Barras de minha adolescência

DIÁRIO

[Barras de minha adolescência]

Elmar Carvalho

18/01/2021

Algumas décadas atrás, no apogeu de minha maturidade, fui convidado pelo Dr. Wilson Carvalho Gonçalves, grande historiador piauiense, amigo de meu pai e meu, para lhe fazer a apresentação de um livro de sua autoria, na solenidade de lançamento. Emocionado por esse convite, escrevi o poema Barras das sete barras, que recitei na ocasião.

Tempos depois, fui instigado pelo professor Dílson Lages Monteiro para escrever um texto sobre meu parente Salomão de Sá Furtado. Já havia escrito sobre ele, em textos avulsos, inclusive no discurso com que recebi o Dílson, quando de sua posse na Academia Piauiense de Letras.

Em dias mais recentes, por ocasião de uma live, em que os participantes liam e comentavam textos sobre Barras, tive a ousadia de sugerir umas hipóteses sobre a origem do nome de Ilha dos Amores, localizada nessa cidade, no meio do rio Marataoã, que orna e enlaça essa antiga e histórica urbe. O Dílson, então, me sugeriu escrevesse sobre essa minha “tese”.

Além disso, participei de várias lives, patrocinadas por ele, com que o ilustre poeta e escritor comemorou os 179/180 anos da data em que Barras foi elevada à categoria de vila. Aproveito o ensejo para sugerir que a Prefeitura e a Câmara Municipal promovam um plebiscito, para que os barrenses decidam sobre a conveniência de a cidade e o município voltarem a ter o nome nunca esquecido e tão apropriado de Barras do Marataoã.

Resolvi, em consequência, neste final de semana, escrever sobre as suas duas sugestões, agregando tudo a certas lembranças de minha infância, e, sobretudo, adolescência.  O resultado desse amálgama segue abaixo, como parte integrante deste Diário.

Quando comuniquei, por WhatsApp, ao escritor e poeta Chico Acoram Araújo que havia perpetrado essa crônica memorialística, ele me perguntou se poderia incluí-la no seu livro, em fase de editoração, “A cidade, o menino e o rio”. Respondi-lhe que não só podia, mas que isso era motivo de honra e desvanecimento para mim. Eis o texto:

Barras de minha adolescência

Crônica memorialística dedicada ao professor Dílson Lages Monteiro, parente, amigo e confrade da APL, que me solicitou escrevesse sobre Salomão de Sá Furtado e sobre a Ilha dos Amores.

1

Na minha infância, morando em Campo Maior, fui algumas vezes a Barras, no período de minhas férias escolares. Viajava num ônibus de cabine de madeira, chamado horário ou misto (este quando tinha a cabine dos passageiros e a carroceria para cargas). A estrada era de piçarra, cheia de catabilos ou costelas de vaca. Quando chegava no início da ladeira curva, eu avistava algumas nesgas da cidade, e logo depois a linda barragem e a ponte sobre o rio Marataoã.

Na agência, uns parentes me recebiam e me levavam para a localidade Ameixas, zona rural, a poucos quilômetros da cidade, onde ficaria hospedado com uns parentes de meu pai, dona Noca e o senhor João Cardoso. Não havia luz elétrica nesse local. Situava-se, salvo engano, onde fora a data Luiz de Sousa, perto de onde ficava a gleba de meu falecido avô João de Deus, onde corria, no meio da chapada, entre carrascos e buritis, um olho d’água perene, que ainda hoje existe.

Acostumado com as luzes, com os carros e o movimento da cidade, com os seus ruídos, músicas e brincadeiras, logo eu ficava muito triste e saudoso de meus pais. O canto grave de uma rolinha fogo-apagou, quase um cantochão, por razões misteriosas, me enchia a alma de tristeza e melancolia, sobretudo ao pôr-do-sol. Quando começava a anoitecer, era como uma prefiguração da morte, suponho; era como se tudo se fosse finando, se aniquilando… Eu chorava e pedia para voltar. Logo retornava a Campo Maior.

Adolescente, fui algumas vezes a Barras. Ficava hospedado na cidade, na casa de um primo de meu pai, Salomão de Sá Furtado, cuja casa ficava perto da de outro parente, Domingos Lucas. Bem perto de onde fora outrora o antigo cemitério da cidade, completamente demolido; sequer guardaram as cruzes e as lápides, muitos menos, claro, os ossos dos defuntos. Muitos haviam sido personalidades ilustres de Barras, e mesmo da História do Piauí. Em cima do velho campo-santo foram construídos residências e outros prédios, como se ele jamais tivesse existido.

Salomão, que fora vereador ou vice-prefeito de Barras, era um exímio telegrafista, mais precisamente um morsista, numa época em que o telégrafo era o meio mais importante e mais rápido de comunicação. Ele não precisava decifrar os enigmáticos sinais impressos numa fita de morse, compostos de traços e pontos, em diferentes combinações; com a sua afinada audição, ele decifrava e anotava o que o aparelho estava dizendo, em sua quase música/batuque, provocada pelo tamborilar nervoso da noz do dedo sobre a tecla única do morse. Tinha uma pequena biblioteca, o que era uma raridade na época.

Entre outros livros, possuía a coleção completa (ou quase) de Sherlock Holmes, da autoria de Conan Doyle, e vários outros sobre a história da Segunda Guerra Mundial, fora outros volumes. Para a realidade da época e da pequena urbe, possuía certa erudição. Tinha excelente redação e uma linda caligrafia, com letras desenhadas, como uma quase obra de arte. Poderia ser considerado um missivista. Meu pai lhe tinha muita admiração e estima, e sei que era verdadeira a recíproca.

No livro Vultos da História de Barras, de Wilson Carvalho Gonçalves, que foi amigo de meu pai, e posteriormente meu, consta que ele era filho de Joana Batista Oliveira Sá e Elpídio Furtado de Carvalho, este irmão de minha avó Joana Lina (ambos filhos de Isabel Lina e Miguel Furtado do Rego). Eram seus irmãos Constâncio de Sá Furtado (Beleza), Joaquim, Miguel, Luís, Alexandrina (Xandoca), José Lucas, Antônio e Francisca (Chiquita).

Ao lhe enviar o primeiro livro de que fui coautor, a coletânea mimeografada Galopando, ele me remeteu uma muito bem-feita carta, em que dizia antever que eu seria um grande ou importante poeta do Piauí. Não tivesse tido a generosidade de acrescentar o qualificativo, bem poderia ter sido também um profeta.

2

Em plena adolescência, aos 16 ou 17 anos, cheio de vigor, alegria e entusiasmo pela vida e pela poesia, fui passar uns dias na velha urbe das várias barras, acompanhado pelos amigos Zé Wilson e Zé Moura, um dos grandes craques do futebol campomaiorense e piauiense, que jogou no Caiçara e no Comercial, ambos também adolescentes. Nos hospedamos na casa de Salomão.

Perto da residência de nosso anfitrião, a uma distância de apenas três quarteirões, havia a mais afamada churrascaria da época, a Beira-Rio, pertencente a Antônio Moraes, mais conhecido como Antônio do Nena. Como seu nome não deixa dúvida, ficava à margem do belo Marataoã. Quase todo dia, perto das onze horas, nós íamos para lá. Pedíamos uma meiota de pinga (300 ml) em uma garrafa de Coca-Cola. Deixávamos o frasco meio mergulhado na água, e íamos tomar banho e deitar conversa fora.

Algumas vezes vinham umas garotas, bonitas é certo, mas que a nossa idade as fazia ainda mais bonitas, conversar conosco. Era uma leve paquera, que não chegou a ser namoro. Creio fossem naturais de Barras, mas estudavam em Teresina. De dentro d’água, eu lhes via os olhos, risonhos, cintilantes, a refletirem a luminosidade das ondulações do Marataoã. Gostaria que a vida lhes tenha sido leve e feliz. Muitas décadas depois, no apogeu de minha maturidade, no poema Barras das sete barras, eu recordei essa quadra idílica, ingênua e bucólica:

Terra de uns olhos fluidos,

feitos de mágoas, magia e garridice,

embebidos na ciganice das águas.

Buscávamos namoradas em diferentes locais da cidade, inclusive no Bairro Boa Vista, onde existia um clube social, e no do entorno da barragem, cujas margens, na época, formavam uma densa e verdejante floresta. Perto há o memorial de Alda, “a que morreu virgem, / na vertigem de um sonho / que num átimo se fez e desfez”, posto que faleceu no dia de suas núpcias, em acidente rodoviário, ao cair do cavalo e ser colhida por um ônibus, no retorno ao povoado em que morava. Ao invés de um préstito festivo, seguiu um cortejo fúnebre.

Na velha barragem tomávamos banho, e bebericávamos um pouco. Numa dessas excursões exploratórias, em companhia de um filho do senhor Chico Caixeiro, então residente em Teresina, fomos dar com os costados num salão de macumba, situado no final da Rua Grande, por trás de uma serraria.

Quando entabulávamos, no terreiro da “tenda”, uma animada conversa / início de paquera com duas ou três filhas sanguíneas da mãe-de-santo, e o atabaque atacava ritmado e frenético, a macumbeira apareceu com um cabo de vassoura, mais parecendo uma bruxa, e nos “cortou o barato”; nos expulsou, sob a alegação de que estávamos perturbando e desrespeitando o culto do terecô.

3

Nessa época a praça da Matriz era bem cuidada, muito limpa, muito linda. As copas dos arbustos e das árvores eram podadas em formas geométricas, simulando cubos, globos ou cones. Os jardins eram cheios de plantas ornamentais, e refertos de lindas flores.

Não sei se é efetivamente memória minha ou falsa memória, através das memórias e conversas de meus pais, mas me recordo ainda do Cristo Redentor, de braços abertos, no cimo do frontispício da colonial igreja de Nossa Senhora da Conceição, lamentavelmente demolida no início da década de 1960, como o fora antes o cemitério, como se desejassem passar uma borracha ou esponja no passado, nas memórias de um tempo mais glorioso, e talvez mais feliz. E relembro uma missa noturna, com a igreja muito iluminada por suntuosos lustres ou lampadários, de indescritível beleza, e o cheiro de incenso, provindo de turíbulos, agitados ao longe.

Perto da igreja passava o Marataoã, que em suas curvas caprichosas quase transforma a cidade numa ilha. Da margem esquerda do rio se descortinava a Ilha dos Amores. Eu a achava muito linda. Essa beleza para mim se tornava mais acentuada por causa de seu poético nome. Minha imaginação fervilhava, buscando a origem dessa denominação.

Sem dúvida, o epônimo me remetia aos Lusíadas de Luís Vaz de Camões, e eu imaginava a nossa pequena e bucólica Ilha dos Amores barrense povoada por pululantes e invisíveis ninfas e sátiros. Supunha que amores proibidos, interditos, ali podiam ter se realizado, sobretudo numa época em que as moças interioranas ainda se resguardavam virgens para o casamento.

Minha fértil imaginação levantava a hipótese de que nessa ilha alguns amantes, em amores e ardores adulterinos, ali se acasalavam. Para ali se dirigiam a nado ou em canoas, e se amavam, acobertados pelas árvores ou pela escuridão da noite. E desses amores interditos, proibidos, malditos, benditos provinha o seu lindo, idílico, lírico e épico nome: Ilha dos Amores.

Vontade tive de ir até essa ilha de meu encantamento e de minha adolescência, mas me faltou coragem para ir a nado, e me faltou a oportunidade de uma canoa e um bom canoeiro. O poeta, compositor e exímio violonista Francis Monte relatou que na sua juventude, em companhia de outros colegas, nadava até a ilha e desta continuava a nado para a outra margem, para a outra margem que sempre nos parece a mais bela, para furtar cajus dos “quintais abertos em pródiga dádiva”. Que pródiga dádiva que nada! Após a rápida colheita, voltavam às pressas, com medo de um tiro ardente de sal, desfechado por sorrateira espingarda.

Soube que nos anos 70, o senhor José de Deus Carcará instalou uma churrascaria na ilha. Para torná-la mais acessível, construiu uma passarela ou pinguela com talos de buriti. Mas não tive oportunidade de ir a Barras nessa época, de modo que também perdi a chance de visitar a ilha através dessa frágil, flexível e talvez bamboleante ponte.

Não tendo podido ir até essa encantadora Ilha dos Amores, de nome tão apropriado, creio, quanto mais que bonito, fui até ela através de meus versos:

Terra dos Governadores,

                                    do desgoverno das dores

das ciliciadas paixões

deliciadas na Ilha dos Amores.

Ó Barras de minha adolescência, de meus devaneios, divagações, de minhas ingênuas ilusões, de minha saudade e da saudade de meu pai, dos meus ancestrais, de tudo que já tive e que não tenho mais, a ti todas as louvações e os oito últimos versos de meu poema citado e recitado:

Barras de risos e de ais

                                    de sempre e de jamais.

Barras das sete barras

Barras dos sete punhais

                                   de rios que se tecem pavios

e desvarios de réquiens

e exaltações, lembranças

e exalações …

Parte IX – Londres e países baixos

MARIA DILMA PONTE DE BRITO
ACADEMIA PARNAIBANA DE LETRAS – APAL CADEIRA 23
PATRONO LÍVIO LOPES CASTELO BRANCO
1º OCUPANTE HUMBERTO TELES MACHADO DE SOUSA

O Brasil é um país extenso de diversidades culturais, situado no contingente americano, banhado pelo Oceano Atlântico, cortado pela Linha do Equador e pelo Trópico de Capricórnio. Seus pontos extremos são: ao Norte o Rio Ailã em Roraima, ao Sul o rio Arroio e o Chuí no Rio Grande do Sul, ao Lesta Ponta do Seixas na Paraíba e ao Oeste o Rio Moa no Acre.

O povo brasileiro é otimista, feliz, religioso, gosta de carnaval, de futebol, de música, é honesto e trabalhador. Brevemente entraremos em detalhes sobre os temas mencionados acima, mas ainda estamos falando de lugares e costumes “Além do Brasil”.

          A família saiu de férias no mês de julho de 2018, saindo do aeroporto de Fortaleza com destino a Londres (Inglaterra).

          LONDRES (Inglaterra). Julho 2018. Londres, a capital da Inglaterra, é um dos mais importantes centros financeiros do mundo e uma importante destino turístico. A cidade é banhada pelo rio Tâmisa, é um importante polo de ensino superior e de pesquisa, possui muitos museus e galerias de arte. É uma cidade encantadora.

          Do Aeroporto Internacional de London Heathrow seguimos para o Britannia Hotel onde ficamos hospedados com muito conforto e comodidade.

          Nosso primeiro passeio foi um tour panorâmico passando pela Praça de Londres, o Big Ben e o Palácio de Buckingham entre outros lugares. Terminamos o passeio na Praça do Parlamento e voltamos a cada um desses pontos turísticos para apreciar com detalhes e registrar com fotos.

          A Praça do Parlamento, Parliament Square, em inglês, é povoada por estátuas de grandes personagens da política do Reino Unido e mundial. A maioria é britânica, mas ali também estão Nelson Mandela, Gandhi e Abraham Lincoln, um sul-africano, um indiano e um norte-americano.

Fiquei emocionada quando me vi em frente ao BIG BEN. Ponto turístico que tem uma história e é muito fotografado pelos visitantes. Sempre tive vontade de conhecê-lo. Via muito como cartão postal de Londres, em filmes e seriados. Pesquisando sobre ele encontrei o seguinte: ‘O Big Ben é o principal símbolo de Londres que fica no centro da cidade numa torre de torre de 96 metros de altura que tem o nome de Torre do Relógio mas ganhou o apelido de Bin Ben, nome dado ao sino que foi instalado no Palácio de Westerminter durante a gestão de Sir Benjamin Hall, ministro de Obras Públicas da Inglaterra, em 1959. A edificação possui o segundo maior relógio de quatro faces do mundo (o da Prefeitura de Minneapolis, é o primeiro), foi construída em estilo neogótico e a torre foi concluída em 1858. Tornou-se um dos símbolos mais importantes do Reino Unido, sendo frequentemente retratada em filmes”. O Big Ben encontrava-se em processo de recuperação no ano de 2018 quando vistamos o local.

          Mais encantada ainda fiquei com a LONDON EYE também conhecida como Millennium Wheel (Roda do Milênio). Fica próxima ao Big Ben. Ela foi inaugurada na passagem entre o dia 31 de dezembro de 1999 e 01 de janeiro de 2000 e é um dos pontos turísticos mais disputados da cidade.

Surpreende-me com a tecnologia. Funciona como vários teleféricos juntos que na realidade são chamados de cápsulas. Isso dá uma certa segurança e tranquilidade. Na minha cabeça o mecanismo era como as cadeirinhas das rodas gigantes de parques e circos causando medo em virtude da altura, mas com essa nova técnica subir naquela enorme roda gigante foi algo inesquecível, tranquilo e prazeroso. A volta na London Eye completa dura em média meia hora e suas trinta e duas cápsulas comportam quinze mil visitantes por dia.  Ela fica a margem do rio Tâmisa. Por sinal faz parte de qualquer passeio turístico o passeio no rio que banha Londres.

Visitar o Palácio de Buckingham foi maravilhoso. Segundo minhas pesquisas encontrei que ele é a “residência oficial e principal local de trabalho do Monarca do Reino Unido em Londres. Localizado na Cidade de Westminster (bairro de Londres), o palácio é frequentemente o centro de ocasiões de estado e hospitalidade real”. Tem um belíssimo jardim que é considerado o maior da Inglaterra.

  Outro ponto turístico imperdível é Abadia de Westminster. Templo mais antigo e famoso de Londres. Como conta a história ele foi construída ao longo de vários séculos e foi sede de famosos acontecimentos sediando inclusive coroações reais. A Abadia de Westminster também abriga as tumbas dos monarcas e figuras históricas britânicas dos últimos mil anos. Achei emocionante essa visita.

Sempre via em postais, filmes, a Tower Bridge, uma ponte que se transforma porque abre para os grandes navios passarem. Ela foi inaugurada em 1894, sobre o Rio Tâmisa e construída ao lado da Torre de Londres. É um dos pontos turísticos também bastante visitados.


Passamos uma fim de tarde maravilhoso em um barzinho a margem do rio Tâmisa tendo como pano de fundo a ponte levadiça Tower Bridge e vimos por duas vezes ela abrir para dar passagem a navios maiores. Achei divino.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                 

           Registramos todos os prazerosos momentos que passamos em Londres, nem as cabines telefônicas que estão em desuso por causa do uso do celular escapou. Elas estão presentes nos quatro cantos da cidade e bem conservadas. Os turistas não perdem uma foto no local. Fazem até fila para pousar perto e fazer o registro. Eu como uma boa turista fiz igual aos outros.

          Fiquei encantada com o Museu da História Natural em Londres. Ele mostra a evolução do nosso planeta. Estuda a terra e as diferentes espécies de vida que surgiram e evoluíram. Os esqueletos de dinossauros são famosos e gigantescos. O Museu é mundialmente renomado por ser o centro de pesquisa especializada no estudo de classificar as espécies em grupos com base em critérios dando nome aos indivíduos e grupos (taxonomia).    

          Fez parte no nosso roteiro de viagem a visita ao Estádio da Chelsea (Stamford Bridge) que tem capacidade para quarenta e três mil pessoas. O gramado é lindo e tudo é muito conservado. Data de 1877. Fizemos uma visita completa as dependências do estádio inclusive ao museu do clube.

           No tempo de escola estudei mundo sobre meridiano de Greenwich, que é uma linha imaginária divisora do globo terrestre em Hemisfério norte e sul. Tive a satisfação visitar o Observatório Real nos arredores de Londres e colocar um pé no ocidente e outro no oriente. Foi uma experiência incrível.

          BRUGGES (BÉLGICA) –JULHO 2018. De Londres seguimos para Brugges utilizando o Eurotúnel. Cruzamos o Canal da Mancha, braço do mar que faz parte do oceano Atlântico e que separa a Ilha da Grã-Bretanha do norte da França. O Eurotúnel é um túnel ferroviário que no seu ponto mais baixo atinge 75 metros de profundidade. Ficamos hospedados no Hotel quatro estrelas Velotel Brugges, bastante confortável por sinal.

          Brugges fica no noroeste da Bélgica. É uma cidade medieval encantadora. Tem muitas igrejas, catedrais, palácios, quartéis e muralhas. É chamada de Veneza do Norte porque tem muitos canais. As ruas são de paralelepípedos. A língua dominante é o francês, alemão e neerlandês, mistura do inglês com alemão.

         Visitamos a Torre Belfort (Campanário), construída para abrigar o sino da cidade que pesa seis toneladas. Ela foi edificada por etapas, o terceiro pavimento foi feito de pedra para servir de observatório.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                               A Igreja de Nossa Senhora é belíssima, tem um torre de 115 metros. A escultura a Madonna e a Criança de Michelangelo e muitas outras obras de arte, como pinturas e o túmulo da duquesa de Borgonha apreciamos no local.  De Brugges fomos para Bruxelas.

           BRUXELAS (BÉLGICA) – JULHO 2018. A capital da Bélgica é uma cidade turística com muitos restaurantes, bares, praças, museus, prédios neogóticos (arquitetura do século XVIII).

A Bélgica é famosa na produção de cerveja e tivemos a oportunidade de visitar o Museu da Cerveja. Outro local imperdível para visita em Bruxelas é conhecer a célebre estátua do Manneken-pis, uma escultura de bronze do século XVII (1388) de autoria do artista Hierominus Duquesnoi e está localizada próxima a Grand Place que é muito bonita e está sempre repleta de turistas.

Ainda sobre o Manneken-pis (garoto a urinar) tem muitas lendas que explicam a sua existência. Uma delas é que ele conseguiu apagar o início de um incêndio com seu xixi. Outra lenda conta que um filho de um nobre foi urinar na parede da casa de uma bruxa e ela o amaldiçoou transformando em estátua. O certo é que é um ponto turístico e as filas para tirar foto são enormes.

Achei belíssimo também o Atomium. É uma estrutura de aço inoxidável construída em 1958. Um monumento composto com nove esferas. Tanto é bonito por fora como dentro que oferece ao turista restaurantes, cafés e chegando ao sétimo andar de elevador se tem uma visão panorâmica da cidade.

Fiquei impressionada com a quantidade de bicicletas circulando em Bruxelas. A Bélgica tem um organizado sistema de ciclovias e bicicletários em vários pontos das cidades. O mais importante ainda é o respeito que se tem pelo ciclista. Esse transporte é muito incentivado em Bruxelas como alternativo ao metrô, ônibus e bonde.

Não tem como não se apaixonar por Bruxelas. Cidade linda e encantadora. Nosso destino seguinte foi a Holanda. País europeu caracteriza pelos moinhos de vento, tulipas e também pelo ciclismo. Lindas mansões podem ser apreciadas a beira dos canais e sua localização fica parcialmente abaixo do nível do mar por isso ela, a Holanda, é chamada de países baixos juntamente com outros países que como ela estão assim localizados. Começamos nosso turismo holandês pela cidade de Haia.

HAIA (Holanda) – JULHO 2018. É sede do parlamento e do governo do país. Faz parte da rota turística visitar o Tribunal Regional da Justiça principal órgão judiciário da ONU – Organização da Nações Unidas. Nossa estada em Haia foi rápida e seguimos para Amsterdam.

AMSTERDAM (Holanda) JULHO 2018 – Na capital da Holanda, Amsterdam, ficamos hóspedes do Hotel Artemis, cinco estrelas, bem localizado e confortável.

O dia custa a escurecer em Amsterdam. As noites são mais curtas. Fiquei deslumbrada com tudo que vi por lá. A Praça Dam é a mais importante de cidade e está rodeada de monumentos e edifício históricos. É também um encontro de turistas e lá tem de tudo, restaurantes, museus, lojinhas de souvenir, etc. Nas suas proximidades fica o encantador mercado das flores, a torre da moeda, a fábrica de lapidação de diamante, o Museu Van Gogh com um acervo riquíssimo do pintor e de seus contemporâneos e o Distrito da Luz Vermelha (zona de prostituição legalizada onde as prostitutas se exibem nas vitrines seminuas iluminadas por luzes vermelhas). Marcamos presença em todos esses locais e fizermos registros com fotos. O Museu Madame Toussoud apesar de um pouco inferior ao de Londres, é uma verdadeira obra prima. Pousei ao lado de Anne Frank, Madona, Lady Dayna, Charles Chaplin, Mandela, Dalai Lama, Merilyn Monroe, James Bond e outras celebridades.

Visitar o Museu da Cervejaria Heineken Experience é como assistir um show. Desde a recepção da chegada até a saída é uma festa, com música, dança, degustação, brindes, além das explicações do processo de fabricação da cerveja.

De Amsterdam fomos para Colônia cidade da Alemanha. 

COLÔNIA(ALEMANHA) – Julho 2018. A cidade está localizada a margem do Rio Reno e próxima a Bélgica e a Holanda. A Catedral da Colônia de arquitetura gótica é considerada como relicário medieval. Suas torres medem 150 metros e dizem que lá estão guardados os restos mortais dos três Reis Magos. Um dia é suficiente para conhecer seus pontos turísticos que ficam todos em volta da Catedral. Assim sendo, nossa estada foi rápida no local e seguimos para Frankfurt.           

FRANKFURT(ALEMANHA) – Julho 2018. Frankfurt é um grande centro financeiro da Alemanha, localizada a beira do rio Meno. A cidade é centro cultural de reputação nacional e internacional. Berço de Goethe, Anne Frank, tem muitos museus e galerias de exposições.

Na Alemanha é imperdível o passeio pelo Rio Reno. São lindos os castelos, ruínas, fortalezas que se pode ver nas suas margens. É um dos rios mais importantes da Alemanha. Registramos todas essas belezas e tivemos um almoço agradável dentro do barco com todo o requinte e com uma vista encantadora.

De Frankfurt retornamos ao Brasil, após uma viagem agradabilíssima por quatro países (Inglaterra, Bélgica, Holanda, Alemanhã) que nos encheu de energia e deixou as mais lindas recordações.

Alguns detalhes sobre a viagem:

  • Estávamos em Londres por ocasião do batizado do príncipe Louis (09 de julho de 2018, o terceiro filho do Príncipe William e Kate Middleton). Ele foi batizado na capela do Palácio de Saint James em Londres. Passamos próximo do local quando estava acontecendo a cerimônia e vimos um grande aparato para realização desse acontecimento.
  • O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, visitou a Europa em julho de 2018 para uma visita adiada por muito tempo com medo de manifestações. No dia 13 de julho 2018 estava em Amsterdam e de lá seguiu para Londres. Nessa data estávamos também na capital da Holanda e presenciamos o protocolo de recepção com batedores e modificação no trânsito. 

Coisas interessantes da viagem:

  •  Passeio de balão de ar quente (Bruxelas/Bélgica), um carro sendo abastecido a eletricidade (Amsterdam/Holanda), liberação da maconha (Amterdam/Holanda)
  • Refugiados nas praças da Holanda. A Holanda é um país forte, um lugar próspero, atrativo com boas estruturas o que atrai pessoas a procura de empregos e refúgio. Em 2015 recebeu 84 pessoas. E pedidos de asilos aumentam constantemente. 
  • As janelas e os postes das ruas são ornamentadas com flores. Achei lindo.

A viagem foi maravilhosa. Muito enriqueceu meus conhecimentos ao enfrentar e dialogar com uma nova cultura e costumes das regiões que visitei. A família reunida experimentou as mesas emoções, foi sensacional. Resta agradecer a Deus pelos momentos prazerosos e já sonhamos com outros iguais ou melhor, quem sabe… A próxima viagem da família foi prevista para os Estados Unidos para julho de 2020. O Destino seria Califórnia (Los Angeles e San Diego) e Nevada (Las Vegas).  Passagens compradas e os Hotéis pagos, mas a viagem não foi realizada porque em março foi decretada a pandemia COVID-19 no mundo inteiro e ainda hoje (20.01.2021) estamos confinados à espera da vacina que agora está mais perto de chegar. Novos planos de viagem só depois que essa crise passar. 

20.01.2021