Donativo Involuntário

Eu tenho uma amiga  muito sábia e inteligente,que sempre me aconselha. Sinto que ela gosta muito de mim e quer me ver cada vez melhor. Por isso, ela insiste para que eu vá a missa aos domingos. Já me explicou por várias vezes o sentido da missa, já me presenteou com livrinhos esclarecendo a importância da homilia, mas não tem jeito, eu não consigo me concentrar durante a celebração. Fico observando a roupa chique das madames, os anéis belíssimos que estão nos dedos das senhoras que debulham o terço, quando não, o pensamento voa. Tentei sentar no banco da frente para evitar tamanha distração, mas é pior ainda,  cochilo. Sei que não justifica, mas já fui muitas missas quando criança. Estudei em  colégio de freira de 6 aos 18 anos, fiz primeira comunhão , fui crismada e pertenci até as “cruzadinhas”, uma irmandade só de meninas, administrada pelas Irmãs dos Pobres de Santa Catarina de Sena, que nos ensinavam a orar e pregavam a fé.

Por outra coisa que minha amiga fica no meu pé, é para que eu escreva coisas sérias. Ela quer que eu publique artigos científicos e livros dentro de minha área. Mas, eu argumento sempre com ela: Será que alguém vai se dar ao trabalho de ler um livro meu sobre administração ou direito, quando o Kotler, Eunice Lacava, Chiavenatto, Maximiano, Paulo Bonavides, Helly Lopes Meireles, Ada Pellegrine, José Cretela Júnior, tem um montão de livros já consagrados no mercado?

Eu e essa minha amiga, temos um colega em comum. Ele é um grande empresário. Tem muito dinheiro, mas você sabe, nunca é o bastante. Por isso mesmo, joga toda semana na mega-sena. Aos domingos ele está na missa. Reza fervorosamente, comunga e na hora da oferta, dá sempre a sua contribuição. Ninguém sabe o valor do óbolo da igreja após sua dádiva, mas “imaginam” ser bem representativo. Acontece que as pessoas esquecem que no mundo atual ninguém mais, anda com tanto dinheiro no bolso. Hoje cartão de crédito, faz o papel da cédula. Pena que a Igreja católica ainda não se modernizou como as demais, colocando aquelas máquinas de cartão a disposição dos fiéis para cada um transferir seu dízimo. Na hora do ofertório principalmente, ela seria muito útil. Por isso, contrariamente do que o povo pensava a contribuição do nosso amigo rico se restringia aos míseros trocados que ele encontrava no bolso, uma vez que sempre esquecia de reservar uma boa importância e levar para a missa.

            Em um desses domingos, durante a celebração percebeu que estava apenas, com R$ 2,00 (dois reais). Deixar de levar a oferta era uma desfeita para os fiéis. Um homem tão rico e nem na hora do ofertório abre a mão para soltar um dinheirinho!?…Se soubessem, porém que estava contribuindo com uma quantia tão insignificante, também não seria de bom tom. Casualmente encontrou no bolso da camisa um envelope pequeno de carta que parecia estar vazio. Colocou discretamente a importância dentro e dirigiu-se para a mesa das ofertas, fazendo ver que naquele envelope tinha um bom dinheiro. Os fiéis o olhavam agradecido. Ele, contrito, fazia suas orações, jurava perdoar os inimigos, pagar seus impostos devidamente, embora sabendo que ao sair dali as promessas seriam esquecidas. Cala-te boca! Atira a primeira pedra, que nunca cometeu pecado dessa natureza.

No dia seguinte, enquanto almoçava viu na televisão o resultado da mega-sena. Os números coincidiam exatamente com os que tinham feito à oposta. Eram as datas do aniversário dele, da mulher, dos filhos. As águas, meu irmão, só correm para os rios. Mais uma boa graninha para somar a rica dinheirama do abastado. Encontrar o bilhete sorteado era “o problema”. Abriu uma gaveta, outra, outra e mais outra,  nada. Nosso colega, não perdeu a calma. Sabia que o bilhete estava em casa e ninguém poderia receber sem aquele pedacinho de papel. A sua mesa já estava bastante revirada e entre tantos papéis estava o jornal com a manchete: Ganhador da mega-sena. Surpreso deteve-se para olhar a notícia que dizia o seguinte:

O ganhador da mega-sena dessa semana foi a Paróquia da Igreja do Coração de Jesus. Durante a missa do último domingo, um fiel colocou na hora da oferta um envelope contendo o bilhete que hoje foi o premiado. Parece que ele quer continuar no anonimato, pois até agora não se manifestou para explicar como teve a ideia  e porque fez isso. A Paróquia agradece pelo gesto do cristão e diz que esses milhões terão um bom destino.

Maria Dilma Ponte de Brito 
Do livro Lero Lero
Cadeira 28 APAL

Colcha de Retalho

   colcha   Quadradinhos de tecido colado um a outro cuidadosamente. As nuances se combinam. Belo colorido. Da seda à chita. Do xadrez às rosas, das listras as bolas. O verde, o azul, o preto, o amarelo e o vermelho se misturam.

            Colcha de retalho que adorna os leitos, que esquenta o corpo, que aquece a alma. Colei o vermelho num dia alegre de sol. Estava de bem com a vida. O pedacinho de bolinhas grandes e pequenas foi cozido quando a cabeça borbulhava. Os problemas nos cercam no decorrer de cada dia. Listras, estradas infinitas, longo caminho retratada na colcha de retalho fofa, macia e bem tecida.

            Arte, beleza, trabalho das mãos. Linha e tecido se encontram quando a agulha os penetra. Ferindo, furando para tecer uma obra. Tudo tem um preço. As mãos trabalham, os olhos vigiam a cabeça comanda. Um dia após o outro, a rotina. Cortar o tecido, costurar, aumentar a colcha. Ela cresce, mas não fica no tamanho.

            Colcha de retalho. Inacabada. Admirada pelos olhos de quem a vê. Amarrotada no baú, misturada às tiras de panos, as linhas, à tesoura e apesar de tudo bela. Recorte de tecidos sem serventia, retirado do lixo para a arte. A transformação de Lavoisier. Nada se perde.

            A vida é uma colcha de retalho. Custa ficar no seu tamanho.  Mesmo que fique, ela não pode ficar pronta para não acabar a vida. Falta sempre um arremate, um complemento, um adorno. Enfeita-se com contas, bordam-se os quadrados, engoma – se, alarga-se. Ela está sempre em produção. Cada um tem a colcha de retalho que merece. Bonita ou feia, forte ou frágil, aquecedora ou aconchegante, construída, elaborada, costurada ponto a ponto, passo a passo nas manhãs, nas tardes e nas noites.

            Colcha de retalho, pedaços de tristezas, de alegria, combinação de paz com amor, quadradinhos de amizades e desamor, recortes de amigos, presença da saudade. Combinação perfeita, obra inacabada, arte, é assim a nossa vida. Uma colcha de retalho.

Maria Dilma Ponte de Brito
Do livro Lero Lero
Cadeira 28 da APAL

 

Sonho Mau

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Você era o único par,
Que bailava naquele salão.
Meus olhos se te avistavam
Era só teu meu coração.
Morria de ciúmes de você,
Eu chorava olhando pra você
Enquanto você bailava no salão.
Invejava de toda a bailarina
Queria ser como ela dançarina
Para estar envolvida em seu abraço.
O ciúme me matava vagarosamente
Eis que senti a morte lentamente
Ia morrer por sua traição.
Foi quando acordei
E percebi que sofria inutilmente
Pois era apenas um sonho mau e nada  mais
Tudo entre nós estava muito bem
Estava em paz.

Maria Dilma Ponte de Brito
Cadeira 28 da APAL

09.08.1973

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Do que é feita a saudade?

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     Não aquela saudade de dias ou semanas, de mera viagem ou impossibilidade de tempo… Isso é apenas doce espera. Falo da saudade dos que nunca mais veremos, daqueles que muito amamos, mas que hoje são apenas memória, aliada a vestígios, roupas, mensagens, objetos, que até tentam servir de consolo, mas na verdade, bem verdade, não há nada que supere a presença, o sorriso, o cheiro, o abraço, o calor…

      Vivendo o dia a dia de trabalho, entre realizações e tropeços, seguimos, sem aquele ser ou aquela pessoa que tanto nos ensinou sobre o se importar com o próximo, mesmo em meio ao egoísmo de tantos… Que constituiu a nossa base, apontando os caminhos e ao mesmo tempo as consequências, inspirando ao mesmo tempo em que nos deixando prontos para também inspirar, a quem fosse preciso…

       E o que por muito tempo foi bela imagem, reforçada de cores, das mais fascinantes e divertidas, agora é quebra cabeça, desbotado, com peças desaparecidas, tragadas pelo tempo, e não há como substituí-las… Restando apenas o eterno olhar para as estrelas, à espera de algum sinal, um aviso, indicio, seja lá o que for… Tentando a ajuda até mesmo da ciência (quem sabe?)… À procura de respostas, algo que possa nos dizer, que possa nos provar, se um dia essa saudade, tão amarga, terá fim…

       A lágrima segue como a única certeza.

Claucio Ciarlini (2016)

VOTO DECLARADO OU NÃO

         O candidato saiu pedindo voto a amigos, conhecidos e até a inimigos. O importante era sair vitorioso. Nessa hora orgulho não conta. Ganhar a eleição é o foco e qualquer sacrifício vale a pena. Começar trabalhar cedo é também uma estratégia importante, dizia Bartolomeu. Por isso mesmo estava convicto que lograria êxito.

      Durante a campanha encontrou apoio de muitos amigos. Sua maior indignação foi quando pediu o voto de Jarbas seu colega de trabalho e este respondeu de pronto: desculpe, mas não vou votar em você. O cara deu um não de forma tão polida e educada, usando um tom de voz lamentável e com uma fisionomia tão lastimável que simplesmente o candidato aceitou a resposta sem retrucar, mas por dentro ficou uma fera.

        Chegou o dia da eleição. Bartolomeu tinha a cara de vitorioso e no bolso uma lista de todos que prometeram elege-lo. E dizia, não é por um voto que vou deixar de ganhar. Não esquecia o NÃO que levou.

     A votação aconteceu. Começaram a contar os votos e saiu o resultado. Bartolomeu perdeu feio. Foi uma grande decepção. Chegando no dia seguinte ao trabalho reuniu todos os colegas e disse: perdi a eleição, mas como tudo tem um lado positivo eu aprendi e descobri muitas coisas importantes nesse meu intento. Por exemplo,  que aqui só tenho um verdadeiro amigo, o Jarbas. Foi o único sincero e honesto. Não prometeu seu voto. Os outros foram falsos, não cumpriram com a palavra.

        Esse quadro é comum em período de eleição. São muitas as decepções.

      Outra história interessante nesse sentido aconteceu com Samuel. No seu período de campanha ele pedia voto a todos e dizia que se sentia eleito. Contava com o apoio da vizinhança, do pessoal do bairro inteiro, dos colegas de trabalho, do pessoal da igreja, dos clubes que pertencia, da família, dos amigos dos amigos e a vitória era certa.

      Resultado. Perdeu. Ele não deixou passar batido. Procurou cada um dos seus possíveis eleitores. E a resposta foi sempre parecida. Ora Samuel, você dizia que já estava eleito, então preferi ajudar quem estava precisando. Esse jeito de fazer campanha não deu certo. Talvez se tivesse sido mais humilde o resultado seria outro.

      Pois é, eleição é coisa séria. “Voto é a arma cidadã democrática que possibilita ao povo modificar a nação para cumprimento de seus deveres” – Mônika Christi

MARIA DILMA PONTE DE BRITO

Cadeira 28 da APAL

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O QUE VOU FAZER COM ESSA TAL LIBERDADE

O que eu vou fazer com essa tal liberdade
Se o coronavírus não me deixa sair
Não posso ir a balada
Nem ver a minha amada
E nem no shopping eu consigo ir.
Os bares, o comércio está tudo fechado
E nem se sabe quando vai abrir.

É questão de tempo tudo vai passar
Procure ficar em casa e se controlar
Leia um bom livro pra se divertir.

Estou entediado e muito preocupado
Com as notícias que saem por ai
Estou com a cabeça confuso e corpo em pedaços
Sinto a morte chegando e estou amargurado
E não tenho como o vírus impedir.

Ele chega e não escolhe a dedo
Pega o novo e o velho sem nenhuma seleção
O pobre, o rico, qualquer um ele encomenda
E mata sem nenhuma compaixão

Se você tem Deus e uma religião
Se pegue a fé isso é solução
Faça a sua parte tendo os cuidados
Siga do Papa a recomendação

O que eu vou fazer com esse fim de tarde
Se não posso jogar bola
Nem ir pro meu mundão
Fico aqui trancado e todo enclausurado
Cadê minha liberdade, isso é prisão.

Seja criativo e arranje um passatempo
Jogue dominó ou pegue o violão
Escreva uma letra toda apaixonada
E faça com afeto uma linda canção.

É….você me convenceu.
Vou usar a minha pouca liberdade
E não vou mais fazer reclamação.
Eu posso ainda pensar e escrever
Tem gente que nem sabe sequer ler
Sem renda, sem teto e muito menos o pão.

MARIA DILMA PONTE DE BRITO
CADEIRA 28 DA APAL

RECADO DE HOJE

      Tem certas coisas nessa vida que parece ter caindo de moda. Por exemplo, a pontualidade. É difícil um evento começar no tempo marcado. E sabendo disso as pessoas já se atrasam propositalmente. Esquecem, porém, que a pontualidade é “cortesia dos reis e obrigação dos educados”. Uma das coisas que ainda tem horário é a missa. Embora tenha me decepcionado com a última que fui. Começou vinte minutos depois. Lástima! Até porque o padre, o professor, deveriam dar exemplo. “A pontualidade é a arte de não desperdiçar o tempo alheio”.

        O meu recado de hoje diz respeito também com empatia. Colocar-se no lugar do outro. Todo mundo tem pressa atualmente. Por isso não existe a preocupação de ocupar exclusivamente sua vaga na hora de estacionar o carro para não se perder tempo. Do jeito que estacionamento está tão difícil pode ser considerado um crime desperdiçar espaço. Um minutinho a mais para ajustar o carro vale muito para outras pessoas.

         Em relação as mensagens nas redes sociais observa-se que todo mundo diz o vem na cabeça  sem refletir, perdendo muitas vezes a oportunidade de ficar calado. As pessoas brigam e perdem até postura no whatsApp, facebook e no instagram. Calma! Lembre-se que: “O silêncio é o caminho da sabedoria, então seja sábio escutando e não debatendo”. Reflita na hora de emitir opiniões e discordar.

      Bullying, intimidação, assédio, humilhação é um quadro comum na sociedade, mesmo existindo leis para proteger os mais fracos. Com tom de brincadeiras  vem ocorrendo até entre amigos. Isso é deselegante além de maltratar o outro. Pessoas educadas não tem essa postura.

      A falta de gratidão me chama muita atenção principalmente das pessoas católicas. Rezam, oram e reclamam da vida. O maior testemunho de amor ao PAI é agradecer pela saúde, pelo teto para morar, por ter comida à mesa todos os dias.

      As pequeninas coisas mostram sua personalidade. Zele por ela. Seja uma pessoa ética, solidária, educada, agradecida que isso fará bem  a sociedade e você mesma.

     Dei meu recado!

MARIA DILMA PONTE DE BRITO
Cadeira 28 da APAL

DOMINGO

        Hoje é domingo em tempos normais seria dia de praia, de almoço com a família, de reunião no sítio, banho de piscina e outras coisas divertidas.

         Mas nesse domingo, dia 29 de março de 2020, a dona de casa não saiu para comprar pão porque sabia que o padeiro não estava lá, nem o guarda saiu para prender o ladrão porque ele também não estava lá, o ladrão não saiu para roubar porque não tinha como o dinheiro gastar. A terra parou. Faz tempo que o aluno não vai a escola, nem o trabalhador vai trabalhar. Ninguém pode ficar junto e  muito menos se abraçar até o coronavírus passar.

            Então, se o domingo está lindo e não se pode aproveitar é um dia ideal para ler um livro e sem esquecer de rezar mesmo sem ser ir na igreja mas de casa se pode pedir a Deus para o COVID 19 não se prolongar.

            Não adianta reclamar, o mundo todo está parado. Amanhã será outro dia, lua sai ventania, eu quero ver o sol nascer lindo como ele é. A gente quer é ter muita saúde, a gente quer viver a liberdade, a gente quer viver felicidade.

            Vai passar essa página infeliz da nossa história essa ofegante epidemia. Vai passar, sim.

            Nossa Senhor nos faz suportar, cuida de mim, me dê a mão , cuida da minha vida e do meu destino. Cuida da nossa nação e do mundo inteiro porque nós queremos viver e não ter a vergonha de ser feliz. Ah! Meu Deus eu sei que a vida poderia ser bem melhor e será. A vida é uma doce ilusão, é alegria e lamento, mas é bonita, é bonita.

            E eu ando com fé, a fé não costuma faia. Vamos seguir com fé tudo que ensinou o filho de Nazaré. Obrigado Senhor por mais um dia, obrigado Senhor por eu viver, que seria de mim sem a fé que eu tenho em você.

MARIA DILMA PONTE DE BRITO
Cadeira 28 da APAL

O AMANHÃ VIROU HOJE O MUNDO DEU UMA PREGA

 

                        O mundo está se preparando para mudar hoje, amanhã e nos próximos anos. O renomado palestrante Artur Igreja ao falar de inovação explica que algumas profissões deixarão de existir no futuro e certas formas de trabalho serão modificadas graças a tecnologia. Ela tem evoluindo tão rapidamente segundo ele, que quando você se adapta a mudança outra já tem surgido. Antes o que acontecia em décadas, hoje ocorre no piscar de olhos. Nenhuma empresa hoje sobrevive sem tecnologia. Atualmente ninguém domina área do conhecimento porque ele se renova a cada instante. Resumido, o profissional do futuro tem que ser inovador e acompanhar as inovações tecnológicas. Lembrando também que a tecnologia permeia tudo, mas ela funciona somada com outras áreas de conhecimento. Cita ele, exemplo de empresas que já estão avançadas nesse aspecto inovador. Restaurantes enormes com apenas um garçom porque o cliente faz seu pedido no celular e paga também por meio dele.

Nos grandes centros muitas empresas e serviços já estão bastante avançados utilizando a tecnologia de informação, inteligência artificial, com resultados eficientes e eficazes. Mas outros avanços que se esperava acontecer daqui alguns anos abruptamente já estão acontecendo nas grandes e pequenas cidades graças a pandemia do coronavírus que de forma brusca impôs uma nova forma de trabalho e de viver. O serviço delivery já vinha sendo bastante utilizado mas não da forma intensificada como acontece hoje. Na cidade de Parnaíba, por exemplo, as entregas de serviços em casa eram de pizza, quentinhas, gás e algumas outras poucas coisas, agora para tudo tem delivery. O ensino a distância e os vídeos conferenciam já existiam esporadicamente. Atualmente tudo se resolve e se decide a distancia. As plataformas digitais, as vendas on line são realidades que ficarão mesmo depois que COVID 19 passar.

            Existirá o antes e depois do coronavírus. As empresas se reinventaram e se darão bem nas vendas on line, fizeram seus aplicativos e passaram a trabalhar com plataforma digital. O cenário mudou tanto na educação, na economia e na sociedade em geral, beneficiando as duas pontas. O funcionário que trabalha em casa se sente confortável em flexibilizar seu horário enquanto que a empresa economiza energia, despesa de cafezinho, etc. etc.

            A pergunta é: depois que tudo isso passar será que as pessoas vão voltar a se cumprimentar com abraços e beijinhos ou vão perder o costume depois de tanto tempo sem esse afeto e carinho que era tão bonito e comum principalmente entre os brasileiros?

           Isso é a única coisa que espero voltar a normalidade.

MARIA DILMA PONTE DE BRITO
Cadeira 28 da APAL