pelo jornal recém fundado Caderno Urbano.  Da leitura e analise dos poemas, acabei escrevendo “O poeta e a poesia”, que consiste numa pequena homenagem àqueles que participaram do concurso, mas também um alerta para que os escritores não deixem que essência poética se perca entre o nascer e o lapidar de sua produção.