Discurso de Posse de Claucio Ciarlini na Academia Parnaibana de Letras

Ilustríssimo presidente da Academia Parnaibana de Letras – APAL, José Luiz de Carvalho, confrades, confreiras, autoridades presentes, meus familiares, amigos, senhoras e senhores, boa noite!

            A acadêmica e amiga Yeda de Moraes Souza Machado em seu discurso de posse nesta academia, relatou, no que faço minhas as suas palavras:

            “Chego a esta casa com o espírito cheio de humildade, colocando-me diante de todos os ilustres acadêmicos, na condição de aprendiz a fim de poder beber na fonte da sabedoria, e, também, aproveitar das experiências de cada um. Aprendi cedo que a vida é um eterno aprendizado. De agora em diante, terei todos os confrades como meus mestres.”

            Chico Xavier já dizia, que cada boa ação que você pratica é uma luz que você cria em torno de seus próprios passos. Se hoje estou aqui, a receber tamanha honra que é a de me unir a esta instituição, devo, antes de qualquer relato ou menção, recorte histórico ou dado afetivo, que eu possa, humildemente, lhes fornecer… É preciso antes de tudo, agradecer! Primeiramente a Deus, é claro, que me concedeu vida e inspiração, e que me protege, até quando dele, eu possa às vezes, estar distanciado… Mas nunca esquecido!

            Em seguida, gostaria de agradecer à minha família! A todos que fazem parte dela, e quando digo isso, estou ultrapassando, como sempre fiz, qualquer barreira do sangue ou ordem de parentesco. Tive, por exemplo, a sorte de ter tios que foram, em dados momentos, como pais; primos ou amigos que foram como verdadeiros irmãos ou filhos; mas obviamente que é preciso ressaltar a figura de cinco mulheres que constituem a base primordial da minha existência! Minha avó Francisca Torres de Oliveira Carvalho (minha vomãe), que infelizmente nos deixou no ano de 2006, mas que por 25 anos tive a sorte de tê-la ao meu lado, me ensinando e fornecendo as primeiras noções de humanidade e de responsabilidade, e que ainda hoje fazem parte de mim, do que eu sou. A outra mãe, não menos importante, e que me gerou e que também sempre esteve lá por mim, e ainda está… reforçando sempre a importância da responsabilidade e do amor, e que muito me apoiou para que hoje eu estivesse aqui: Rosângela de Oliveira Carvalho. Em seguida, alguém que embora não estivesse comigo desde que dei os primeiros passos, me encontrou, há exatos 20 anos, e me salvou, de todas as formas que um homem pode ser salvo: Ana Roberta Oliveira Campos Ciarlini, minha esposa, minha amada, minha namorada, o meu amor. É em razão de sua paciência para comigo, assim como sua lealdade, companheirismo e motivação (além dos maravilhosos beijos), que consigo seguir, na luta, seja em trabalhos ou educando, junto com ela, as nossas filhas, Carolina e Ingrid de Oliveira Ciarlini, que são as figuras lindas e fundamentais que completam esse quinteto feminino responsável pela força positiva de meus atos e de minha constante esperança, mesmo nos dias mais angustiantes; que me fazem sorrir, mesmo quando do dia mais entediado; que me fazem continuar, mesmo quando não há mais força… Que me fazem crer, no poder do amor, mesmo num mundo tão repleto de frieza e frieza!

            Haverá também outras pessoas que agradecerei e que foram extremamente importantes para que hoje eu estivesse aqui, porém irei revela-las daqui a pouco, quando do meu breve traçado histórico, no que condiz à minha formação como escritor. Porque antes dessa parte, eu gostaria de discorrer sobre a biografia do patrono e daqueles que me antecederam nesta cadeira de número 23 da Academia Parnaibana de Letras.

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Sobre o Patrono: Dom Felipe Benício Condurú Pacheco, primeiro Bispo Diocesano de Parnaíba, maranhense, nascido na então Vila de São Bento dos Perys/MA, em 8 de julho de 1892. Aos 14 anos, ingressou no Seminário Santo Antônio, em São Luis do Maranhão. Com 19 anos transferiu-se para o Seminário de Fortaleza, onde concluiu os estudos superiores. Foi ungido sacerdote em 21 de novembro de 1915, na Catedral de São Luis, pelo Bispo Dom Francisco de Paula e Silva. Na Diocese do Maranhão, o Padre Felipe Conduru exerceu as seguintes funções: Capelão da Misericórdia, professor do Seminário Santo Antônio e vigário de sua terra natal, como já citado, São Bento dos Perys. Em 1925, foi agraciado com o título de camareiro secreto de sua santidade, o Papa Pio XI. Em 1931, foi vigário-geral da Diocese do Piauí; em 1936, foi vigário geral da Arquidiocese do Maranhão. Dom Felipe recebeu a unção episcopal em 22 de abril de 1941, na mesma igreja em que foi ungido sacerdote, sendo eleito Bispo de Ilhéus, na Bahia, onde esteve de 14 de setembro de 1941 a 22 de fevereiro de 1946, quando foi designado Bispo de Parnaíba, onde teve grande acolhimento de toda a população, que desde as primeiras horas da manhã lotou a Praça da Graça, registrando aquela recepção como a maior concentração popular até então realizada. Em 29 de dezembro de 1946, ordenou seu primeiro padre diocesano, o Padre José Furtado de Carvalho; em 1952, ordenou o Padre Raimundo José Vieira; em 1954, o Padre Mário José de Meneses, e em 1955, o Padre Oseas Lopes de Mesquita, egresso dos capuchinhos. Conferiu ordens sacras a diversos religiosos do Convento de São Sebastião, mas esses foram destinados ao serviço de sua Província. No Natal de 1947, determinou que os limites das Paróquias seriam os mesmos dos municípios. Durante o seu governo foram criadas as paróquias de Cocal, Matias Olímpio e Porto. Como obras materiais realizadas por Dom Felipe, duas merecem registro especial: – o Seminário Diocesano e o Paço Episcopal. Dom Felipe também foi homem de muita caridade, e os pobres, dele recebiam tanto o conforto material como o espiritual. Admirado como o zeloso pastor amigo de seus padres, era respeitado como o intelectual a serviço da Igreja. Aos doze anos de trabalho à frente da Diocese, foi acometido de problema de saúde que o obrigou a pedir à Santa Sé o seu desligamento, recebendo a resposta pontifícia no dia 16 de fevereiro de 1959, quando voltou para São Luís, onde permaneceu como Bispo Emérito, até a morte em 1° de outubro de 1972, mas seu corpo está sepultado em Parnaíba na Igreja Matriz de Nossa Senhora Mãe da Divina Graça, logo depois da entrada na parede do lado esquerdo. Sua obra mais conhecida é “História Eclesiástica do Maranhão”.

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            Agora, a 1° ocupante da cadeira: Judith Alves Santana, nascida em Piripiri no dia 12 janeiro de 1924. Filha de Luís Santana de Oliveira e Jesuína Alves Santana. Foi Historiadora, poetisa e cronista. Também exerceu o cargo de auxiliar de escritório, dona de hotel e educadora. Trabalhou na Companhia de Águas e Esgotos do Nordeste.

            Exerceu a função de secretária da Sociedade de Proteção à Maternidade e à Infância, bem como a de administradora do Posto de Puericultura, ambos de Piripiri.

            Pertenceu à Academia de Letras do Vale do Longá (ALVAL), sucedida pelo escritor e jornalista José Fortes na Cadeira 1, patronímica do poeta lírico Hermínio Castelo Branco, vulto de Barras (PI). Judith pertenceu ainda ao Instituto Histórico e Geográfico Piauiense. Fazia parte do Conselho Administrativo do Museu de Piripiri. Sobre sua Bibliografia, as obras: “Salmos do Meu Destino” (1969); “Piripiri” (1978); “Parnaíba” (1983); “O Padre Freitas de Piripiri” (1984) e “História Alegre de Nossa Gente” (1986). Foi incluída na coletânea “Crônicas de Sempre, de Adrião Neto (1995). Faleceu no dia 08 de fevereiro 1988 em sua terra natal. Segundo Maria do Socorro de Carvalho, em “A Obra de Judith Santana” inserida no folheto “Imortalidade Acadêmica”, de José Fortes Filho, 1994, Judith era afável, meiga, inteligente e muito preocupada com o desenvolvimento da educação e da cultura de sua cidade. Hoje existe uma escola em Piripiri que leva seu nome. Com certeza um grande exemplo de amor à Educação, à Cultura e às Letras.

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            O segundo e último ocupante da cadeira 23, foi Carlos Araken Correia Rodrigues. Nascido em 06 de abril de 1929. Natural de Parnaíba. Filho de João Câncio Rodrigues e Alice Correia Rodrigues. Tendo como irmãos Paulo, Moacir, Iara, Zunara, Eliana, Ligia e Sônia. Médico, Cardiologista, Cronista e Poeta. Fez o primário no Grupo Escolar Miranda Osório, o curso ginasial, no Ginásio Parnaibano, e concluiu os estudos em Salvador. Sócio Fundador do Lions Clube de Parnaíba, colaborador de jornais como Norte do Piauí e a Libertação, Autor de várias obras, entre as quais: Éstorias de uma cidade muito amada e Crônicas de um tempo incerto, e, acima de tudo, um grande ser humano, que tive o prazer de ter tido contato por algumas vezes e de quem só pude colher memórias boas, pela sua grandeza de caráter, riqueza de conhecimento e impecável conduta profissional. Médico com competência reconhecida por todos os parnaibanos. Também foi, dos três que acabo de citar, o que mais tive contato no que condiz à literatura produzida, de onde destaco a obra já citada Éstorias de uma cidade muito amada, que já se encontrava na pequena biblioteca de minha casa, quando ainda de minha infância. Exemplar que o próprio autor presenteou para a minha família, devido à proximidade que tinha para com meus avós e minha mãe. O querido Dr. Carlos Araken nos deixou em 21 de novembro de 2017. Na ocasião, o acadêmico, escritor e professor Antônio Gallas prestou homenagem, em nome da APAL, quando de seu falecimento ao dizer:  “Não foi só a academia que ficou triste na manhã daquela terça-feira, 21 de novembro. A cidade da Parnaíba também ficou bastante entristecida!  Falecia, num dos leitos do Hospital Marques Bastos, o Dr. Carlos Araken, médico, cardiologista, humanitário, e que em vida, com o seu trabalho, muito contribuiu para o engrandecimento de Parnaíba,  realizando inúmeras ações na sociedade (as festas nos Lions, quem não se lembra?) na cultura (patrocinava do seu próprio bolso o teatro do SESC nos tempos da saudosa  “Mãe Marocas”), nas ações sociais (era membro do Lions Club  Internacional – um dos maiores clubes de serviços do mundo) na ajuda aos menos favorecidos (muitas vezes deixava de cobrar a consulta e ainda dava o dinheiro para a pessoa comprar o medicamento.  Por tudo isso e por muito mais, Carlos Araken deixou sua marca em nossos corações, com o seu sorriso, sua humildade, sua generosidade”.

            Ainda na obra Éstorias de uma cidade muito amada, lançada no fim da década de 80, e que traz crônicas belíssimas e importantes para a memória de Parnaíba, há um trecho no início em que o autor comenta sobre a obra Cinematografia De Volta para o Futuro, no intuito de construir uma ponte com o sentimento de nostalgia e as memórias que ali ele passaria a relatar… Porém ele mal sabia, que o mesmo filme, praticamente na mesma época, alcançaria os olhos, a mente e o coração de um menino, que tinha seus sete para oito anos, e que em férias costumeiras em Fortaleza (Ceará) na casa de avós paternos e na companhia de tios e primos, descobria, a cada dia, um universo de canções, quadrinhos e filmes. Até hoje, De volta para o Futuro é o filme que mais me marcou. A primeira forma de literatura que tive contato, de forma profunda, foi a proporcionada pelo Cinema, pela Música e pela leitura de personagens como Tex, Mandrake e Fantasma, que seriam acompanhados em pouco tempo pelo homem aranha e seu eterno lema: “Grandes Poderes, Grandes Responsabilidades”.

            Contudo, obviamente, também passei a ter contato com diversas obras de cunho literário ou histórico, fosse, na escola ou na biblioteca de casa, porém, confesso, que foi em 1996, com 14 anos, no ensino médio, que mergulhei de verdade, e com prazer, nos clássicos da literatura e em poetas como Fernando Pessoa e Augusto dos Anjos. Era o primeiro ano do Ensino Médio, extinto Colégio Delta, e na ocasião, o professor de Literatura foi o ainda jovem escritor e teatrólogo Antônio José Fontenele. Ficávamos maravilhados com a aula dele. Não que os professores que tivemos antes, ainda no colégio das Irmãs, não fossem excelentes. Eles foram. E nos ensinaram muito! Com destaque na área de Português para nossa grande mestra Rossana Silva. Porém o professor Antônio José não ministrava aulas… Ele nos oferecia um espetáculo, a cada dia, na maioria das vezes, literalmente falando. Ele conseguiu inspirar uma sala inteira, ou pelo menos quem ainda não havia sido conquistado, para a leitura dos mais diversos escritores e obras, assim como para a produção de poemas por parte de alguns, a citar, dentre vários, eu e dois amigos: Israel Galeno Machado e Frederico Osanam Amorim Lima. Tínhamos o costume de mostrar uns pros outros os poemas que produzíamos, principalmente nas aulas mais tediosas, que, eu sei, deveríamos estar prestando atenção nos professores, mas fazer o que? Era a adolescência, período deveras turbulento, de altos e baixos, descobertas e decepções. E tudo isso acabava virando escrita, fosse bem trabalhada ou não, o importante naquele momento era o desabafo.

            E durante os dois primeiros anos, eu ainda não me sentia, de fato, um escritor. Quase que até perdi os meus escritos, pois não os guardava em local especial, ficando os poemas pelo caderno.

            Ainda pelo ano de 1997, tive a grata experiência de montar um jornalzinho cultural na escola, junto aos amigos (dos quais agradeço por isso e por muito mais) Bernardo Borges Silva, Francisco Monteiro Loiola Neto, Antônio Batista dos Santos e o já citado Israel Galeno Machado, que teve poucas edições, mas que serviu de aprendizado e local para praticarmos nossa escrita. No ano seguinte, quando da minha estadia em Fortaleza no ano de 1998, cursando o terceiro ano, participei de um Concurso de Poesias organizado pela escola, na então Rede Farias Brito, porém, para minha tristeza, não fiquei entre os três primeiros lugares. Somente estes apareceriam em publicação. Porém, passada a melancolia inicial, isso acabou por me proporcionar ainda mais força para seguir escrevendo, mas sem precisar mais do aval de críticos.

            Meses depois, já no ano de 1999, ou seja, há 20 anos, eu me lancei como escritor, através de encadernados distribuídos a familiares, amigos e colegas de escola. A cada ano eu lançava um, até que no ano de 2004, veio à luz minha primeira obra: Linhas Impensadas, que foi acompanhada no ano seguinte de Pedido de autorização para Pensar (2005) e de Inevitável (em 2009).

            No ano de 2007 tive também a felicidade de fundar, junto ao primo Daniel Castelo Branco Ciarlini e ao grande amigo Fábio Bezerra Brito (dos quais também agradeço) o Jornal mensal, cultural e gratuito O Piaguí, que hoje encontra-se em sua edição 146 e que revelou inúmeros escritores, alguns até com obras publicadas e já com reconhecimento na cidade. Atualmente o jornal conta com minha edição e a diagramação do Fábio. Além, é claro da colaboração e o apoio de diversos escritores e anunciantes nestes mais de 12 anos, a citar, um grande fã e maior incentivador e divulgador do impresso, o jornalista e amigo Arlindo Leão, do qual também agradeço, em nomes de todos os que sempre estiveram conosco.

            Porém havia um sonho, ainda de 2008, que só pôde ser concretizado em 2017! Um livro com os poemas daqueles que foram revelados pelo jornal no decorrer dos anos. Nasceu então a obra Versania, contendo 22 autores que ainda não tinham obras lançadas na cidade. Citar alguns nomes acabaria por ser uma injustiça para com os demais, em razão disso, optei por prestar meu agradecimento a todos, sem exceção. O mesmo serve para a segunda edição, lançada no ano seguinte e para a obra Contos entre Gerações, lançada em 2019. É assim que busco trabalhar dentro desta casa. Buscando a união de todos os membros, ao mesmo tempo em que pretendo incentivar àqueles que produzem literatura e ainda não são acadêmicos, a ingressar, desta forma, fortalecendo ainda mais a APAL e seus projetos, como por exemplo, o da Academia Viva, projeto importante pensado e executado pelo seu atual presidente.

            O ano de 2019 ainda me trouxe duas grandes alegrias: o lançamento de meu quarto livro – sem contar as coletâneas, que foi obra “Parnaíba, por quem também faz por Parnaíba”, na qual agradeço a todos os que entrevistei e que pude prestar homenagem. E a outra grande alegria, foi a minha entrada para esta Academia. No que é preciso agradecer a todos que me incentivaram e que torceram para que hoje eu estivesse aqui, sendo que se faz necessário destacar alguns nomes que, não só me ajudaram nesta e na outra campanha, como também foram de fundamental importância em dado momento de minha trajetória no que condiz à literatura! Pessoas como Carlos Pontes, Marciano Gualberto, Isaac Santos, Maxwell Martins, Alberto Santos Furtado, Rodrigo Ciarlini, Leandro Ciarlini, Bruno Carvalho Neves, Josué Calixto, Marcello Silva, Luana Silva, Alexandre Cesar, Carvalho Filho, Helder Fontenele, Daltro Paiva, Tiago Fontenele, Benedito Lima, Zilmar Junior, Leonardo Rodrigues, os recém Acadêmicos, assim como eu, os amigos Kenard Kruel, Diego Mendes Sousa e Ednólia Fontenele; e por último, e não menos importante, o casal poético Morgana Sales e Jailson Junior, que hoje irão enriquecer a noite com um pouco do seu grande talento musical.

            Eu tenho muita sorte de possuir amigos que, percebendo minha timidez e a minha falta de traquejo político, foram atrás dos meus votos, seja de forma virtual ou presencial, com destaque para Marcello Silva, via internet (sempre incentivando os meus projetos) e Jailson Junior, que foi pessoalmente procurar vários Acadêmicos e defender minha candidatura. Gestos nobres que não tem preço e dos quais serei eternamente grato. E por falar em Acadêmicos, obviamente, eu não poderia deixar de agradecer aos 22 acadêmicos que confiaram o voto à minha pessoa, no que é preciso mencionar os nomes daqueles que mais estiveram próximos a mim, servindo de base e me ajudando, que foram Antônio de Pádua Marques, Antônio Gallas, Roberto Cajubá (foi quando da posse dos três, junto ao amigo Breno Ponte, no ano de 2017, que meu sonho de entrar na academia se tornou mais intenso), Altevir Esteves, Maria Dilma Ponte de Brito, Dante Ponte de Brito, Fernando Ferraz, Yeda Moraes Sousa, Maria Cristina Moraes Sousa, Wilton Porto, Lígia Ferraz, Francisco de Assis Moraes Sousa, Elmar Carvalho, Alcenor Candeira Filho, Manoel Domingos, Renato Bacellar (que me concedeu a grande honra de fazer o discurso de minha entrada, que daqui a pouco vocês irão poder conferir) e finalizando com aquele, que desde o principio, foi o meu maior incentivador na buscar de ingressar na APAL, e que me ajudou, de forma constante, a “sustentar o fogo”, como ele mesmo sempre me dizia durante as campanhas e em alusão ao Almirante Barroso na Batalha do Riachuelo, durante a Guerra do Paraguai, estou falando do Acadêmico, atual Presidente e meu grande amigo, José Luiz de Carvalho! É, meu amigo, você estava certo! Não foi fácil!  Sustentamos o fogo, lutamos o bom combate e agora a vitória é nossa!

Muito Obrigado!

Claucio Ciarlini (11 de janeiro de 2020)

Em memória de Josélia

DIÁRIO

[Em memória de Josélia]

Elmar Carvalho

17/03/2021

De vez em quando, publico em meu blog um poema de minha autoria, seguindo a ordem em que eles aparecem em meu livro Rosa dos Ventos Gerais. No domingo passado, dia 14, foi a vez de Josélia, poema elegíaco, que escrevi sob o impacto do falecimento de minha irmã, quando ela mal completara 15 anos de vida, vítima de acidente automobilístico, que causou enorme sofrimento à família, sobretudo a meus pais. Mamãe (Rosália), mulher de espírito forte, de imensa inteligência emocional, de fé inabalável em Deus, ficou prostrada por vários dias em sua alcova. Morávamos então no apartamento dos Correios, na Praça da Graça, em Parnaíba.

No dia 08/01/2016, quando era celebrada, pelo Pe. Jurandir da Silva Rodrigues, a missa  memorativa dos 90 anos de meu pai, Miguel Arcângelo de Deus Carvalho (*05/01/1926 – +05/11/2017), a que compareceram muitos de nossos amigos e vários antigos servidores da ECT em Parnaíba, do tempo em que ele servira nessa empresa, numa noite em que uma demorada chuva fina, fria e serena caía sobre toda Parnaíba, uma desconhecida apareceu nesse culto. Ficou à distância, sozinha, e não compareceu, no final da missa, ao local em que as pessoas foram cumprimentar papai. Indaguei a alguns dos circunstantes sobre quem ela seria, mas não souberam informar.

Aparentava ter a idade que Josélia teria nessa ocasião, e a sua aparência, bem poderia ser a de minha falecida irmã. Depois, não mais a vi. Fiquei com a impressão, que jamais poderei comprovar, de que aquele vulto de mulher, madura e bonita, de sóbria elegância, bem poderia ser a minha saudosa irmã, que viera de uma das várias moradas do Pai. Se foi como chegara, discreta, sozinha, à francesa, quase evanescente.

Por WhatsApp, mandei o link da publicação do poema para vários amigos, parentes e conhecidos. Alguns me responderam, e me pediram mais informações sobre a morte de Josélia. Em resposta, lhes enviei uma crônica escrita em 17/08/2010, e que faz parte de meu Diário Incontínuo, disponível, no formato e-book, na Amazon. Minha irmã faleceu no dia 02/07/1978 e foi sepultada no Cemitério da Igualdade, em Parnaíba. Era bela, meiga, e tinha contagiante alegria e carisma. Sua morte precoce comoveu a cidade. Uma rua, em bairro perto do aeroporto, tem o seu nome.

Como uma homenagem a ela, que nestes tempos de covid-19, já em sua assustadora segunda onda, completaria 58 anos de idade, transcrevo a crônica, a que me referi, e que tanto comoveu meus saudosos pais, na época de sua publicação, fazendo chorar meu pai, quando a leu, com a voz embargada, para minha mãe:   

A MORTE DE JOSÉLIA

No domingo, Dia dos Pais, fui a Campo Maior. Na casa paterna encontrei a minha irmã Maria José, que passou a minhas mãos um envelope contendo vários recortes de jornais, que ela cuidadosamente colara num papel de boa qualidade, de modo que esses recortes estavam em perfeito estado de conservação. Eram pequenas notas tipográficas, do final da década de 1970, dos jornais Folha do Litoral, Norte do Piauí e O Estado.

A maioria continha poemas de minha autoria, do final de minha adolescência. Alguns desses textos, embora não os renegue, não os recolherei em livro. Havia breves notas sobre o lançamento do livro Galopando, primeira obra a agasalhar meus versos, e que mais me causou emoção, por isso mesmo. Também faziam parte do opúsculo os poetas Paulo de Athayde Couto, Josemar Neres, Paulo Couto Machado e Rubervam Du Nascimento.

E havia, no meio dessa relíquia de celulose, duas notas sobre o trágico acidente automobilístico em que faleceu minha irmã Josélia, no apogeu de sua beleza e na plenitude de suas quinze primaveras. Ali estava uma elegia que escrevi sob o impacto de sua morte, e que se encontra estampada no meu livro Rosa dos Ventos Gerais. No meio desses velhos papéis, havia um texto manuscrito, de que já não tinha a menor lembrança, vazado em nervosa prosa poética, em que eu extravasava as minhas emoções ao ferir essa tragédia familiar.

Josélia faleceu no dia 2 de julho de 1978, e mal completara quinze anos de vida. Era bela. Era alegre. Era cheia de vida. Sua alegria era verdadeiramente contagiante. Exercia feliz e natural liderança sobre suas amigas. Soubemos que no último dia de aula, quando viriam as férias de julho, ela abraçou todos os seus colegas de classe, um a um, meninos e meninas, e lhes disse que fazia aquilo porque lhes desejava umas férias tão alegres como as que ela teria.

Também escreveu num caderno uma breve crônica em que pedia que, quando morresse, fosse posto um ramo verde sobre seu túmulo. Parecia ter a premonição de que morreria no verdor dos anos. E um ramo verde apareceu no local em que ela foi sepultada. E – quem sabe? – talvez as suas férias, em outros infinitos páramos de Deus, tenham se convertido numa eterna festa de paz e beatitude.

Recordo muito bem. Eu estava sob uma das traves do estádio de futebol de Buriti dos Lopes, em minha posição de goleiro, quando vi umas moças virem em minha direção. Reconheci que eram umas amigas de minha família e de minhas irmãs. Logo, salvo engano, a Clotildes Duarte me disse que minhas três irmãs haviam sofrido um acidente, mas que estavam bem.

Quando percebeu que eu havia assimilado o golpe, acrescentou que não iria me enganar; que a Josélia havia morrido, e que seus parentes iriam me levar a Parnaíba, para eu ficar ao lado de meus pais. Soube, depois, que meu pai, homem extremamente emotivo e sentimental, ao saber da notícia estendeu-se no solo, prostrado, arrasado. Um de meus irmãos teve a presença de espírito e inteligência emocional para cantar uma música religiosa da predileção dele, que dizia para a pessoa segurar na mão de Deus e ir em frente.

Imediatamente, o velho se levantou e criou forças para fugir do desespero. Minha mãe, que sob certos aspectos sempre fora mais forte e mais contida que meu pai, ficou arrasada, e ficou prostrada por vários dias. No dia seguinte, o meu amigo Antônio Gallas escreveu uma de suas Crônicas da Cidade, dedicada a Josélia, que era sua aluna. O texto foi lido por Gilvan Barbosa, de bela e vibrante voz.

Dessa época, o poeta Jorge Carvalho encontrou entre os pertences e pequenas lembranças de sua mãe um pequeno impresso, em sua memória, que me repassou de forma muito atenciosa através de e-mail. O diretor dispensou os alunos do Colégio Comercial, onde minhas irmãs estudavam, e eles encheram a catedral, de onde saiu o cortejo fúnebre em direção ao Cemitério da Igualdade, de nome tão sugestivo quanto apropriado.

Tentei ajudar a levar o caixão. Mas como o senti pesado, embora minha irmã fosse tão leve em sua beleza esbelta, em sua espiritualidade alegre. Acho que ele me pesou na alma, porque eu sabia que aquela era uma viagem de onde não se regressa jamais. A não ser na saudade dos que nos amam, dos que sentem a nossa falta.

Certamente por isso, meu pai mandou gravar numa placa, que contém a imagem de seu rosto eternamente jovem, os imortais versos de Da Costa e Silva: “Saudade! Asa de dor do pensamento!”

PARTE V- ESTADOS COM A LETRA “P”

PRAÇA BATISTA CAMPOS – BELÉM PA

BRASIL NA ORDEM ALFABÉTICA

ESTADOS COM A LETRA “P” – PARTE V

MARIA DILMA PONTE DE BRITO
ACADEMIA PARNAIBANA DE LETRAS – APAL CADEIRA 28
PATRONO – LÍVIO LOPES CASTELO BRANCO
1º OCUPANTE HUMBERTO TELES MACHADO DE SOUSA

O Brasil tem cinco estados com a letra “P”: Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco e Piauí. Conheço todos. Cada um com seus encantos e suas belezas. Tive o privilégio de visitar duas vezes o estado do Pará.  A primeira em 2009 e a segunda em 2013.

ESTADO DO PARÁ – 2009. O extenso estado paraense fica ao norte do nosso querido Brasil. É coberta pela floresta Amazônica, sua capital é Belém que tem uma bela arquitetura colonial portuguesa e o famoso Ver-o-Peso, tradicional ponto turístico. Mercado ao ar livre, a margem da Baía de Guarujá considerado a maior feira livre da América Latina.

BELÉM(PA) 2009 – Para chegar em Belém tivemos que embarcar no Aeroporto Pinto Martins em Fortaleza com destino ao Aeroporto Internacional Val-de-Cans Júlio Cesar Ribeiro. Chegando lá, depois de nos instalarmos no hotel, almoçamos no restaurante Spazzio Verdi. Saboreamos a tradicional e gostosa culinária paraense. À noite participamos da abertura da X Convenção do DLA-6, (Lions Clube) no Teatro Margarida Shiwazzappa. Foi uma noite festiva de confraternização, regada a música, coquetel e muita alegria.

Nos dias seguintes fizemos um tour pela cidade. Visitamos o Museu de Arte Sacra do Pará, que guarda peças em ouro e prata datadas do século XX e a única imagem existente de Nossa Senhora do Leite, porque as outras foram destruídas uma vez que a Igreja não aceitou a imagem de Nossa Senhora amamentando. Nesse local estão também artes feitas pelos índios ensinadas pelos jesuítas.

O Palácio Cabanagem Antônio Lemos (intendente de Belém em 1897), é outro local imperdível. Seu estilo é neoclássico, século XIX. Lá encontramos o Museu de Arte de Belém, conhecido como Palacete Azul. Registramos com fotos o que foi permitido para ficar no álbum de viagem e no meu diário on-line.

Pousamos para fotos na histórica Praça Batista Campos construída em 1897, no governo do intendente Antônio Lemos para homenagear o cônego Batista Campos que foi um dos principais personagens da cabanagem. Aprendemos no tempos de escola, nas aulas de história, que Cabanagem foi uma revolta popular e social ocorrida na Província de Grão –Pará, durante o império do Brasil (1835/1840). Essa praça tem quatorze entradas, coreto, curso d´água, árvores nativas e um linda estátua da Deus da Chuva. Em 2005 ganhou o “Prêmio 100 Mais Brasil” da Revista Seleções, como a mais bela praça do país. Em 2009, quando visitamos o local conservava toda essa beleza que lhe deu o merecido prêmio.

Outro ponto turístico da capital paraense é a casa das onze janelas. Ela foi construída no século XVIII. É um sistema integrado de Museus e Memoriais da Secretaria de Estado e Cultura do Pará. Ela foi construída para servir de residência de Domingo Costa Bacelar, proprietário de engenho de açúcar. Depois ela abrigou o Hospital Real e em 2001 o Governo do Estado do Pará assinou um convênio com o Exército Brasileiro alienado o terreno da Casa das Onze Janelas e do Forte do Presépio a seu favor. O Museu tem um acervo de mais de trezentas peças incluindo obras doadas pelos artistas  e de participantes da Bienal Internacional de São Paulo, Panorama da Arte Brasileira e premiados em Salões Nacionais e no Salão da Arte do Pará.  Registrei com fotos a minha presença ao local para serem arquivadas no álbum de viagem.

Fiquei encantada como o Mangal das Garças. Fica a margem do Rio Guamá, no centro histórico de Belém. É um parque ecológico de quarenta metros quadrados com lagos, aves, vistas belíssimas e restaurantes. A gastronomia paraense tem suas peculiaridade e mais uma vez saboreamos os pratos típicos da região, servindo com muito requinte nesse espaço espetacular.

Durante a nossa estada em Belém participamos da Convenção e nas horas vagas aproveitávamos para conhecer a cidade e seus pontos turísticos. O Mercado Ver-o-Peso, fica a margem do rio Guajará. É um mercado público mais antigo do país foi inaugurado em 1625. O Complexo-Ver- o- Peso incluí a Doca das Embarcações, a Praça do Pescador, o Mercado de Ferro, a Feira Livre e a Pedra do Peixe. Recebe esse nome porque no seu início os comerciante desprovidos de balança, diziam para o clientes que iam ver o peso na balança da alfandega que fica nas proximidades. No local tem: artesanato, comidas típicas produtos regionais e tudo que se quiser e pensar. 

         Rezamos e agradecemos a Deus por esse passeio maravilhoso na Basílica de Nossa Senhora de Nazaré que tem estilo neoclássico. Seus vitrais, suas obras de arte sacra, compõe a beleza da Igreja. Em devoção a Nossa Senhora de Nazaré, acontece anualmente o Círio de Nazaré, é a maior manifestação católica do Brasil e um dos maiores eventos do mundo.

         Outro local encantador de Belém é a Estação das Docas. O local é fruto da restauração dos armazéns do antigo Porto de Belém e hoje é um complexo turístico e cultural com teatro, anfiteatro, bares, restaurantes e uma bela vista para Baía Guajará. Registrei com fotos esse e todos os momentos agradáveis que tivemos na capital paraense para documentar o álbum de viagem e o diário on line.

         SALINOPÓLIS(PA)-2013. É um município do Estado do Pará também conhecido como o nome de Salinas. Cidade litorânea, turística que fica a duzentos e vinte quilômetros de Belém. Salinas é um balneário de aguas verdes de tonalidade acinzentada e areia fina e branca.

         Saímos do Aeroporto Petrônio Portela de Teresina com destino ao Aeroporto Val de Cans de Belém. Ficamos hospedados no Hotel Vila Rica. Na capital paraense fizemos um tour parando nos tradicionais pontos turísticos que já conhecíamos da viagem anterior: Estação das Docas, Mercado Ver – O – Peso, Igreja da Sé Catedral Metropolitana, Casa das Onze Janelas, Basílica Santuário de Nazaré, Mangal das Garças onde almoçamos e depois seguimos para Salinópolis.

         Em Salinópolis fomos hospedes do Hotel, quatro estrelas, “Privê do Atalaia” do Grupo Martins. Bastante confortável, com sauna, tobogã, boutique, salão de jogos, auditório, restaurante, etc.

         Foi nessa cidade litorânea que aconteceu a XIV Convenção do Lions Clube – DLA-6. Lá tivemos uma agenda agitada com a abertura da convenção, chá das domadoras, café dos leões, apresentação de danças folclóricas, missa na Igreja de Nossa Senhora da Paz, baile do governador e ainda tivemos tempo de curtir as praias, comer o caranguejo paraense nas praias de Salinópolis e também nos divertimos nas noites da cidade. O Restaurante e Choperia Almare foi um dos points que frequentamos.

         Do Estado do Pará conheço Belém e Salinópolis. Foram duas viagens maravilhosas. Descreve-la nesse momento foi uma volta agradável ao passado.

         Chegou agora o momento de recordar a minha estada no estado da Paraíba, visitando a cidade de João Pessoa, local onde estive tantas vezes que perdi as contas.

         PARAÍBA – 2001/2003/2004/2005/2008. Paraíba é uma unidade federativa situada na região nordeste.  Aprendemos quando estudamos história no banco da escola que o estado foi habitado por várias tribos indígenas e que participou das Revolução Pernambucana e Confederação do Equador. É terra de filhos ilustres como Epitácio Pessoa, Assis Chateaubriand, Celso Furtado, Ariano Suassunga, Augusto dos Anjos, José Lins do Rego entre outros.

JOÃO PESSOA(PB) –  De 2001 a 2008 período em que registrei minhas estadas na capital paraibana eu ainda não tinha o Diário on-line e nem encarava tão a sério meu álbum de viagens, portanto acredito que fui outras vezes em João Pessoa além das que citei acima, até porque encontrei algumas fotos sem data no verso e também porque meu caçula fez a graduação e o mestrado nessa cidade maravilhosa e lembro que fui muitas vezes por lá.

         Em todas elas fiquei hospedada no Bairro do Bessa. Embora tenha mudado de rua algumas vezes. Era sempre hospede de meu filho. O Bairro é muito bem localizado fica perto da praia, de shoppings, supermercados.                       

         João Pessoa é uma cidade antiga, data de 1585 e no seu centro histórico encontramos casarões de estilo colonial, igrejas seculares, relatando fases de sua história. Visitamos a Igreja de São Francisco e o Convento de Santo Antônio que tem azulejo português representando as estações da Paixão de Cristo. Também registramos com foto nossa presença no prédio da Antiga Faculdade de Direito local de bela arquitetura e de muitos acontecimentos importantes relacionados a política e a história. Fica na Praça Rio Branco, nas proximidades do moderno prédio da Assembleia Legislativa e da Sede do Governo do Estado (Palácio da Redenção) que esse por sua vez possui arquitetura antiga. 

         As praias de João Pessoas são maravilhosas e frequentamos as praias das Barramas, do Bessa, do Golfinho, Tambaú, Praia do Seixas e a de Cabo Branco que é avaliada pelos turistas como uma das mais bela.

         A três quilômetros ao sul do Bairro de Cabo Branco fica a Ponta do Seixas. O ponto mais oriental do continente americano. Está a quatorze quilômetros do centro de João Pessoa. Ao seu lado está o farol do Cabo Branco construído na era militar. Do local se tem uma bela vista da orla e do oceano Atlântico de toda região. No meu álbum de viagem tem fotos desse local maravilhoso.

         Um local imperdível em João Pessoa, muito apreciado pelos turistas é o pôr do sol com trilha sonora na Praia do Jacaré. É um espetáculo que dura dezessete minutos tempo em que o sol se põe. Um saxofonista entoa o Bolero de Ravel dentro de um catamarã e os barcos ao seu redor param para assistir ao espetáculo. Dos bares todos se concentram para assistir o musical e o desaparecer do sol. É um momento belíssimo. Registrei com fotos.

         É impossível falar na gastronomia pessoense sem citar o Mangai. Restaurante tradicional da cidade. Seu estilo é rustico, os garçons vestem-se com trajes típicos, O Buffet oferece diferentes tipos de arroz, salada, carne com nata, pratos regionais, sucos e sobremesas maravilhosas,

         João Pessoa virou uma cidade familiar. Volta e meia estávamos por lá. Aproveitamos tudo que ela oferecia na época. Éramos muito presente no Shopping Manaira, no Habib´s, nos restaurantes, nas praias e em todos os lugares agradáveis que a cidade oferecia.

         Para dar continuidade aos estados com a letra “P” está faltando descrever Paraná, Pernambuco e Piauí que ficará para a Parte V.1. Aguardem.

Gerações Literárias Contemporâneas de Parnaíba

DIÁRIO

[Gerações Literárias Contemporâneas de Parnaíba]

Elmar Carvalho

17/03/2021

Participei, no sábado, a partir das 16 horas, da live denominada Gerações Literárias Contemporâneas de Parnaíba, idealizada pelo Claucio Ciarlini e por mim, e realizada pelo Portal Entretextos e pelo jornal O Piaguí, com apresentação e mediação do professor, escritor e poeta Dílson Lages Monteiro, membro da Academia Piauiense de Letras.

Ainda no sábado, após o término do evento virtual, por WhatsApp, o Claucio me consultou sobre a possibilidade e conveniência de eu, ele e o Jailson Júnior escrevermos uma síntese do conteúdo da live, cada um, claro, se responsabilizando pela parte referente a sua geração literária. Concordei, e trocamos mais algumas ideias e sugestões. O resultado segue nos três textos abaixo:  

Geração 70 ou do Mimeógrafo em Parnaíba (*)

Elmar Carvalho

Sempre digo que nasci pela segunda vez em junho de 1975, quando eu e minha família fomos morar na cidade de Parnaíba. Em 15 de setembro desse ano fui assumir meu emprego na ECT (Correios e Telégrafos) em Teresina, onde permaneci até começo de março de 77, época em que retornei a Parnaíba, para cursar Administração de Empresas na UFPI (Campus Ministro Reis Velloso). A partir desse ano iniciei minha colaboração no jornal Folha do Litoral, dirigido por Batista Leão, no qual trabalhavam os jornalista B. Silva, Antonio Gallas e Rubem Freitas. Nele publicávamos poemas modernistas eu e o então tenente V. de Araújo, hoje coronel da reserva, que pouco depois publicaria seu livro Murmúrio das Flores (1977).

Alcenor Candeira Filho já participara do jornal mimeografado O Linguinha, de vida efêmera, cujo número inaugural apareceu em janeiro de 1972. Em 1975 Alcenor publicou seu primeiro livro intitulado Sombras entre Ruínas, e no ano seguinte editou Rosas e Pedras, ambos mimeografados, no formato apostila (papel A4). O jornal Inovação, fundado por Reginaldo Costa e Franzé Ribeiro, em dezembro de 1977 lançava a sua primeira edição. No ano seguinte eu passava a ser colaborador desse jornal. Também eventualmente fui colaborador do Norte do Piauí, ainda em atividade, cujo diretor é o jornalista Mário Meireles.

Nessa época os poemas publicados em Parnaíba eram geralmente sonetos ou outros poemas rimados e metrificados, numa espécie de sincretismo literário em que eram mesclados resquícios do romantismo, do parnasianismo e do simbolismo. Por todas essas razões, vários anos depois, escrevi no ensaio Jornal Inovação – um Depoimento, publicado em vários livros e periódicos, inclusive na internet, nunca contestado, o seguinte comentário:

“É preciso que se diga e agora vou dizer, sem vaidade, mas também sem falsa modéstia: antes de Alcenor Candeira Filho, com seus dois livros (“Sombras entre Ruínas” e “Rosas e Pedras”), impressos em mimeógrafo, pioneiros, inclusive em termos de Piauí, da utilização desse equipamento na confecção de livros, que passou a designar uma geração literária, deste escriba e do poeta V. de Araújo, ambos com poemas publicados, ainda nos idos de 1977/1978, nas páginas de “Folha do Litoral”, o que se via em Parnaíba eram poemas obsoletos e formalmente ultrapassados, sobretudo sonetos de cunho parnasiano, escola já destroçada em 1922, pelo movimento dos modernistas, mas cujos influxos ainda não haviam chegado a Parnaíba, ao menos publicamente, através de livros e jornais. Não mencionei o nome de Renato Castelo Branco em virtude de este notável escritor e poeta ter-se radicado em São Paulo há muitos anos e não haver publicado seus poemas modernistas em Parnaíba. Com o surgimento do Inovação, que provocou uma verdadeira revolução cultural e literária em Parnaíba, houve o ambiente literário propício para o aparecimento de novos nomes, que se somaram aos já referidos.”

Sem nenhum medo de estar cometendo erros, equívocos ou injustiça, posso dizer que não só em Parnaíba, mas em todo o Piauí, como um sistema literário, com vários livros publicados, debates, seminários, crítica literária, publicação de poemas em jornais e revistas, lançamentos de livros, o modernismo foi efetivamente implantado e consolidado pela Geração Mimeógrafo ou Geração 70, conforme já tive oportunidade de dizer, em texto amplamente divulgado, inclusive nos mares internéticos, de que extraio o trecho abaixo:

“Durante quase todo o século XX, até meados da década de 70, a poesia feita no Piauí era um amálgama do simbolismo, do parnasianismo e, principalmente, do romantismo, com a predominância de temáticas elegíacas e, sobretudo, líricas, povoadas de amadas intocáveis, inatingíveis, com os poetas chorando essas paixões interditas. Posso afirmar, sem medo de erro, que o modernismo chegou muito tardiamente ao nosso Estado, mais precisamente na segunda metade da década de setenta (ao menos enquanto sistema literário), com a chamada geração mimeógrafo, geração 70 ou ainda geração pós-69, não importa que nome se lhe queira dar. Chegou para ficar, revisitando todos os ismos e todos os modernismos de 1922 até a contemporaneidade.”

Houve casos isolados, em que alguns poetas piauienses cometeram versos de feição modernista, entre os quais cito: Da Costa e Silva, que fez sua carreira fora do Piauí, e cedo entrou em seu cone de sombra e silêncio, exilado de si mesmo; José Newton de Freitas, falecido em 1940, com menos de 20 anos; Martins Napoleão, que, em carta a Herculano Moraes, negou ser modernista, esclarecendo que seus poemas eram românticos no fundo e clássicos na forma, ao tempo em que se considerava o último heleno; Renato Castelo Branco, que muito moço deixou o Piauí, não tendo mais voltado a morar em nosso estado; e H. Dobal, que fez sua carreira profissional fora do território piauiense, para cá retornando somente após os anos 1970, quando o nosso modernismo já se encontrava absolutamente consolidado.

O surgimento do jornal Inovação terminou incentivando a criação de vários periódicos alternativos, entre os quais cito: Abertura (dirigido por Olavo Rebelo, Paulo Couto e Elmar Carvalho), Querela (fundado por Fernando Ferraz) e Batalha do Estudante (sob a direção de Kenard Kruel, que pouco depois passaria a morar em Teresina). Fui colaborador de todos eles.

Em 1978/1979 fui eleito presidente do Diretório Acadêmico “3 de Março”, do Campus Ministro Reis Velloso – UFPI. Promovi a realização de palestras, debates, excursão turística, jornada universitária, torneio futebolístico, festival de música, publicação do livro coletivo titulado Poesia do Campus e de um cartaz poético. Da coletânea, participaram José Luiz de Carvalho, Adrião Neto, Antônio de Albuquerque Monteiro, Paulo de Athayde Couto, e talvez outros que não estou recordando agora. Muitos fizeram sua estreia literária nessa pequena obra.

Por essa época, final dos anos 70, surgiram várias coletâneas de poemas, todas ou quase todas com miolo impresso em mimeógrafo, dentre as quais enumero: Galopando, Em três tempos, Salada Seleta (1979), Poesia do Campus (1979) e Nuvem. Participei de todas, exceto da última. Galopando foi o primeiro livro de que participei, e por isso mesmo o que mais me causou alegria e emoção. Em algumas dessas obras coletivas havia participação de poetas teresinenses e parnaibanos. Nesse período houve uma forte interação literária entre Parnaíba e Teresina, de sorte que vários literatos parnaibanos participaram de eventos na capital e vice-versa.

Em virtude do regime militar implantado em março de 1964, muitos dos poemas dessa geração tinham conteúdo utilitarista, e sentavam a pua na falta de liberdade, nas eleições indiretas para vários cargos, inclusive a criação dos senadores biônicos, bem como criticavam os problemas econômicos e as mazelas sociais e da política. Mas também havia os versos líricos e telúricos, que cantavam a beleza do amor, das mulheres e da paisagem, além dos que abordavam outras temáticas. Cada poeta com o seu estilo e os seus assuntos, conforme o talento de cada um.

Nos anos 1980, duas importantes obras coletivas abrigaram poetas parnaibanos da Geração Mimeógrafo. A antologia Poemágico – a nova alquimia (1985), de que participaram os poetas   Paulo Veras (falecido), Alcenor Candeira Filho, V. de Araújo, Jorge Carvalho e Elmar Carvalho. Foi prefaciada (cujo prefácio foi recolhido no livro Teoria e Prática da Crítica Literária)  pelo escritor Assis Brasil, parnaibano, que dela disse:

“Quando recebi esta antologia de poetas piauienses, Poemágico, para prefaciar, temi pelo que ia encontrar: autores alienados, comprometidos ainda com sonetos parnasianos e românticos, e cantando a amada como se estivessem no tempo de Romeu e Julieta. (…) Mas eu estava enganado, pelo menos neste caso, o que me abriu uma forte perspectiva de esperança. Encontrei nesta antologia cinco grandes poetas, cinco vozes atuantes e atualizadas em relação ao processo cultural e literário. Todos eles falam a linguagem do seu tempo e dominam a estética de sua época, através de alguns dos melhores poemas da nossa modernidade. Você está assustado? Eu também. Como crítico literário nunca sou dado a exageros.”

A outra coletânea dos anos 80 foi Poemarít(i)mos, publicada em 1988, que enfeixava poemas dos cinco autores de Poemágico, excetuando-se Paulo Véras, e mais os dos seguintes poetas: José Pinheiro de Carvalho Filho, Danilo de Melo Souza, Pádua Santos, Adrião Neto, Carlos Marinho, Fernando Ferraz, Ednólia Fontenele, Fernando Almeida, Flávio Neri, José do Egito, Paulo Henrique, Cristina Melo, Edson Rocha, Pedro Silva, Wilton Porto, Socorro Meireles e Antônia Alves de Souza. Alguns desses poetas continuaram produzindo, levantando carreira solo, enquanto outros eram apenas diletantes, que não alçaram voo. Era uma obra bastante heterogênea, sem quase nenhuma unidade, onde se encontram poemas de alto nível, ao lado de outros bem precários, como reconheceu o seu prefaciador, o escritor e poeta parnaibano Renato Castelo Branco.

No ano de 1995, quando eu era o presidente do Conselho Editorial da Fundação Cultural Monsenhor Chaves, contribuí para a publicação da notável antologia A Poesia Piauiense no Século XX (FCMC/IMAGO), com organização, introdução e notas do escritor e crítico literário Assis Brasil. Dela participaram os seguintes poetas parnaibanos da Geração 70: Alcenor Candeira Filho, V. de Araújo, Jorge Carvalho, Paulo Véras, Israel Correia, Elmar Carvalho, Ednólia Fontenele e Danilo Melo.

A mais importante antologia poética parnaibana foi publicada no ano de 2001, pela FUNDEC/COMEPI, no governo de Francisco de Assis Moraes Souza, o Mão Santa, graças ao apoio de Eliseu Fernandes Monteiro (Tourinho). Dela participaram 14 poetas da Geração 70. Denominada A Poesia Parnaibana, coligia poetas desde Ovídio Saraiva de Carvalho a Danilo Melo, o mais novo. Foi organizada por Adrião Neto, Alcenor Candeira Filho e Elmar Carvalho.

Graças ao incentivo do Dr. Valdeci Cavalcante, presidente da Federação do Comércio do Estado do Piauí e diretor do SESC/PI, foi publicado em 2017 o magnífico livro/álbum Parnárias – poemas sobre Parnaíba, organizado por Alcenor Candeira Filho, Elmar Carvalho e pelo fotógrafo Inácio Marinheiro. Em capa dura, papel couchê e com inúmeras e belas fotografias coloridas, a obra contempla diversos poetas parnaibanos, de Ovídio Saraiva a Diego Mendes Sousa. Marcam presença doze poetas da Geração Mimeógrafo.

Finalizando este apertado resumo, devo dizer que em tempos recentes, um velho jornalista, cujo nome não recordo, disse que a Geração 70 só teria (hoje) uns mumificados. Enquanto Danilo Melo, em respeito aos mais velhos, disse em belo poema que muitos poetas dessa geração eram “santificados”, o outro, em pretenso menoscabo, tentou nos transformar em múmias. Talvez até o sejamos, no sentido de que respeitamos e conservamos os bons ensinamentos e as realizações da melhor tradição literária. Contudo, muitos de nós prestamos relevantes serviços públicos e culturais, e ainda nos encontramos em plena atividade profissional e/ou literária, através de blogs, sites, lives e redes sociais.

Muitos dessa geração literária participaram das principais antologias piauienses, entre as quais refiro Antologia dos Poetas Piauienses, A Poesia Piauiense no Século XX e Baião de Todos. Isso para não citar os livros individuais, alguns de notável qualidade. Ainda há poucos dias, Paulo Couto fundou o Clube dos Poetas Mortais. Vários de nós participamos das coletâneas Contos entre Gerações e Poemas entre Gerações, organizadas por Claucio Ciarlini. E a nossa geração se fez presente e forte entre essas novas gerações.

(*) Fiz este texto com o auxílio de minha memória, de meu livro Aspectos da Literatura Parnaibana (edição virtual – 2020) e da obra Aspectos da Literatura Piauiense (1993), da autoria de Alcenor Candeira Filho.

A Geração Fantasma

Claucio Ciarlini

A década de 70 viu surgir uma geração de jovens escritores que encontraram no mimeógrafo uma chance de se manifestarem de forma mais abrangente, tendo como forte exemplo o movimento Inovação, principalmente no que condiz ao funcionamento de seu criativo e contundente periódico (1977-1992), gerador de grande visibilidade a diversos poetas, cronistas e contistas que figuram, muitos, ainda hoje, publicando e sendo referência para estudiosos e amantes da escrita, nomes como: Elmar Carvalho, Alcenor Candeira Filho, Wilton Porto, dentre outros.

Contudo, chegada a década de 90, a cidade passou a vivenciar um período mais discreto no que diz respeito a grupos literários. Irão surgir alguns exemplos, mas geralmente isolados. Não houve, por assim dizer, uma geração. O que se deu foi a continuidade da atuação daqueles escritores oriundos da década de 70, que obtiveram sua consolidação nos anos 80, com a abertura da Academia Parnaibana de Letras, fundada por boa parte dos próprios, no que adentraram os anos 90, continuando a atuar em jornais e no Almanaque da Parnaíba, quando não em suas obras individuais.

E falando em Almanaque da Parnaíba, é preciso ressaltar o belo trabalho que a Academia Parnaibana de Letras segue desenvolvendo desde 1994 quando passou a organizar este que é um dos mais importantes e certamente o mais longevo periódico da cidade. Fundado há quase 100 anos pelo empreendedor gráfico Benedito dos Santos Lima, que foi seu primeiro editor, no que depois passou para as mãos de Ranulpho Torres Raposo e Manoel Domingos Neto, o Almanaque da Parnaíba foi editado anualmente até o início o ano de 1985, ficando sem ser lançado por nove anos. Contudo, mesmo que o Almanaque da Parnaíba (*) tenha retornado e tido uma periodicidade regular até o fim da década de 90 (no que seguiu publicando até 2006, sem tamanha regularidade) era um espaço em que, salvo exceções, apenas os escritores de gerações anteriores, em especial a mimeógrafo, tinham vez.

Agora, quantos nomes não deixaram de ser revelados ou incentivados durante esse período obscuro (1992 – 2007), onde, repito, houve sim algumas manifestações, porém esporádicas e em sua esmagadora maioria de forma solitária. Essa geração “fantasma”, que inclusive, foi de onde despontei, respirou um período mais democrático em termos políticos, se comparado à geração anterior, que havia batido de frente com a ditadura, ou seja, tínhamos mais liberdade, porém nos faltou união, ou quem sabe alguém ou algo que pudesse nos incitar? Uma junção de ambos? Uma questão a ser possivelmente elucidada numa pesquisa bem mais extensa aprimorada, onde pretendo não só tentar responder a esses questionamentos, como também descobrir e catalogar esses escritores que na ausência de um espaço mais aberto e democrático, acabaram muitos, por não prosseguir ou se esconder no anonimato, escrevendo em blogs com pseudônimos, por exemplo (**).

Porém é importante registrar algumas obras que foram publicadas por jovens desta geração que surgiu no limbo entre o fim do Inovação e o início de O Piaguí (***). São estas: Linhas Impensadas e Pedido de Autorização para Pensar, ambas de minha autoria e respectivamente nos anos de 2004 e 2005; Divagações, de Diego Mendes Sousa (2006); Poemas e Poesias, de Paulo Sousa de Oliveira (2007). Estes livros, em minha humilde opinião, por mais qualidade que possuam, e o mesmo falo de seus autores, poderiam muito bem ter sido engolidos por essa grande névoa que se abateu sobre Parnaíba durante 15 anos (****) e que se não fosse o surgimento das redes sociais e uma maior popularização da internet, além da criação de O Piaguí (impresso e site), e esse sombrio período tivesse perdurado por mais tempo, muitos outros talentos não teriam sido revelados e dessa forma a juventude literária parnaibana não estaria vivendo, desde 2007, uma nova era que poderia muito bem, e modéstia à parte, ser chamada de Geração O Piaguí!

(*) Desde 2017, o Almanaque da Parnaíba passou novamente a ter maior regularidade, sendo lançado a cada ano e tendo o empresário e também acadêmico Valdeci Cavalcante, como seu apoiador financeiro. Atualmente, tenho a honra de ser um dos organizadores do Almanaque, ao lado dos confrades Antônio Gallas, Maria Dilma Ponte de Brito, Alcenor Candeira Filho e o atual presidente José Luiz de Carvalho.

(**) Por enquanto já tenho poucos nomes de uma lista que pretendo encontrar muito mais. Citarei alguns que fazem parte desta Geração Fantasma, independente de hoje já terem seus nomes reconhecidos: Frederico Osanam Amorim Lima, Israel Galeno Machado, Juliano Lima, Dante Ponte de Brito, Francisco Dourado, Sousa Filho, George da Silva e Diego Mendes Sousa, além deste poeta que aqui vos fala.

(***) Impresso de minha idealização e criação em 2007, junto a dois sócios, e que sempre teve, dentre os seus ideais, o de conceder espaço aos jovens da escrita. Jovens como Jailson Júnior, Morgana Sales, Marciano Gualberto, Joyce Cleide, Alexandre César, Luana Silva, Carvalho Filho, Lívia Pessoa, Marcello Silva, Daltro Paiva, Zilmar Junior, dentre muitos outros.

(****) Em termos literários e falando especificamente de jovens autores, pois os mais experientes continuaram publicando e quando falamos em outros setores, como o Teatro, a Música e a Dança, tivemos fortes manifestações durante a década de 90 e o começo de 2000. Agora no que condiz a impressos culturais e literários, não se conseguiu formar nenhum espaço até 2007 que fosse democrático, regular e duradouro para que estes jovens pudessem atuar, como ocorreu, conforme citei, na época da Geração Inovação ou como tem ocorrido nesta nova, que intitulei de Geração O Piaguí.

Geração Piaguí (2007 – presente)

Jailson Júnior

Desde o fim da Geração 70 em 1992, imortalizada pelo Jornal Inovação, até a Geração Virtual começar a um novo momento à partir de 2007, foram 15 anos em que, salvo movimentos esparsos, a literatura parnaibana da geração seguinte permaneceu em período letárgico, o que não quer dizer que não houve uma produção igualmente importante.

Quando o historiador Claucio Ciarlini nomeia esse período compreendido entre 1992 e 2007 em Parnaíba de Geração Fantasma, o que ocorreu foi a carência de plataformas que congregassem essas vozes e fossem, ao mesmo tempo, uma referência para o desenvolvimento de uma identidade literária que representasse o período. O frenesi experimentado com o Jornal Inovação (1977 – 1992) e muito depois com O Piaguí (2007 – presente) acabou não ocorrendo com os literatos desse intervalo de tempo, vivendo unicamente a solidão de suas produções, o que, como já mencionado, não deixou de render vigorosos frutos.

O dia 05 de novembro de 2007 representou um marco intermediário para alguns e o sopro de oxigênio nas narinas dos que vinham engatinhando logo atrás dos fantasmas. Diretamente afetados pela carência de um denominador comum, os jovens Claucio Ciarlini, Daniel Ciarlini e Fábio Bezerra decidem dar um novo e significativo passo para a cultura de Parnaíba e região, criando O Piaguí, talvez não por acaso no Dia Nacional da Cultura Brasileira.

Ao mesmo tempo e no mesmo sentido futurístico para onde apontava o progresso que representava, naquele momento, O Piaguí, iniciava-se, no Brasil, um processo de popularização da internet, com a febre dos Cyber Cafés e das Lan Houses. Os computadores ficaram mais acessíveis, e com eles, a possibilidade de jovens escritores divulgarem ao mundo o seu trabalho, havendo agora uma tábua de salvação de nível global.

Na internet, entre muitos movimentos que se dedicaram também à literatura, destacam-se o Recanto das Letras (2004), local até hoje muito valorizado e que se consolidou no tempo como um santuário das publicações literárias, e o Orkut (2006), uma das redes sociais mais famosa de todos os tempos, onde principalmente os mais jovens ditavam moda, interligavam-se com o restante do mundo e também divulgaram seus versos, suas vestes e seus sentimentos.

O Piaguí surge justamente com a filosofia de ser a vitrine local desses escritores igualmente locais. Vem para promover a juventude, fortalecer os vínculos entre os artistas, revelar jovens talentos e devolver à Parnaíba um movimento artístico e cultural da qual há muito tempo estava carente a Princesa do Litoral. E não só. Também vem para aqueles que mesmo já experientes, não tiveram o suporte devido e que também queriam acrescer positivamente, e na arte, assim como na vida, antes tarde do que jamais.

Os anos se passaram, o periódico se consolidou como o repositório dos artistas por excelência, divulgando, revelando e promovendo. Se há gerúndios que definem bem a missão do jornal, cito esses, havendo além vários outros.

Um sonho antigo do editor Claucio em reunir nomes revelados pelo O Piaguí em uma coletânea ganhava cada dia mais corpo, sempre postergado pelas circunstâncias do tempo. E se há um tema do qual os poetas dominam e compreendem (ou pelo menos tentam) é justamente ele, o tempo, o senhor dos destinos.

Até que em 2017, Claucio conseguiu juntar vinte e dois poetas em um projeto ousado e que bebia diretamente de outros de igual teor. Financiamento próprio, igual quantidade de páginas para todos. Depois de reunidas as pessoas em um grupo de WhatsApp, foi feita a deliberação e ali ocorreu a nidação de Versania, coletânea de poesias organizada e pronta entre Fevereiro e Agosto, sendo lançada no Sesc Avenida no dia 05 de Setembro do mesmo ano.

A consolidação do projeto veio no ano seguinte, 2018, quando houve a segunda edição, de nova capa, totalmente revisada, lançada exatamente na data de um ano do triunfo da primeira edição. Foi a certeza de que não foi somente um projeto pontual, mas sim algo duradouro e que, depois de já passados 4 anos, mostrou-se tão somente uma semente, um impulso para outras movimentações igualmente importantes. Nesse mesmo dia, como uma cereja no bolo, é reativado o site oficial do jornal, que há tempos havia deixado de ser movimentado.

Vários versanianos lançaram trabalhos depois disso, ou mesmo se utilizaram do movimento como ponto de partida ou como uma quarta marcha na carreira literária. Tivemos Homo Cactus (2018), do chavalense Marcello Silva, Grãos de Areia (2019), de Zilmar Júnior, Experimentos Poéticos (2020), organizada por Daltro Paiva, resultado do laboratório poético ministrado por ele ainda no ano de 2018 no Sesc Caixeiral, e Nguzu que Rompe Grilhões (2021), de Marciano Gualberto. Tivemos também a obra Catarse (2018), da escritora Lívia Pessoa, que não participou de Versania, mas que se lançou ao mundo muito cedo através do O Piaguí e que já em seus brolhosos 17 anos publicou seu primeiro trabalho solo.

O espírito congregador do O Piaguí não parou por aí. Desde 2019, ocorre em Parnaíba um movimento jamais visto em toda a charmosa história da cidade. Jovens e veteranos na escrita estão se reunindo sobre o mesmo assunto para falar de literatura. A Academia Parnaibana de Letras (APAL), presidida atualmente pelo acadêmico José Luiz de Carvalho, lidera o projeto Academia Viva, tirando a academia das quatro paredes e a levando para os eventos, as escolas, renovando as cátedras desocupadas e abrindo espaço para que o público a conheça, sobretudo a nova geração de escritores, e o jornal é parceiro fiel dessa empreitada, representando a nova geração.

No mesmo 2019, foi publicada a primeira obra da coleção Entre Gerações, fruto material dessa ligação, contemplando o gênero Conto, que já tem a versão em Poema, e que em 2021 terá a Crônica como foco (Contos Entre Gerações, Poemas Entre Gerações e Crônicas Entre Gerações, respectivamente). Jovens e veteranos confluindo no mesmo lugar, derrubando, pouco a pouco, as barreiras que existiam entre os tempos. Além disso, o 72° Almanaque da Parnaíba (2019/2020), revista oficial da Academia, foi o que teve mais participações de jovens escritores entre todas as edições publicadas até hoje.

E há mais um aspecto, não menos importante por ser citado a posteriori. Desde maio de 2015, o Sesc Piauí instalou no prédio da antiga escola União Caixeiral, no centro de Parnaíba, um moderno prédio em Art Nouveau, que possui ares de templo local das artes. Aulas de música, pintura, biblioteca confortável e espaço café que já foi palco de vários eventos artísticos em nossa região. Não raro visitantes se impressionam com a imponência e elegância do prédio, que tem sido um importante baluarte para a produção artística local.

O mesmo Sesc promove todo ano o Correio Literário, publicação anual onde também já saíram muitos de nossos colaboradores. Também promove o Corredor Literário, uma noite onde ocorrem recriações, lançamentos de livros, visita de escritores de fora, entre muitos outros eventos que ocorrem ao longo do ano.

É importante citar também o jornal O Bembém, criado em fevereiro de 2008 por Benjamim Santos, Diego Mendes Sousa e Tarciso Prado, que surge logo após O Piaguí e também foi um acontecimento igualmente importante nesse movimento de resgate da literatura parnaibana, trazendo uma produção robusta, não menos comprometido em ser também um guia naquele momento.

A Geração O Piaguí ainda está em andamento. Mesmo sendo difícil falar sobre algo ainda em construção, não resta dúvidas de que ela já mostra sua importância sem precedentes na história de Parnaíba. O foco nos novos literatos, a reunião destes com a geração veterana e a comunhão em um denominador comum destes personagens são, sem dúvidas, as maiores heranças que ela pode deixar para a posteridade.

As gerações nunca terminam. No máximo, agregam outras, que agregarão também outras, cada uma tendo seu merecido momento de protagonismo. Mais do que individualismos, essa fase deixará um legado pedagógico para os próximos anos, para o futuro, uma lição de que, se separados podemos ser também proativos, juntos, arrastamos uma legião de ideias, chegamos bem mais longe, cria-se muito mais. É o que posso desejar, como membro dessa geração, para os dias que virão.    

Fonte: http://poetaelmar.blogspot.com/2021/03/geracoes-literarias-contemporaneas-de.html

Os 25 anos da carreira literária de Claucio Ciarlini

Muitos o conhecem como Professor, outros como o Editor do Piaguí. Porém, antes que Claucio Ciarlini pensasse em cursar história ou administrar um impresso cultural, ele se descobriu como um Poeta. A partir desse momento, e com apenas 14 anos, Claucio passou a não apenas lidar melhor com os seus demônios, mas a superar a timidez e a se aventurar em ações literárias e culturais, desde um jornalzinho cultural nos tempos de escola até organizar coletâneas literárias promovendo a integração entre gerações da escrita em Parnaíba.

            Agora, todas estas ações não teriam ocorrido, comenta o autor, se não fosse aquele primeiro poema, escrito em 12 de março de 1996. Claucio possui o costume de registrar a data de seus escritos, e é por essa razão que ele sabe que esse mês marca o seu nascimento poético.

E de lá para cá, ou seja, 25 anos depois e estando prestes a lançar o décimo livro (sendo cinco de sua autoria e cinco coletâneas que organizou), uma longa trajetória se deu, entre impressos e meios virtuais (encadernados, livros, blogs, jornais, dentre outros)buscando sempre mostrar o seu trabalho, obter reconhecimento como escritor, mas nunca passando por cima de ninguém, como revela.

            Claucio não apenas segue a atuar de forma humilde e sem prejudicar ninguém, como tem ajudado a revelar e promover diversos autores ao longo dos anos: antes mesmo de O Piaguí (2007 aos dias atuais) e o quadro Estreando, tive a alegria de organizar em 2003 um concurso de poesias em Sobral (Ceará), quando da minha estada na faculdade de História. Sempre gostei muito de ajudar aqueles que estão iniciando na escrita, assim como também faço com meus alunos a cada ano. E o poeta não só atua em prol dos iniciantes, mas de todos os escritores e artistas com que se depara, tendo como principal ferramenta, o jornal O Piaguí, no que o também poeta Marcello Silva, em texto de 2019, bem destacou:

            Mais do que ser editor, ter lançado quatro livros e organizado outras obras literárias, Claucio Ciarlini lançou sonhos e publicou esperança nos sonhos de uma geração de escritores. Ciarlini não representa interesses pessoais egocêntricos, Claucio carrega nos ombros as ideias, os projetos e as perspectivas literárias de uma legião de novos autores. Ciarlini, através do O Piaguí e coletâneas literárias, democratizou a publicação e veiculação da literatura da cidade e região. Abriu portas para autores novos e desconhecidos e hoje alguns desses já galgam caminhos diversos… (Marcello Silva, 2019).

            Estas linhas de Marcello Silva foram retiradas de um texto em defesa da candidatura de Claucio para a Academia Parnaibana de Letras, na qual, ainda naquele ano, ele foi eleito. No que Marcello completou: “Ciarlini tem uma biografia invejável que o habilita ao posto, entretanto o que mais o credencia á cátedra da APAL é a sua HUMANIDADE. Profissional dotado de uma humildade e simplicidade que transborda em seus gestos e atitudes”.

            E é com sua mais recente obra, Cronologia Poética (Editora Tremembé) que será lançada ainda neste mês (*), que Ciarlini vem eternizar estes feitos e conquistas, mas sem se esquecer das derrotas e dificuldades inerentes à caminhada literária, onde cada ano é representado no livro por um poema da época e antes dele um breve histórico, no que acaba servindo não apenas para conhecermos melhor sobre os seus passos como escritor, mas pode muito bem vir a ser uma fonte de inspiração para aqueles que ainda estão nos primeiros passos e que sonham em lançar os primeiros livros e serem reconhecidos em suas respectivas terras. No que Ciarlini comenta que essa obra, além de trazer um pouco do seu histórico de vida e escrita, ainda possui algo mais especial: “a arte das minhas filhas, Carol e Ingrid na capa! No que depender de mim, a partir de agora, elas sempre estarão ilustrando os meus livros, não porque são minhas meninas, mas porque elas são feras no desenho, dentre outras coisas”.

            Claucio Ciarlini finaliza a entrevista agradecendo à Editora Tremembé, através de seus editores Alexandre César e Amanda Silva, como a todos que de uma forma ou outra o ajudaram, não só durante os 25 anos de carreira literária, mas nos 40 anos de vida, que completará também nesse mês de março: principalmente minha família e amigos. Dito isto, só nos resta parabenizar e desejar que venham mais 25 anos literatura e luta cultural!

(*) O lançamento da obra ocorrerá através de uma live no dia 23, às 19h, pelo Instagram da Editora Tremembé. E antes desta data, no dia 17, Claucio estará participando da Live Piaguiense, no que contará um pouco de sua trajetória de vida e literária.

Abaixo, segue uma pouco da linha do tempo de Claucio Ciarlini:

1996

Com 14 anos, inicia na escrita literária com o poema Pequena Garota. No ano seguinte, cria (junto com amigos) um jornalzinho cultural na escola: Boca do Povo.

1999

Com 17 anos, lança entre amigos, familiares e colegas de escola o encadernado: Tão perto, Tão longe. O primeiro de muitos que antecederam o seu primeiro livro.

2003

Na sua estada em Sobral, cursando história, organiza um concurso de poesias entre os estudantes da universidade. Sua escrita cada vez mais se volta para temas como história e sociedade.

2004

Aos 22 anos, lança a sua primeira obra: Linhas Impensadas! Evento ocorrido no auditório do Centro de Ciências Humanas (UVA). E no ano seguinte, já em Parnaíba, a sua segunda: Pedido de autorização para pensar.

2007

Funda e passa a editar o impresso cultural, histórico e literário O Piaguí. E, dentre os quadros de sua autoria, ganha destaque a série de entrevistas Parnaíba, por quem também faz por Parnaíba.

2009

Com 28 anos, lança o terceiro livro: Inevitável. O lançamento se deu em ocasião do I Salão do Livro de Parnaíba. No mesmo ano inicia com um blog no Portal Costa Norte: Cultura Pop.

2012

Cria um blog pessoal com o nome: Memórias de um poeta semi – invisível. Um espaço onde passa a hospedar todos os meus poemas, artigos, crônicas, contos, séries, etc. Também escreve a série: O progresso que desumaniza. E no ano seguinte outra série: 20 dias de Bon Jovi.

2014

Organiza uma coletânea poética com escritos de alunos do ensino médio da escola em que trabalha, o Cândido Oliveira, chamada: Poesia Adolescente. O projeto Cinema e História (criado por ele três anos antes) atinge o auge, com a produção de três filmes neste ano.

2017

Com 36 anos, organiza a coletânea poética Versania, revelando 22 poetas da nova geração, dos que foram estreando no Jornal O Piaguí durante o decorrer dos anos. E com direito a uma segunda edição no ano seguinte.

2019

Lança o quarto livro de sua autoria: Parnaíba, por quem também faz por Parnaíba. Organiza a coletânea Contos entre Gerações, recebe, dentre outros reconhecimentos, a Medalha e o Diploma de Mérito Municipal. No fim do ano, é eleito para a Academia Parnaibana de Letras.

2020

Toma posse No inicio do ano na APAL, cadeira de número 23. Organiza a coletânea Poemas entre Gerações e o Almanaque da Parnaíba. Já com 39 anos, escreve dois livros a serem publicados no ano seguinte: Cronologia Poética e HaiCaos: Poema em quarentena.

Matéria: O Piaguí.

Parte IV Brasil na ordem alfabética estados com “G” e “M”.

MARIA DILMA PONTE DE BRITO
ACADEMIA PARNAIBANA DE LETRAS APAL CADEIRA 28
PATRONO LÍVIO LOPES CASTELO BRANCO
1º OCUPANTE HUMBERTO TELES MACHADO DE SOUSA

Continuando o meu turismo por esse Brasil querido, chegou a vez de recordar a minha estada no estado de Goiás (G). Essa viagem aconteceu em setembro de 2012.

          ESTADO DE GOIÁS(GO) – 2012. O estado de Goiás fica na região centro- oeste e tem como capital a cidade de Goiânia. Era uma região geográfica muito extensa. A capital localizada ao sul favoreceu o seu crescimento pela aproximação com o Distrito Federal. Goiânia prosperou na indústria, na agropecuária, enquanto o norte do estado permanecia estagnado. Por isso o território foi dividido em 1988 como forma de incentivar o desenvolvimento econômico e social da região norte. Goiás continuou a existir embora em um espaço menor e surgiu o estado de Tocantins.

          GOIÂNIA (GO) 2012 – Ao chegarmos em Goiânia, seguimos do Aeroporto Santo Genoveva para o Hotel Papillon, onde passamos dias agradáveis. Depois de nos acomodarmos fomos almoçar no Restaurante Chão Nativo que foi considerado o melhor restaurante de Goiás, premiado no guia Comer & Beber Bem (ano 2007/2008). Em 2012 preservava suas qualidades.

          Em Goiânia fizemos um tour passando pela fábrica de refrigerante Goianhinho, pela Praça Cívica onde fica o Palácio das Esmeraldas, residência oficial do governador, pousei para a foto no lindo monumento das três raças: negro, branco e índio diante de uma arquitetura belíssima. Registramos também a nossa presença ao lado de um monumento, que é cartão postal da cidade. Ele simboliza o começo da urbanização de Goiânia com pontas direcionados para leste, oeste e sul, direções que cresceu.  Fomos ao PARQUE DOS BURITIS, um local agradabilíssimo, patrimônio paisagístico, que tem o maior jato d´água da América do Sul chegando a 50 metros. Todo arborizado, com trilhas, teatro de arena, monumentos, cheio de cantinhos agradáveis e lá ficamos até ao cair da tarde quando fomos jantar no Restaurante Tucunaré.  

          O Restaurante Tucunaré desde 2008, quatro anos antes da nossa visita, já preservava a sua qualidade conservado até o momento atual (2021), conforme pesquisas que realizei. É especialista em peixe de água doce assados no bafo. Os pratos são requintados e bem servidos.

          Exploramos a gastronomia goiana. Diversificamos os restaurantes e os pratos tradicionais da região. No Restaurante Cateretê experimentamos e aprovamos um filé goiano. Uma mistura da culinária baiana e mineira com um toque de pimenta.

          Marcamos presença da FEIRA DO SOL, famosa e popular que acontecia (2012) todos os sábados na Praça Tamandaré, zona oeste. Muito artesanato regional rico em arte e criatividade.

          Nosso passeio turístico incluiu a PRAÇA DAS UNIVERSIDADES: Universidade Federal de Goiás – UFG e Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUV-GO). Ela foi construída em 1969 para abrigas as universidades existentes na época. Conhecemos também o Mercado Municipal de Goiânia. É um ponto tradicional muito procurado pelos turistas pela sua história e comércio movimentado com variedades de frutas e peixes.

          A AVENIDA BERNARDO SAYÃO é outra rota turística. É o local onde se encontra confecções para todos os gostos, assim como bijuterias, sapatos, bolsas.

          Também conhecemos o Goiânia Shopping e o PARQUE VACA BRAVA um dos principais cartões postais da cidade. O local enche a vista com a beleza do verde, pistas para cooper, lago com peixes ornamentais, jatos d´água para refrescar o ambiente e cantinhos agradáveis com bancos para o turista sentar e apreciar tamanha beleza.

          Em Goiânia existe o CAMELÓDROMO, local onde reúne todos os camelôs de forma organizada. É muito bom para o cliente que encontra tudo que precisa em um espaço determinado, como é bom para a cidade que fica sempre arrumadinha.

          Outra coisa que me chamou atenção na capital foram as querobas, que são palmeiras dos cerrados de frutos comestíveis que embelezam as avenidas. Seu nome vem do tupi guarani e significa indivíduo amargo.  

          TRINDADE (GO) 2012 – é uma cidade do estado de Goiás, onde é realizada a maior festa católica do país, Divino Pai Eterno. A festa acontece no mês de julho reunindo fiéis do mundo inteiro.

          De Goiânia para Trindade a nossa primeira parada foi no MOSTEIRO DAS CARMELITAS DESCALÇAS, Carmelo da Santíssima Trindade e da Imaculada Conceição. Quando adentramos estava acontecendo missa. As irmãos Carmelitas estavam por detrás de uma cortina e só escutávamos suas vozes e enxergávamos suas sombras. Elas entoavam na hora de nossa chegada: “a vós descei divina luz/ em nossas almas acendei/ o amor divino de Jesus”. Continuando nosso percurso chegamos ao SANTUÁRIO DO DIVINO PAI ETERNO. Conhecemos a sala dos milagres, orei com muita devoção, deixei nomes de amigos e familiares no livro de pedido de graças, fui benzida, rezei na gruta de Nossa Senhora de Lourdes que fico no largo do Santuário. Compramos santinhos, terços, medalhas, nas feirinhas. Pena que não assistimos a missa do Padre Robson (na época ele celebrava missa na rede vida), estava agendada. Oramos na Gruta de Nossa Senhora de Lourdes no largo do Santuário e fomos também na IGREJA DO PADRE PELÁGIO. Sacerdote Redentorista que desenvolveu muitos trabalhos religiosos e sociais. Ela chama atenção por ser construída no alto e tem uma escadaria para o acesso. Os seus restos mortais estão lá abrigados.

          A RODOVIA DOS ROMEIROS, GO-060, entre Goiânia e Trindade é a maior galeria a céu aberto do mundo. Quatorze painéis representando a Paixão de Cristo pintados pela artista Omar Couto se espalham na extensão de todo o espaço.

          No meu álbum de viagem estão registrados todos esses momentos aqui descritos.

          CIDADE DE GOIÁS (GO) 2012 – é uma cidade de arquitetura colonial, cercada de colinas e foi a primeira capital do estado. É conhecida como Goiás Velho, mas essa denominação não agrada muito os filhos da terra. A cidade é tranquila, conservada e de muitas peculiaridades. É a terra da escritora CORA CORALINA. Fiquei muito feliz em conhecer o MUSEU CASA dessa grande poetisa que passou a publicar seus trabalhos somente aos 76 anos de idade. No acervo do Museu estão em exposição os vestidos, chinelo, cartas, fotos, máquina de escrever, livros dessa grande mulher. Muitos deles fazem parte também de minha biblioteca como por exemplo, Solo de Clarineta de autoria de Érico Veríssimo. Achei interessante porque a visita começa na cozinha, com os taxas de doces utilizados pela escritora que era doceira também.

          No centro histórico de Goiás está a IGREJA DA SANTA BÁRBARA. A sua construção é feita com pedra de sabão e adobe. Fica dentro de um pátio murado e para adentrar a Igreja sobe-se uma escadaria com mais de cinquenta degraus. Do alto vê-se a Serra Dourada, registrei lindas fotos. A imagem de Santa Barbara é de autoria do santeiro Veiga Valle.

          CASA DE JOSÉ JOAQUIM VEIGA VALLE – visitei a casa onde viveu o renomado escultor Veiga Valle. Fica no largo do Rosário na cidade de Goiás. Ele é filho de Pirenópolis mas morou e morreu na cidade de Goiás. Deixou um rico acervo de arte sacra. Mais de cem peças de sua autoria estão reunidas no Museu de Arte Sacra da Igreja da Boa Morte. Registrei tudo com fotos para o álbum de viagem.

          MUSEU DOS BANDEIRANTES – é um prédio imponente localizado na CIDADE DE GOIÁS, tombado pelo patrimônio histórico. Reuni no seu acervo documentos da Delegacia Fiscal e do Tesouro Nacional desde o período colonial. Fiquei encantada com as peças sacras, móveis, utensílios domésticos, armamentos, etc.

          PALÁCIO CONDE DOS ARCOS –Estudamos em tempo de colégio que em 1748, D. João VI, Rei de Portugal, instituiu a capitania de Goyas e outras mais, dando posse ao primeiro governador, Dom Marcos de Noronha, o Conde dos Arcos. E para ele foi construída uma residência oficial que é o Palácio em pauta. O casarão sofreu várias reformas e transformou-se em ponto turístico da cidade. Fica na Praça Tasso Camargo, no centro de Goiás. Fotografei para o álbum de viagem aquele lindo acervo mobiliário, peças antigas, os pátios e jardins, os cômodos e todo aquele prédio antigo com muitas portas e janelas azuis.

          MUSEU DE ARTE SACRA – No museu de Arte Sacra, que fica na cidade de Goiás, não foi permitindo fotos. Ele reúne peças de origem portuguesa e telas com temas religiosos. Encontramos no seu acervo coroas, castiçais, paramentas, etc. Ele ocupa a Igreja da Boa Morte e absorveu o acervo do antigo museu da Cúria.

          Ainda sobre a cidade de Goiás, lembrei de ressaltar um registro histórico muito evidenciado nos bancos de escola que diz respeito a fundação da cidade que foi no ano de 1736 por Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera.

          Nessa viagem ao estado de Goiás fez parte do roteiro turístico a cidade de Caldas Novas. Fomos lá.

          CALDAS NOVAS – A cidade recebe muitos turistas em busca de benefícios terapêuticos oferecidos por suas águas mornas ou também por ser uma cidade relaxante que propicia o descanso e o lazer. Como boa turista que sou, visitei a maior atração do local que é o Balneário Municipal.

          Fechando nossa visita a essa cidade lindo do Estado de Goiás assistimos missa no Santuário Diocesano de Nossa Senhora da Salete. O local é aberto também para confissões, aconselhamentos, bênçãos de objetos e acolhimento de peregrinos.

          RIO QUENTE – é um município do estado de Goiás, muito procurando pelos turistas. A cidade é chamada de Paraíso das Águas Quentes. O local é bastante agradável com uma rica fauna e flora e maravilhosas fontes de águas quentes. Muito nos divertimos no Hot Park. É um espaço bastante agradável, com muitas atrações, banho de água morna, bom para relaxar e passar momentos inesquecíveis.

               Dando continuidade ao meu passeio turístico agora chegou a vez dos estados com a letra “M”. Maranhão (M) e Minas Gerais(M), Mato-Grosso (M) e Mato Grosso do Sul (M).

          MARANHÃO – O estado do Maranhão fica no nordestes brasileiro e suas belas praias são grandes atrações turísticas. É um estado extenso cortado pela Rodovia Belém-Brasília, de muitos prédios históricos, de muitas festividades tradicionais e da cultura portuguesa, africana e indígenas.

          SÃO LUIZ (MA) – capital do estado do Maranhão. O seu nome é uma homenagem ao Rei da França, Luiz XIII. Ela foi fundada pelos franceses, possui uma excelente posição geográfica, localizada entre as regiões norte e nordeste e isso beneficia o seu desenvolvimento industrial. O Porto de Itaqui favorece a escoação de produtos agrícolas e a capital também é servida de rodovias e aeroporto.

          Como boa turista que sou não perdi a oportunidade de conhecer esse estado que é tão pertinho do meu Piauí. Por três vezes estive por lá. A primeira por volta de 1980 ou 1981. Tentei sem sucesso localizar nos álbuns de fotografias registros para relatar melhor essa viagem. Depois fui por duas vezes para convenções do Lions, Distrito LA-6. Cada vez que chegava em São Luiz surpreendia –me com o crescimento da cidade, as largas avenidas, a movimentação econômico, etc.

          Em todas essas viagens fizemos um tour pelos pontos turísticos no centro histórico, admirando os casarões antigos, as belas praias, a Matriz da Sé, o Palácio dos Leões, etc.

          Nas duas vezes que fui para Convenção do Lions, tive a oportunidade de participar de noites folclóricos e sempre me encantava com o bumba – meu boi, folguedo próprio do Maranhão.

          Procurei registros dessas viagens e também não localizei. Mas essas são as lembranças que guardei.

          TUTÓIA (MA) – é uma cidade maranhense litorânea, com excelentes opções de praias. Também não consegui localizar a data que visitei esse lindo paraíso. Faz tempo. Coisas dos anos 90. Encontrei no álbum de viagem algumas fotos, mas sem data. Tenho boas recordações de um passeio de barco, do banho de mar nas lindas praias e dos gostosos camarões gigantes abundantes na cidade.

          BARREIRINHA(MA) 2017 – é um município conhecido também como Portal dos Lençóis Maranhenses. É uma belíssima região turística, com lagos, muitas dunas e areias brancas. Recebe também o cognome de Deserto Brasileiro. Chegando nesse paraíso almoçamos no Restaurante “O Bambu” com uma vista linda para o Rio Preguiça. Nele fizemos passeio de lancha (voadeira como eles dizem) até o povoado Tapuio, apreciando as vegetações costeiras e todo aquele cenário espetacular. Depois pegamos uma outra embarcação maior e fomos para os Lençóis Maranhenses. Não tenho palavras para explicar as belezas que vi nesse local encantador.

          Para chegar as lagoas e andar nas dunas só a pé. Precisa de resistência mas vale a pena a paisagem que se vai desfrutar como também os belos banhos nas lindas lagoas que fazem parte desse rico e extraordinário cenário.

          Fizemos caminhadas nas dunas fazendo parada nas lagoas: Azul, Esmeralda, do “S” e dos Toioteiros.

          Encerramos essa aventura inesquecível subindo uma enorme duna nas proximidades da Lagoa Esmeralda para apreciar o pôr do sol. Como eu já estava cansada do dia agitado cheguei o alto da duna já rebocada. Esse foi o pôr do sol mais encantador que já vi na minha vida. Tenho fotos registando de todos esses momentos únicos e belíssimos. Recomendo esse passeio. Foi um dos melhores da minha vida.

          É preciso explicar que nas dunas é deserto mesmo. Não tem nem água para ser consumida. Mas aconteceu um milagre e apareceu por lá um garoto vendedor picolé. Foi uma dádiva. Parecia que ele estava oferecendo ouro.

          No estado do Maranhão também conheço a ILHA DAS CANÁRIAS que fica no município de Araioses (MA). Está a onze quilômetros da minha cidade Parnaíba e reúne os povoados de Passarinho, Caiçara, Torto e Canárias. É uma área de preservação ambiental que fica na divisa do Piauí com o Maranhão. O local é sossegado com mangues, dunas, flora e fauna diversificada. É cercada de praias naturais um verdadeiro santuário ecológico. Registrei com fotos minha estada nesse paraíso.

          MINAS GERAIS(MG) 2010 – O estado mineiro é também muito extenso. O seu nome origina-se de sua riqueza, seus minérios. Suas cidades são históricas. Famosa pela sua culinária. Sua cultura e gastronomia tem influência portuguesa. Conhecer esse local tão peculiar foi muito prazeroso.

          BELO HORIZONTE (MG) 2010 – Do Aeroporto do Confins de Belo Horizonte fomos direto para o Hotel Othon Palace, onde nos hospedamos no décimo sexto andar com vista para o PARQUE MUNICIPAL AMÉRICO RENEÉ GIANNETTI. O Parque é lindo. Tem árvores centenárias. Registrei fotos com um jaqueira frondosa, na quadra de tênis, nas trilhas, no teatro, nas lagoas e nos brinquedos das crianças. Ele fica no centro da cidade, tem 180.000 metros quadrados e fica ao lado da avenida Afonso Pena. Américo Reneé foi um político, empresário e industrial gaúcho radicado em Minas Gerais formando família e permanecendo lá até a sua morte,

          No tour que fizemos na cidade incluiu o centro cultural de arquitetura neogótica, a Praça 7 de setembro, o OBELISCO PIRULITO que é o marco do cruzamento da avenida Amazonas com Afonso Pena, a IGREJA SÃO JOSÉ, a FEIRA DE ARTE E ARTESANATO que acontecia na época (2010) uma vez por semana se não estou enganada. Ela começava na Praça da Liberdade e ia até a Avenida Afonso de Pena. Rico artesanato de todas espécies, Trabalho de madeira, tecido, bordado, bijuterias, comestíveis, vidros, porcelanas, couro, pintura, palha, de tudo mesmo.

Fiquei encantada com CONJUNTO ARQUITETÔNICO DA PAMPULHA, que fica nos arredores da Lagoa da Pampulha, com arquitetura, arte e paisagismo de Niemeyer, Burle Marx, Portinari, esculturas de Alfredo Ceschiatti e outros artistas. Faz parte da rota turística mineira esse passeio.  Um lugar imperdível. A Igreja de São Francisco compreende esse cenário. Suas linhas curvas seduzem os turistas, arquitetos e engenheiros. Registrei toda essa beleza e estão no meu álbum de viagem.

O PALÁCIO DAS MANGABEIRAS é outro ponto turístico de Belo Horizonte. É a residência oficial do Governador de Minas Gerais. Atrás do Palácio das Mangabeiras está um Mirante oferecendo uma vista linda da cidade. A RUA DO AMENDOIM fica nessas proximidades e atrai também muitos turistas pela seus mistérios. O carro mesmo estando desligando ele sobe ao invés de descer como seria o mais lógico.

Visitamos também a PRAÇA ISRAEL PINHEIRO onde o PAPA JOÃO PAULO II celebrou a missa em ocasião de sua passagem em Belo Horizonte no ano de 1980. Desde daí passou a ser chamada de Praça do Papa.

Como boa turista que sou o MUSEU HISTÓRICO ABÍLIO BARRETO também foi alvo das minhas andanças. O historiador e poeta é natural de Diamantina e no Museu que leva seu nome existe um grande acervo de fotografias, objetos, mobiliários e escrituras da história mineira. No local tem também café, restaurante, cinema e espaço para eventos culturais.                                          

          AMARANTINA(MG)2010 – Amarantina é um distrito do Ouro Pedro município de Minas Gerais. Lá visitamos o MUSEU DAS REDUÇÕES. Na época (2010) existia vinte e cinco réplicas de monumentos e quinze estados brasileiros. Trabalho artístico dos Irmão Vilhena.

          OURO PRETO(MG) 2010 – Ouro Preto é uma cidade mineira, de muitas igrejas e um rico acervo de arquitetura do período colonial. Foi palco da Inconfidência Mineira, é berço de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.

          Lá visitamos o MUSEU DOS INCONFIDENTES, Igrejas, a CASA DOS CONTOS. A Casa dos Contos em 1784 era o local destinado ao recolhimento de impostos e em 1789 serviu de prisão dos inconfidentes. Em 1984 o espaço foi restaurado permitindo a exposição de documentos numismáticos da Casa da Moeda do Brasil e do Banco Central. Em 1973 todo a documentação do ciclo do ouro foi disponibilizada nesse local. Registrei tudo para ficar no álbum de viagem, inclusive o local onde Cláudio Manoel da Costa foi encontrado morto. Como estudamos no tempo de escola ele foi um poeta, minerador, jurista, amigo do pintor Aleijadinho e participou do movimento da Inconfidência Mineira ao lado de Tiradentes. A Inconfidência Mineira foi uma conspiração de uma pequena elite de Vila Rica, hoje Ouro Preto, ocorrida no ano 1789 contra o domínio Português.

          Fotografei para constar no álbum de viagem a placa afixada na CASA ONDE MOROU TIRADENTES, na escadaria para se chegar as senzalas do Museu dos Inconfidentes, dos sonetos de Cláudia Manoel da Costa que ficavam nas paredes do Museu e de outros pontos turísticos importantes.

          MARIANA MG (2010) – Aproveitamos a estada em Minas Gerais para conhecer também a cidade de Mariana que é considerada berço da civilização cristã e da educação mineira. Conhecemos de perto o processo de exploração do ouro adentrando nas minas depois de toda equipada, é claro. Visitamos a IGREJA DE NOSSA SENHORA DO CARMO que fica na Praça Minas Gerias, a IGREJA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS de modelo arquitetônico colonial e a IGREJA DE SÃO PEDRO CLÉRIGOS, templo católico barroco, a CATEDRAL BASÍLICA NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO, onde vimos um órgão alemão de 1701 com 964 tubos. Fotografei tudo para o álbum de viagem, inclusive as ruas estreitas de calçamento de pedra, a casa de artesanato mineiro e outros pontos turísticos.

          SABARÁ MG (2010) – Não perdemos a oportunidade de conhecer mais uma cidade mineira que foi importante na exploração de ouro do estado, Sabará. Visitamos o TEATRO MUNICIPAL da cidade, construído no século XVII que é um dos mais antigos do Brasil. Registrei com fotos a casa onde MOROU O ARTISTA ANTÔNIO FRANCISCO LISBOA, O ALEIJADINHO. Ele nasceu em Ouro Preto mas residiu em Sabará. Conhecemos a CAPELA DE NOSSA SENHORA DO Ó, que data de século XVII e é conhecida também como capela de Nossa Senhora da Expectação do Parto. Seu altar é todo folheado em ouro e a fachada tem detalhes orientais. Já a IGREJA DE NOSSA SENHORA DO CARMO com seu estilo rococó, retrata a presença do mestre Aleijadinho. Data de 1663. Em frente essa igreja está o CEMITÉRIO DA ORDEM TERCEIRA DO CARMO, construído em 1846.   

          Uma curiosidade da cidade de Sabará é que o carnaval começa cedo. Na tarde do dia 17 de janeiro de 2010 chegamos a ver blocos nas ruas e desfiles carnavalescos, com lindas fantasias e o povo todo com o espírito de festa e muita animação.

          Como tudo tem começo e fim, retornamos ao nosso lar doce lar depois de um passeio maravilhoso no estado de Minas Gerais. Para continuar os estados com letra “M”, deveria agora relatar acerca de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, mas ainda não conheço esses dois estados. Estão na mira das próximas viagens.

          Os próximos relatos são de minhas viagens pelos estados de letra “P”. Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Paraná. Aguardem.

CONCURSO – Almanaque da Parnaíba 2021

ACADEMIA PARNAIBANA DE LETRAS

EDITAL CONCURSO LITERÁRIO ALMANAQUE DA PARNAÍBA 2021

I – APRESENTAÇÃO

     O CONCURSO LITERÁRIO ALMANAQUE DA PARNAÍBA é promovido pela Academia Parnaibana de Letras, e objetiva premiar com a publicação no Almanaque da Parnaíba – Edição de 2021- os primeiros  cinco colocados nas categorias: Poesias, Crônicas,  Contos e Artigos, destinados ao público a partir de 18 anos, escritas em língua portuguesa, parnaibanos ou não, que residem atualmente em Parnaíba,  bem assim àqueles que mesmo não morando ou não sendo de Parnaíba, atuam em algum impresso jornalístico ou cultural da cidade.

II – INSCRIÇÃO

1- Cada candidato poderá concorrer em apenas uma categoria e a produção deve ser inédita, ou seja, que nunca tenha sido publicada em ambiente impresso (revista ou livro).

2 – A produção textual (poema, conto, crônica ou artigo) deve ser enviada ao e-mail: academiaparnaibanadeletras@gmail.com .

3 – Orienta-se que o texto seja digitado em fonte Times New Roman tamanho 12, estilo normal, na cor preta; parágrafo de alinhamento justificado; espaçamento 1,5.

4 – O arquivo deverá estar no formato Word 2007 em diante (.docx). Arquivos em outros formatos não serão aceitos.

5 – O arquivo deverá conter apenas textos, sem ilustrações, gráficos ou quaisquer tipos de imagens, sem rodapés ou numeração de páginas. Inscrições fora desses parâmetros serão invalidadas.

6 – No corpo de mensagem do e-mail deve constar: minibiografia com uma foto do autor, endereço e telefone (WhatsApp);      

7 – As inscrições deverão ser feitas entre 01 de março até às 22h do dia 31 de maio de 2021, no horário de Brasília. Não serão consideradas inscrições após esse período.

III – JULGAMENTO

1 – As produções inscritas serão analisadas por subcomissões julgadoras compostas por membros da comissão organizadora do Almanaque da Parnaíba.

2 – O critério para análise e seleção das obras inscritas é o mérito literário, cabendo ao júri final a decisão, que será soberana e não suscetível de apelo.

IV – PREMIAÇÃO

1 – O resultado do CONCURSO LITERÁRIO ALMANAQUE DA PARNAÍBA será divulgado em agosto de 2021.

2 – Os cinco vencedores de cada categoria receberão um certificado de participação expedido pela APAL e terão suas produções publicadas no Almanaque da Parnaíba de 2021 sendo que cada um terá direito a 10 exemplares.

3 – A cerimônia de premiação tem data prevista para outubro de 2021, quando do lançamento do Almanaque da Parnaíba.

4 – Maiores informações ou esclarecimento de dúvidas poderão ser feitas pelos whatsapps  (86) 9 9833 – 8740 ( Claucio Ciarlini)  ou (86) 9 8861-2126 (Antonio Gallas).