Tributo a um homem chamado trabalho – João Claudino Fernandes
Chegamos nesta cidade verde quase na mesma época, início dos anos 1960. Eu, criança ainda, para estudar, aprender. O Seu João para nos ensinar como deveríamos nos comportar ao longo das nossas existências. Sua maior virtude: acreditar nas pessoas. E assim agiu ao longo de sua trajetória, que o diga o seu fiel colaborador longaense, Raimundo Soares, e tantos outros que tiveram o privilégio de contar com a sua estima. Acreditar que a terra seca, sofrida, tórrida, quando irrigada adequadamente devolvia as boas sementes nela depositadas em de forma de valiosos frutos. Na sua criação de animais, nasciam e cresciam os melhores e bem cuidados animais. Acreditar nas diversas atividades que se descortinava à sua frente. Um Midas! Tudo que tocava virava ouro. Antecipava-se a todos quando o assunto era vislumbrar um empreendimento que se tornaria sucesso, mesmo sob a incredulidade de todos que o cercavam.
Assim é que criou no nosso sofrido e pobre Nordeste um conglomerado à semelhança de Sara Lee americana, porém superior, visto ser nosso, sofrido, sonhado, idealizado, enfim, a própria expressão da sua forma de lutar, sua maneira de enxergar mais longe, de encontrar sempre um meio de chegar vitorioso ao outro lado.
I
“João Claudino nos deixou, pros céus, partiu
Deixou na terra o coração dos amigos,
E dos colaboradores um vazio enorme,
Deixando um grande legado: a amizade!
II
É madrugada e a chuva não para,
Chove contínuo, molha bem a terra,
Onde ele plantou, plantou e plantou
A solidariedade, a amizade e o amor!
III
Existem dois Piauís, um antes do Seu João
Pobre! Outro depois, do Seu Claudino, Rico!
Pobre sem empreender. Rico Empreendedor!
IV
Sucesso nos negócios, sucesso na família!
Sucesso no amor! Com a amada Dona Socorro.
Felizes somos por tê-lo como exemplo e amigo!
JOSÉ ITAMAR ABREU COSTA
SÓCIO CORRESPONDENTE DA APAL
OCUPANTE DA CADEIRA 18 DA ACADEMIA PIAUIENSE DE LETRAS
MEMBRO DA ACADEMIA LONGAENSE DE LETRAS E DA ACADEMIA DE MEDICINA