Francisco de Assis Cajubá Britto – Doze meses de saudade

Não há tempo que mate uma saudade!

Assim se passaram trezentos e sessenta e cinco dias (02.02.1922) desde quando Parnaíba perdeu um ilustre filho adotivo, Francisco de Assis Cajubá de Britto. A cidade ainda chora a sua partida.

Filho adotivo, porque ele nasceu na cidade de Chaval, Estado do Ceará, aos 28 dias do mês março do ano de 1926. Passou a residir na Capital do Delta aos sete anos de idade e aqui fez sua história, estudando e adquirindo conhecimentos até quando em 1944 sentiu necessidade de buscar novos saberes. Foi para Recife em Pernambuco onde se formou em Farmácia e Economia.

Formado com duas graduações, retornou a Piauí.  Como era uma pessoa inquieta, com mais sede de saber, realizou seu grande sonho graduando-se em Direito no ano de 1956. Com estas três formaturas prestou relevantes serviços aos parnaibanos e as cidades vizinhas não só em relação a sua profissão, mas também como Jornalista, Consultor Político, Vice-Presidente da Confederação do Comércio do Estado do Piauí, Assessor Jurídico da Associação Comercial, Membro da Escola Superior de Advocacia – ESAPI, Presidente da OAB -PI, Seccional Parnaíba e tantas outras atividades. Por tudo isso a cidade o consagrou oficialmente como filho pelo Decreto Lei Municipal, concedendo-lhe o título de cidadão parnaibano.

Em todas as áreas destacou-se com louvor. Na educação e na cultura, foi expressão relevante como Professor da Universidade Federal do Piauí Campus Ministro Reis Velloso, Membro da Academia Parnaibana de Letras – APAL e do Instituto Histórico Geográfico e Genealógico de Parnaíba – IHGGP.

Francisco de Assis Cajubá de Britto também era um homem de fé, religioso, justo, que amava e cuidava bem da família e dos amigos. Constituiu um lar bem alicerçado ao lado de sua esposa Maria Beliza da Costa Britto, chamada carinhosamente de Marisa. Dessa união nasceram sete filhos, que seguiram o exemplo do pai e são todos profissionalmente respeitados, pelos seus trabalhos, dedicação, responsabilidade e ética.

Era uma pessoa simples, não se envaidecia pela sua inteligência, competência e nem da importância do seu papel como educador, advogado e formador de opinião. Por isso era muito querido por onde passava.

Até os últimos dias de sua existência foi um homem presente, atento a tudo que se passava na cidade de Parnaíba que tanto queria bem. Procurava sempre contribuir dentro de suas limitações, em virtude da idade, para prosperidade de sua cidade mãe adotiva.

Foi com muita tristeza e prezar que a notícia de seu falecimento no dia 02 de fevereiro de 2022, aos 96 anos incompletos, foi recebida por todos que lhe amavam e admiravam.  A cidade chorou e ainda chora a partida desse filho de muitas qualidades, homem versátil, empreendedor, de muito compromisso profissional que faz parte da história de Parnaíba e merece as mais honrosas homenagens. Um exemplo de cidadão.

Saudades eternas!

Por: Maria Dilma Ponte de Brito
Ocupante da Cadeira 28 da Academia Parnaibana de Letras

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