MISSIVA

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Foto com o acadêmico Ignácio de Loyola Brandão
Academia Brasileira de Letras

MARIA DILMA PONTE DE BRITO
ACADEMIA PARNAIBANA DE LETRAS APAL – CADEIRA 28
PATRONO LÍVIO LOPES CASTELO BRANCO
1 º  OCUPANTE HUMBERTO TELES MACHADO DE SOUSA

Parnaíba, 28 de julho de 2020

D.Christina,

                  Espero que você esteja bem ao lado do Professor Alexandre e de toda sua família. Graças a Deus os meus estamos gozando saúde e muita paz. Continuamos confinados por causa do COVID-19, mas ainda bem que contamos com a tecnologia nos permitindo a aproximação por meio de e-mail, celular e whatsApp.

                  Postei no grupo das bancárias aquele texto que falei intitulado “Carta que não foi”. Fez tanto sucesso que elas resolveram escrever umas para as outras. Foi muito interessante. Por isso mesmo me veio a ideia de enviar essa missiva até para recordarmos alguns momentos importantes que passamos juntas.

                Recordo o tempo que você foi minha professora no Colégio Nossa Senhora das Graças, sempre pontual, responsável e de uma elegância ímpar. Depois que me dediquei à profissão de mestra tentei imitá-la em todos os itens.

               Fiquei a imaginar que seguimos em estradas paralelas, lado a lado, porque depois do nosso convívio na sala de aula você foi minha Vice-Reitora na Universidade Estadual – UESPI, sempre me deixando ensinamentos. Uma Administradora que ouvia seus subordinados e delegava muito bem a responsabilidade.

          Continuamos a nossa trajetória na Academia Parnaibana de Letras- APAL, dividindo o mesmo espaço desse sodalício que hoje está completando 37 anos de fundação. Fui recebida com um belíssimo discurso de recepção proferida pela acadêmica Maria Christina de Moraes Souza Oliveira por ocasião de minha posse.

          Indiquei seu nome para fazer parte do Clube das Ladies. Clube de entretenimento das senhoras da sociedade parnaibana que funciona todas as quartas- feiras. Seu nome foi aceito e dessa vez fui eu que a recepcionei no seu primeiro dia de frequência.

          Nossos laços de amizade se estreitam cada dia mais, dada a nossa aproximação física constante. E passei a observar que a idade entre nós não parece mais tão distante. Somos amigas como se tivesses nascido numa mesma época. Apesar do respeito e admiração que sinto por você trocamos ideias e as vezes até divergimos em alguns pontos, discutimos, mas nada que macule o afeto que construímos.

          E por falar em afeto para meu contentamento você passou a me considerar filha do coração. E como fico feliz quando recebo os cartãozinho por ocasião de meu aniversário, de natal, dizendo no final: “para minha filha do coração”. Como uma boa mãe você sempre me levou para o bom caminho, ou seja, para a Casa de Deus me convidando para missas e confissões.

          Antes de concluir esse momento tão agradável, merece ainda recordar um viagem que fizemos a Teresina e no retorno, no dia 25 de maio de 2009, ficamos impossibilitadas de chegar a Parnaíba por causa do rompimento da Barragem de Algodões. Chegando na cidade de Buriti dos Lopes não tivemos como prosseguir. Vivemos um momento de “terror”, podemos dizer assim. Sem energia, no meio de multidão desesperada, celular sem sinal, mas tudo acabou com um final feliz.

          Acho que essa cartinha já se alongou por demais. Bem que teria ainda muito o que dizer de nossa linda amizade. Não faltarão oportunidades, tenho certeza. Vou ficando por aqui deixando para minha mãe do coração um grande abraço.

                                                            Maria Dilma Ponte de Brito

ACADEMIA PARNAIBANA DE LETRAS – 37 ANOS

 

academiacoronas

Por Antonio Gallas cadeira nº 35 

Neste 28 de julho a Academia Parnaibana de Letras completa 37 anos de sua fundação.

Seria uma data a ser celebrada com encontro religioso, lançamento de livros, coquetel,  e tudo mais no se refere às celebrações de aniversário. Entretanto, por conta do momento atual, essas atividades não poderão ser feitas com a presença de convidados especiais como em anos anteriores, todavia o encontro religioso poderá ser feito por cada um de nós, membros do sodalício, numa corrente de orações pedindo ao Pai Criador que  nos proteja  contra esse famigerado coronavírus e que essa pandemia acabe o mais breve possível para que a atividade humana  volte a fluir de forma normal, ou mesmo como já está sendo almejada, dentro de um novo normal.  Quanto ao coquetel,poderemos, em nossas residencias, abrir uma garrafa de refrigerante ou de cerveja, talvez um taça de vinho e degustar com uma fatia de bolo, cuscus,tapioca  (que no Maranhão se chama beiju),  ou até mesmo salgadinho adquirido pelo delivery.

Conheçamos então um pouco da história dessa que é uma das mais importantes instituições culturais do Piauí, localizada em Parnaíba –  a ACADEMIA PARNAIBANA DE LETRAS denominada de Casa de João Cândido.

   ORIGEM

Por iniciativa do parnaibano José Pinheiro de Carvalho, o “Moço do Piauí”, que reuniu intelectuais da cidade, em sua residência na BR 343 – Baixa da Carnaúba (onde anos depois funcionou a Academia de Polícia) foi fundada em 28 de julho de 2016 a Academia Parnaibana de Letras – APAL.

Dentre os intelectuais fundadores presentes  à essa reunião, encontravam-se  o professor e advogado Alcenor Candeira Filho, os juízes  João Nonon de Moura  Fontes Ibiapina (escritor romancista),  José de Anchieta Mendes de Oliveira ( professor universitário, jornalista, cronista, poeta e musico) , o jornalista Raimundo Fonseca Mendes (cronista e poeta) e a professora Maria da Penha Fonte e Silva (historiadora e cronista).

OBJETIVOS 

 A instituição tem entre seus objetivos o estudo e a cultura da língua portuguesa, o desenvolvimento literário, científico, filosófico e artístico de Parnaíba, a formação de acervos bibliográficos, além da preservação de peças históricas como o Memorial Humberto de Campos, aberto à visitação pública, a Biblioteca Renato Castelo Branco disponível para consulta pública a estudantes e pesquisadores, bem como apoios necessários à Biblioteca Municipal de Parnaíba. Tem ainda a responsabilidade de publicar anualmente a Revista da Academia com artigos,poesias, discursos de posse dos acadêmicos, informações sobre seus membros e patronos, além de notícias e informações da cidade.

A partir de 1994  ficou responsável por manter a tradição de editar anuamente o Almanaque da Parnaíba, um anuário criado  em 1923 por Benedicto dos Santos Lima, patrono da Cadeira nº 03 ocupada por José de Anchieta Mendes de Oliveira. O Almanaque da Parnaíba é editado como  revista da instituição.

LEMA

  “Ad immortalitatem , expressão latina que significa Rumo à Imortalidade,  é o lema da APAL com base no lema da  Academia Francesa que deu origem às demais academias de diversas partes do mundo. O cargo de “imortal” é vitalício, o que é expresso pela expressão acima citada e a sucessão dá-se apenas pela morte do ocupante da cadeira.

BRASÃO

BRAZÃO

Idealizado pelo então presidente Lauro Andrade Correia, o brasão da Academia é um hexágono tendo ao centro um desenho do Monumento da Independência com inscrições nas laterais centro Independência – História – Cultura e a data 19 de outubro 1822 (refere-se à data adesão do estado do Piauí à independência do Brasil). Na parte externa a inscrição ACADEMIA PARNAIBANA DE LETRAS – 29 de julho 1983 (referindo-se à data da fundação da Academia.

 O Monumento da Independência está localixado na Praça da Graça em frente a lateral do prédio da Cãmara municipal – edifício Elias Ximenes do Prado qual já foi sede do Poder Público Municipal.

INSTALAÇÃO E DIRETORIA

Apesar de haver sido fundada em 28 de julho de l983, a instalação da Academia com novos membros, e a posse da sua primeira diretoria deu-se apenas no dia 19 de Outubro como parte das comemorações do Dia do Piauí.

O primeiro presidente foi o escritor João Nonon de Moura Fontes Ibiapina e o secretário geral, o seu idealizador José Pinheiro de Carvalho.

A APAL não tem vice-presidente e cabe ao secretário geral substituir o presidente na ausência deste.

ATUAL DIRETORIA

A atual diretoria da Academia Parnaibana de Letras para o biênio 2019/2021 está assim constituída:

Presidente: José Luiz de Carvalho

Secrtetário Geral: Antonio Gallas Pimentel

Primeira Secretária: Maria Christina de Moraes Souza Oliveira

Segunda Secretária: Maria do Rosário Pessoa Nascimento

Tesoureiro: José Wilton de Magalhães Porto

Segunda Tesoureira: Lígia Gonçalves de Carvalho Ferraz

Diritor de Biblioteca: Antonio de Pádua Marques Silva

MEMBROS

O sodalício possui 40 cadeiras,  cada cadeira com seu respectivo patrono e membro ocupante chamado de acadêmico. No momento todas estão preenchidas, entretanto, por motivo da pandemia e por qualquer outro motivo 03 ainda faltam tomar posse, o que poderá ser, de forma virtual como foi a última eleição realizada em 11/06/2020, ficando a posse física solene, coquetel e tudo mais, para quando, já disse antes, voltarmos ao novo normal.

NOTA DO REDATOR

A Academia Parnaibana de Letras – Casa de João Cândido, localizada à Rua Alcenor Candeira nº 680 – Centro, no momento, por conta da pandemia, encontra-se com  suas atividades físicas (visitação ao Memorial Humberto de Campos, pesquisas na Biblioteca Renato Castelo Branco)paralisadas, porém tão logo a situação se normalize serão disponiobilizadas novamente à visitação publica.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cronologia Poética (2017): Cego, surdo e mudo!

Sem tít
É preciso ter sensibilidade na hora de educar
Mais até do que vontade (que já é importante)

Um professor que não tenha sensibilidade
É um professor cego, que não costuma enxergar
Nada mais do que aquilo que alimente o próprio ego

Este tipo de professor também não escuta
Privilegiando apenas o verbo que saia
Da sua língua (por vezes bifurcada)

E mesmo tendo essa enorme língua, mudo será
Pois atenção, a grande maioria não prestará
Entrando por um ouvido e saindo pelo outro

Esse “professor” dificilmente irá educar
Pois não tem amor pelo que faz e para quem
Não fazendo a diferença para quase ninguém

Estará bem longe de ser um mestre eficiente
Na verdade, bem verdade, ele é o deficiente.

Claucio Ciarlini (2017)

  • 2017 foi marcado: pelos 10 anos do jornal O Piaguí (que ganhou prêmio especial na Semana da Imprensa de Parnaíba daquele ano); pela criação do site O Piaguí Virtual (que mais tarde se converteria em O Piaguí Online); pelo nascimento da coletânea poética Versania, idealizada e organizada por mim (revelando 22 poetas da nova geração e que representou muito dentro do meu crescimento como escritor); por intenso trabalho no Projeto Cinema e História (tanto na produção do filme, como em visitas à turmas de escolas e faculdades para apresentar o projeto); e pela labuta de sempre como professor e orientador de monografias (sem oportunidade de descanso). Enfim, foi um ano de intensa produção e de grandes e maravilhosas realizações, mas que acabou me custando um pouco da saúde, no que cheguei ao fim deste recebendo o diagnóstico de Diabetes, o que resultaria em outros problemas no ano seguinte.