Cronologia Poética (2014): A moeda

cara-ou-coroa

Professor e aluno, fusão que gera escola
Ao menos é o que se espera

Escola com aluno sem professor não é escola
Escola com professor sem aluno não é escola

Tem aluno que cola
E não aprende nada
Professor que enrola
E não sabe é de nada

Professor que só olha para a hora
Aluno que pouco ou nada colabora
Professor que apenas anota
Aluno que foge, vai embora
(Diretor sabe, onde ele mora)

Tem aluno que só quer saber do ponto pra nota
Tem professor que só trabalha com dinheiro na conta

E assim segue: aluno – ponto, professor – grana
Dois lados. A mesma moeda.

Claucio Ciarlini (2014)

* 2014 foi iluminado em diversos aspectos. Logo no inicio eu obtive o diagnóstico de Tourette, o que fez com diversos questionamentos que eu tinha há décadas fossem elucidados, me fazendo melhorar bastante. O Projeto Cinema e História no seu quarto ano alcançou o auge, ao invés de um filme (como de costume), foram produzidos três: um para cada turno (manhã, tarde e noite).  Tive a alegria de organizar e lançar, em parceria com duas professoras, uma coletânea poética com escritos de alunos do ensino médio da escola Cândido Oliveira chamada “Poesia Adolescente”. No Piaguí eu seguia colaborando com ideias e com a série “20 dias de Bon Jovi”. Foi um período em que ampliei a produção de poemas com temáticas ligadas à Educação a citar: A moeda. Nesse ano, pude também conhecer e reencontrar alguns escritores quando fiz parte de um grupo intitulado Café Poético, que apesar de não ter ido para frente, me rendeu boas amizades e ensinamentos. E antes que o ano terminasse, ainda recebi a honra de ser o professor homenageado de uma turma de Pedagogia, cuja placa levou o meu nome. Fato que viria, felizmente, a se repetir em anos seguintes.

ESTAVA À TOA

forto boa dilma

MARIA DILMA PONTE DE BRITO
ACADEMIA PARNAIBANA DE LETRAS – CADEIRA 28
PATRONO LÍVIO LOPES CASTELO BRANCO
1 º OCUPANTE HUMBERTO TELES MACHADO DE SOUSA
DO LIVRO “O QUINTO” – INÉDITO

          Tem dias que nos damos um tempo para ficar de pernas para cima dando uma folga aos pés e umas férias à cabeça. Quem não merece um momento desses? Ninguém é de ferro. Pois bem, foi numa ocasião dessas que fiquei imaginando. Tem coisa que existe em todo e qualquer lugar. Nas cidades pequenas, nas grandes e até fora desse meu querido território brasileiro.

          A Banda de música é um exemplo, nasci e cresci escutando a charanga da minha pequena cidade reunir multidões para o seu show no coreto da praça principal. Hoje parece não ser tão mais valorizada, embora tenha sua importância artística e cultural encantado os ouvintes com seus instrumentos de sopros, trompetes, tubas, bumbos e pratos. Quando visitei Sintra, cidade turística de Portugal, fiquei encantada com a banda desfilando na cidade recebendo seus visitantes com alegria contagiante. E como diz Chico Buarque: fiquei à toa na vida vendo a Banda passar cantando coisas de amor.

          Outra coisa é a procissão. Em qualquer lugar que você pensar, em certas ocasiões tem uma quantidade de fiéis em cortejo religioso realizando uma marcha solene pelas ruas, carregando imagens e entoando cantos e orações. A procissão tem o significado de levar a imagem do Santo pelas ruas para espalhar bênçãos. Na minha cidade, Parnaíba, no dia da Padroeira Nossa Senhora da Divina Graça e no dia de São Francisco esse ritual acontece reunindo um grande números de fiéis.  Fátima em Portugal tem como tradição realizar a procissão de velas. Gilberto Gil cantou a procissão comparando como cobra se arrastando pelo chão e as pessoas que nela vão passando acreditam nas coisas lá do céu.

          O Carnaval é uma festa popular realizada em diferentes locais do mundo. No Brasil é celebrada com mais entusiasmo e por isso atrai grande número de turistas. As escolas de samba se preparam o ano inteiro para desfilar na avenida mexendo com o coração dos foliões. Paulinho da Viola canta que sentiu o seu coração apressado quando viu a Portela passar.

          A música, a fé e o entretenimento são pilares de um povo. São alimentos da alma.  A música é o composto de melodia e ritmo. O carnaval é uma festa popular que renova as energias. A fé é uma esperança.

E como diz Gilberto Gil andá com fé ou vou porque a fé não costuma faiá.