A fuga dos jesuítas – do Brejo de Santo Inácio a Pedra do Sal

DIÁRIO

[A fuga dos jesuítas – do Brejo de Santo Inácio a Pedra do Sal]

Elmar Carvalho

04/12/2020

Após uma demorada e saborosa conversa telefônica com o amigo Homero Castelo Branco, sobre Santo Inácio do Piauí e sobre o colossal patrimônio da Companhia de Jesus no Piauí, lhe anunciei que irei escrever uma espécie de conto histórico diferente, em que mesclaria fatos da história, estórias da tradição, lendas, relatos da história oral, e enredos criados pela minha imaginação.

Após isso, fui buscar em minha biblioteca a monumental Obra Reunida, de Pe. Cláudio Melo, de que tive a honra de ser o prefaciador. O livro tem 858 páginas e foi publicado pela Academia Piauiense de Letras, em 2019, integrando a Coleção Centenário. Como o meu conto se referia ao patrimônio da Companhia de Jesus e à suposta ou verdadeira fuga de jesuítas do Piauí, utilizei o seu livro Fé e Civilização, capítulo XIV – Os Jesuítas no Piauí.

Mas paremos de encompridar conversa e passemos direto ao conto, que segue abaixo. 

A fuga dos jesuítas – do Brejo de Santo Inácio a Pedra do Sal (*)

O malfeito tem que ser bem-feito.

Alcides do Rego Lages

O último coronel de Barras

I

No cimo de um morro, sobranceiro a todo o vale em derredor, por onde corriam o pequeno regato, nascido de um olho-d’água perene, que havia perto, e o Canindé, mais além, ficava a sede da Inspeção do Brejo de Santo Inácio. O cume do outeiro era plano e formava uma espécie de mirante de onde se contemplavam grandes faixas de terras, pertencentes às sesmarias e fazendas, que a Companhia de Jesus havia herdado de Domingos Afonso Mafrense, falecido em 20 de agosto de 1711.

Ali estavam a casa dos padres e a pequena ermida, sob a invocação de Santo Inácio de Loiola, além de poucas e rústicas casas de taipa, em que moravam escravos e uns poucos ajudantes dos jesuítas. Perto, a cerca de trezentos metros, na verdejante várzea, pontilhada de soberbas palmeiras, sobretudo buritis, ficava o chamado banheiro dos padres, feito de pedras, em forma de caracol, que dava acesso ao córrego e lhes resguardava a intimidade.

A companhia enfrentara um processo de inventário, ao longo de cinco anos, em que os bastardos e supostos bastardos de Domingos Afonso Mafrense questionaram na Justiça os seus alegados direitos. Somente em 1730, a Companhia dos Jesuítas teve a plena posse de todas as fazendas e retiros em território piauiense. O ouvidor José Marques da Fonseca chegara a considerar devolutas essas terras jesuíticas.

No período de 1712 a 1718 os indígenas que percorriam esse descomunal latifúndio, nas palavras de Pe. Cláudio Melo, “Só nas fazendas Santo Antônio e Cachoeira (…) mataram ‘a metade das éguas, e dos gados não se averiguou a conta’”. As fazendas, para melhor cumprimento das disposições testamentárias, haviam sido divididas em três grupos denominados Capelas, que depois passaram a ser chamadas de Inspeções de Nazaré, Brejo de Santo Inácio e Canindé.

Conquanto os jesuítas no Piauí não tenham estabelecido nenhuma paróquia, colégio ou missão, ou seja, não tenham tido função essencialmente sacerdotal ou de evangelização, uma vez que a sua preocupação precípua era a conservação e a administração da grande herança de terras e reses, no entanto, ainda me louvando em Pe. Cláudio Melo, cuidaram da formação espiritual, moral e religiosa de seus quase duzentos escravos, de seus vaqueiros e vizinhos, bem como construíram as capelas das três residências. Segundo esse notável historiador, “Por falta de sacerdotes não puderam aceitar o convite que lhes fez o Vigário Pe. Tomé de Carvalho para fundarem um Hospício (educandário) em Mocha”.

Ainda no ano de 1758 começaram a se ouvir rumores de que o poderoso ministro Marquês de Pombal estaria tramando para confiscar a fabulosa riqueza da Companhia de Jesus na colônia, e dessa forma tirar a metrópole da grande crise econômica que lhe assolava. Por fim, mais precisamente em fins de maio de 1759, chegou à Bahia a notícia de que o rei decretara a expulsão dos jesuítas do Brasil e de que seus bens seriam confiscados em prol da fazenda real.

O superior da Companhia na Bahia logo determinou que os jesuítas do Piauí fossem informados dessas disposições de El-Rei.

Antes mesmo de o Piauí se tornar capitania autônoma, o ouvidor da Vila de Mocha, José Luís Duarte Freire, deixando para segundo plano a sua atribuição principal de aplicar a Justiça, iniciou o processo de levantamento do patrimônio da Companhia, para lhe executar o sequestro. Esse patrimônio foi o maior latifúndio da História do Piauí, constituído por 277 léguas de sesmaria ou 12.000 km², mais de 32.000 cabeças de gado bovino, 1.600 cavalos e quase 200 escravos.  

Quando, em 20 de setembro de 1759, tomou posse o primeiro governador da Capitania do Piauí, que certamente teria como uma de suas principais medidas expulsar e confiscar os bens da Companhia, os jesuítas estabelecidos nas terras que foram de Mafrense resolveram deliberar sobre o que deveriam fazer.

Os padres Francisco Sampaio, João de Sampaio, Manuel Cardoso e José de Figueiredo e o Irmão coadjutor Jacinto Fernandes, considerado excelente curraleiro, resolveram ficar até o fim, ainda que viessem a ser presos ou mortos. A prisão deles veio a acontecer em 10 de março de 1760. Dez dias após foram enviados para a Bahia, debaixo de forte escolta.

Fechando o Capítulo XIV – Os Jesuítas no Piauí, com que encerra o seu livro Fé e Civilização, disse o Pe. Cláudio Melo essas melancólicas palavras : “Mal administrada, cedo aquela riqueza definhou a ponto de sua importância ficar reduzida às terras que não puderam ser destruídas.”

II

Os demais padres e coadjutores tomaram a decisão de fugir, levando grande quantidade de objetos sagrados e moedas de ouro e prata, para custear eventuais despesas e para enterrá-los em locais ermos e seguros, mas localizáveis, quando surgisse o momento propício.

Saíram de Santo Inácio em algum dia de novembro de 1759, por atalhos e veredas, tendo por destino o litoral piauiense. Iam a cavalo, em confortáveis e acolchoadas selas, enquanto os bens e mantimentos foram acondicionados em baús e surrões, colocados sobre o lombo de possantes burros.

Às vezes seguiam pela chamada estrada real, mas quando pressentiam a possibilidade de encontrar eventuais viajantes, preferiam adentrar a mata, e seguir paralelamente à estrada, temendo a perseguição de soldados, acaso vindos em seu encalço.

Em certo anoitecer de uma bela noite de plenilúnio, chegaram à Capela de Nossa Senhora do Ó da Lagoa Seca, que ainda hoje pode ser vista nas cercanias da cidade de Valença do Piauí. Perto dela acamparam e fizeram suas orações. Em seu pátio, de madrugada, celebraram uma missa apenas para eles mesmos, e seguiram em demanda do arraial velho de Santo Antônio do Surubim.

Em Lagoa Seca não enterraram nenhuma porção do tesouro, que pudessem despertar o imaginário popular, ao longo dos séculos. Todavia, reza a lenda que na pequena ermida dessa localidade se encontra enterrado um imenso jacaré encantado, em profundo sonho. E que no dia em que ele acordar uma grande catástrofe irá se abater sobre esse templo e vizinhança.

Passaram perto de onde hoje se ergue a cidade de Alto Longá, mais ou menos perlongando o rio que nomeia essa cidade. Pernoitaram perto de uma cascata, que mais tarde teria o nome de Cachoeira do Frade. Cruzaram  a região que muitos anos depois tomaria o nome de Ladino, provavelmente em lembrança do bravo índio Mandu Ladino. Após ultrapassarem Coivaras, avistaram, azulando ao longe, os morros encantados, que nos dias atuais muitos chamam de Serra Grande de Campo Maior, Serra Azul ou morros isolados de Santo Antônio.

Já então os padres haviam concordado de que fariam um atalho, fugindo da estrada real, para não passarem pelo Arraial Velho de Santo Antônio do Surubim, pois ali já poderia ter chegado ordem expressa de Oeiras para que se efetuasse a prisão dos fugitivos, através de mensageiro expresso, com a utilização de um ou mais cavalos velozes e sobressalentes.

Ao sopé de um dos morros, bem delineado e gravado na memória, enterraram boa parte do tesouro. Ainda nos dias de agora a tradição conservou a memória de que uns padres jesuítas em fuga deixaram para trás, sepultados nas faldas da serra, castiçais, crucifixos, cálices e moedas, tudo em ouro maciço do mais alto quilate. Um poeta, lembrando-se dessas histórias lendárias, que a sua mãe lhe contara em sua infância, relatou em versos:

(…)

Dizem que nela vagam os

fantasmas de uns padres que em

suas entranhas enterraram ouro.

É por isso que nas noites negras em

suas encostas acendem-se fogueiras:

é meu povo pobre procurando

o (tes)ouro vigiado pelos

fantasmas dos padres.

III

Seguindo o roteiro planejado, que era a rota mais segura e mais curta, dentro do possível, partiram em busca de nosso litoral. Iriam atravessar e mais ou menos perlongar o rio Piracuruca.

Nesse objetivo passaram pelas formações rochosas, hoje chamadas de Sete Cidades, em que a própria escultura caprichosa dessas pedras e serras, esculpidas pelo cinzel das chuvas, do vento e do tempo, deram origens a muitas lendas e especulações, em que a imaginação parece extrapolar todos os limites, como as que dizem que ali seria um reduto dos fenícios, grandes navegadores, desde tempos muito antigos, segundo nos afirma o austríaco Ludwig Schwennhagen, cujo nome “enrolado” as pessoas simples pronunciavam “Chovenágua”, ou de que ali teriam pousado “deuses astronautas”, na especulação de Däniken.

Consta que, quando as Sete Cidades forem desencantadas, por ali voltarão a correr bigas e carruagens, o castelo passará a ter vigilantes em suas ameias e os Três Reis Magos se dedicarão a adorar o menino num presépio de paz e beatitude. A biblioteca descerrará suas páginas de pedra, e as letras enigmáticas serão enfim decifradas.

Na proximidade de uma das formações pétreas mais características e belas, à sombra de um imponente ipê ou pau-d’arco, os jesuítas inumaram considerável parte do tesouro. A localização da botija seria fácil de ser encontrada, através do mapa que eles traçaram na memória.

O mesmo poeta que cantara a serra de Bitorocara, de tantos encantos e louçanias, e cujos ancestrais maternos são de Piracuruca, também louvou as Sete Cidades encantadas:

Sete Cidades

de sete vezes sete

véus de encantamento.

Cidade encantada

sempre desencantada

para novos e mais

deslumbrantes encantos.

(…)

Ó formas sinuosas

de góticas catedrais,

barrocas formas suntuosas

que se excedem e se superam

no além e no demais.

Formas de pétalas pétreas

em volteios e volutas sem iguais.

IV

Seguiram em direção a Buriti dos Lopes, por um percurso que então era muito deserto, vencendo chapadas, cerrados e carrascais. Contornaram a pequena povoação, mas viram ao longe o seminário que jesuítas ali construíram. Sua meta agora era atingir a barra do Longá, de onde prosseguiriam pela picada que seguia pela margem direita do Parnaíba.

Ultrapassaram a região conhecida hoje como Várzea do Simão, até alcançarem o curso d’água Igaraçu. Não pretendiam chegar até a povoação, situada onde fica o Porto Salgado, e muito menos alcançar o arraial Testa Branca. Cerca de um quarto de légua depois, havia uma fazenda, que dispunha de uma grande canoa, na qual passaram para a margem esquerda. Estavam, pois, na Ilha Grande de Santa Isabel.

Pretendiam dormir em Pedra do Sal. Chegaram ao entardecer, e puderam contemplar um belo pôr-do-sol, que tingia, levemente, de róseo as águas mansas da enseada. Viam-se ao longe as dunas, os coqueiros e uns poucos casebres.

Fizeram uma batida de reconhecimento, logo ao chegar, e escalaram algumas pedras, do aglomerado conhecido como Pedra do Sal. Escolheram uma delas para servir de marco ao que pretendiam fazer, ainda na sombra friorenta da madrugada.

A pedra escolhida como marcação era uma das maiores e mais pitorescas. Ao baterem nela, por acaso, com uma pedra pequena, perceberam que emitia um som metálico e abafado, algo parecido com um sino um tanto rouco. Ao começarem a escavação, descobriram, perplexos, que ali existia uma gruta, que parecia formar um longo túnel.

No futuro Schwennhagen e outras pessoas de imaginação fértil, passaram a defender a hipótese de que Pedra do Sal seria um porto fenício, por causa do aspecto arredondado e marcante de suas rochas, e que ali existiria uma gruta com um túnel que chegaria a Sete Cidade ou até mesmo além; alguns chegavam a dizer que esse canal se conectaria com a deslumbrante gruta de Ubajara, na Ibiapaba.

Por causa da pressa que tinham, não fizeram nenhum trabalho de exploração. Cavaram um buraco um tanto profundo, e esconderam parte do ouro e prata que conduziam na parte inferior do túnel. Logo trataram de deixar tudo como se encontrava antes. Desde que chegaram até esse momento não avistaram nenhum morador do lugar, o que lhes era propício. Quando o dia amanheceu foram à procura de moradores da localidade, para concluírem o plano que tinham em mente.

Contrataram os préstimos de dois pescadores, que possuíam os maiores e melhores barcos a vela, e partiram para local ignorado, no rumo do Ceará. Deles nunca mais se teve notícia, e até seus nomes se perderam, para sempre incógnitos, nas brumas do tempo.

Epílogo

Até o início dos anos 60 do século passado, a igreja de Santo Inácio ainda ostentava as linhas puras de sua arquitetura colonial, assim como a vetusta casa dos padres se mantinha incólume e inalterada. O regato ainda corria manso e perene no vale próximo e o buritizal continuava a enfeitar a paisagem bucólica. O banheiro dos jesuítas, no meio da verdejante várzea, também ainda formava o seu belo e rústico caracol, de onde a história colonial do Piauí ecoava, como soprada daquele enorme shofar, perdido naquele rincão.

Foi por essa época, que não desejo precisar, que um dos administradores desse patrimônio, sob o pretexto de que a ermida precisava de reforma, e achando ele que na capela e no caracol se encontravam enterradas ricas botijas, contendo peças de ouro e prata, botou abaixo o templo e o banheiro, que bem simbolizavam a história e o patrimônio colonial piauiense. Foi construído novo templo, que nada guarda do patrimônio arquitetônico demolido.

Ainda resta ao menos a imagem do Santo Inácio original, como uma denúncia contra a incúria do Poder Público e da desídia de administradores inescrupulosos ou lenientes.

Por aquelas ermas paragens, ainda se veem pequenos cemitérios, que a lenda afirma serem apenas simulacros, em que esses administradores e apaniguados, no auge econômico da cera de carnaúba, escondiam as ricas palmas das carnaubeiras de eventuais vistorias e fiscalizações.

A tradição da história oral, talvez um tanto mistificada, diz que um certo Rodrigues, que ouvira falar do tesouro dos jesuítas em Pedra do Sal, sonhou com o local exato onde ele se encontrava. Acreditou ser verdadeiro o que seu sonho lhe acenara. Contratou uns trabalhadores da localidade, e os mandou escavarem no local que lhes indicou, perto da Pedra do Sino. Os nativos lhe disseram haver encontrado uma espécie de túnel, que acabava numa porta rústica ou tapume.

Nesse ponto Rodrigues pagou os trabalhadores, em montante bem acima do combinado, e os dispensou do serviço. Sem uma única testemunha, concluiu o serviço na forma indicada no sonho, e de fato encontrou uma grande fortuna, com várias peças e moedas de ouro e prata, e até algumas pedras preciosas, cravejadas em castiçais, cálices e custódia. Consta que se mudou para Fortaleza, onde se tornou opulento comerciante.

Ao menos neste último caso, contrapondo-se às palavras de Pe. Cláudio Melo, a riqueza dos jesuítas não definhou, ao contrário do que acontecera nas mãos de quem devia zelar por ela,  desde quando passou a pertencer ao erário; ao contrário, repito, floresceu.   

(*) É um conto diferente, em que me fundamentei na História, sobretudo no livro Fé e Civilização, de Pe. Cláudio Melo, incluído em sua Obra Reunida (2019), publicada pela Academia Piauiense de Letras, que tive a honra de prefaciar, na tradição oral e em lendas, e em minha própria imaginação. As estórias lendárias e certos fatos registrados pela história oral me foram transmitidos pelo ilustre historiador e escritor Homero Castelo Branco, membro da Academia Piauiense de Letras. Os versos são de minha lavra.

Além do Brasil EUA VI

Terra adorada. Entre outras mil és tu Brasil, ó Pátria amada. Dos filhos deste solo és mãe Gentil. Pátria amada Brasil. Palavras de Joaquim Osório Duque Estrada, o autor da letra do Hino Nacional Brasileiro. Não existe nenhum local como esse país verde amarelo, aqui sou amiga do rei, aqui tem banho de mar e rio. Tem belas paisagens como o Campo dos Persas cantado por Manuel Bandeira – Pasárgada.  Está quase chegando a vez de relatar acerca desse pátria querida. Antes porém daremos continuidade aos relatos Além do Brasil.    

MIAMI E.U.A – Agosto 2014. Saímos do Aeroporto Petrônio Portela de Teresina com destino a Miami. Ficamos hospedados no Hotel três estrela Courtyard Mariott que além de confortável é muito bem localizado. Perto do Downtown Miami Shopping, de supermercado, restaurantes e farmácias. Nos sentimos muito bem em Miami. Tudo tem mais proximidade com o Brasil, inclusive a culinária. Sempre depois de um dia agitado de passeios terminávamos em um restaurante cubano (Riconcito Cubano Restarant) que ficava perto do hotel. Éramos bem recebido no local que reservava mesa para os brasileiros dando toda atenção possível. Ficamos frequentes também do supermercado Publix cheio de novidades e o bom era que ficava bem pertinho de nossa hospedagem.    

Miami fica no estado da Flórida, é um centro turístico muito visitado especialmente por causa de suas praias. A nossa comunicação foi tranquila porque se fala comumente o inglês e o espanhol.

Fizemos um tour panorâmico, passando pelos principais pontos turísticos da cidade: Downtown Miami, Beach, Coconut Grove e bairros interessantes do local. Terminamos o passeio com um almoço em Miami Bach onde ficamos o resto da tarde que por sinal foi maravilhosa.

Miami é um local para fazer compras. Assim sendo marcamos presença do Dolphin Mall Miami, um shopping que possui todas as lojas que os outlets possuem. Lá encontramos mais de 240 lojas de marcas internacionais além de praça de alimentação e cinema. É um centro de compras com bons preço, confortável e muito bonito. Gostei muito da loja da Macy´s, inclusive tinha uma perto do hotel e compramos bolsas, roupas, perfumes tudo bem em conta. De Miami fomos para Nova Iorque.

NOVA IORQUE – Agosto de 2014.  É a cidade mais populosa dos Estados Unidos e o maior centro financeiro comercial do mundo.

Ficamos hospedados no Hotel Roosevelt que foi cenário de vários filmes inclusive o de nome “Encontro de Amor” (2002) que relata a história de uma camareira (Jannnifer Lopez) com um político (Ralph Fiennes). A sua localização é excelente. Fica próximo ao Rockfeller Center, Time Square, Biblioteca Pública e do Grand Central (maior estação ferroviária do mundo).

No dia que chegamos fomos a noite para o complexo Rockfeller Center que fica entre a 5ª e 6ª Avenida. O local é belíssimo pela sua arquitetura e decoração. Chama atenção a estátua de bronze de Atlas que chega a pesar sete toneladas e várias bandeiras americanas hasteadas servindo de cenário fotográfico aos turistas. Tem 19 edifícios que ocupa a área de 800 metros quadrados. Depois de conhecer parte desse ambiente fomos para o restaurante do próprio espaço ficando a admirar toda aquela grandeza.

A Time Square é uma grande praça que fica no cruzamento da Avenida Broadway com a Sétima Avenida. É uma área comercial com prédio luminosos, indústria de entretenimento, lojas de famosas marcas internacionais. Lá tem palhaços, estátuas vivas, mágicos, pessoas fantasiadas, bailarinas, músicos, etc. Era nossa passagem obrigatório quando retornávamos ao hotel porque ficava no caminho. Amei esse espaço. Ali todo mundo está feliz, é uma alegria contagiante.

O Central Park foi outro local que me deixou deslumbrada. Tinha muita vontade de conhecer esse cenário que já havia sido apresentado várias vezes pela televisão, jornais e filmes. O espaço tem 340 hectares de área, é um dos maiores parques urbanos do mundo. É uma visita obrigatório dos turistas mas também dos iorquinos que vão caminhar, andar de bicicleta, praticar esporte e tomar banho de sol. Tem várias atrações. Local encantador.

Registramos com fotos a nossa presença no prédio triangular de Nova Iorque que foi cenário da longa metragem “Homem Aranha 2”. O prédio é excêntrico, chama atenção pelo sua formato e é conhecido por “Ferro de Engomar”, porque realmente parece com o formato de um ferro. Tem 22 andares dentro dos 87 metros de altura. Ele foi desenhado pelo arquiteto urbanista Daniel Burnham e seu nome oficial é Fiatiron Building.  

O River Hudson, o Rio Hudson, banha Nova Iorque. Tem 507 km e deságua no oceano Atlântico. Não perdi a oportunidade e registrei minha presença a margem desse ponto turístico que é de grande importância e belo.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                           

Outro ponto imperdível de Nova Iorque é o Museu de Cera Madame Tussaude que possui um grande número de celebridade. É uma verdadeira obra de arte. Robin Williams, Marilyn Moroe, Bradd Pitt e Angelina Jolie, Barack e Michelle Obama, Dalai Lama, George Clooney entre outros famosos estão lá em tamanho natural parecendo vivos. Achei impressionante e registrei vários deles para meu álbum de viagem.

Registramos também presença inclusive comprovadas com fotos junto ao Touro de Wall Street que fica Bowling Green, no distrito financeira de Manhattan, em Nova Iorque.  É uma obra de bronze do artista Anturo Di Modica e pesa 3,5 toneladas com altura de 4,9 metros. Faz parte do roteiro turístico do local.

São imperdíveis os musicais da Broadway. Seus espetáculos tornaram-se mundialmente famosos, devido a qualidade de sua produção com altos investimentos e atores competentes além dos efeitos especiais e cenários incríveis. Assistimos “Les Miserábles”. Clássico francês, escrito por Vitor Hugo. Um espetáculo!

Mais encantador ainda foi percorrer a Ponte de Brooklyn com 1.834 metros e uma das mais antigas ponte de suspensão dos Estados Unidos. Ela liga os distritos de Manhatlan a Brooklyn. Fizemos essa travessia sobre o rio East a noite, vendo a cidade toda iluminada ao som da música New York, New York. Momento único.

O World Trade Center (WTC), caracterizado pelas Torres Gêmeas que foi inaugurado em 1973 com 110 andares e destruído durante ataques de onze de setembro de 2001 é um local emblemático. Um novo edifício foi construído no local com 541 metros de altura. Visitamos também o Museu e Memorial 11 de setembro no local onde ficava as Torres Gêmeas. No parapeito das fontes do memorial constam os nomes das 2 977 vítimas mortas no atentado e de mais 11 falecidas em 1993 quando um carro bomba explodiu na garantem subterrânea do Trade Center.

Foi um momento triste e ao mesmo tempo importante ver in loco a última morada de John Lenon, o músico renomado esposo de Yoko Ono, que foi assinado quando voltava de uma gravação na porta do prédio onde residia Edifício Dakota em Nova York. A imagem do prédio na época foi muito divulgada em jornais, televisão e hoje é um ponto turístico. Foi emocionante visitar o local.

Fiquei encantada também ao conhecer o Lincoln Center em Nova Iorque. Um complexo artístico que abriga Ópera, ballet, orquestras, biblioteca, teatro, shows e eventos culturais. No espaço tem uma bela praça com uma fonte no meio belíssima que foi palco das fotos que registramos para o álbum de viagem.

A Estátua Liberdade era meu sonho conhecer. Ela fica na Ilha da Liberdade no Porto de Nova Iorque. É de cobre e foi um presente dada aos Estados Unidos pelo povo da França. Representa uma Deusa Romana carregando uma tocha e com outra mão a Declaração da Independência dos Estados Unidos.

WASHINGTON – Agosto 2014. Começamos nossa estada em Washington visitando o Museu Espacial que oferece aos visitantes o prazer de pilotar a nave. Lá tem registros da história do ar, do mar e do espaço. Muito impressionante. Ele mantém a maior coleção de aeronaves e naves espaciais do mundo. Incrível!

Conhecer a Casa Branca residência oficial do Presidente do Estados Unidos e sede oficial do Poder Executivo foi muito gratificante. Na verdade lá é uma parada obrigatória para quem visita os Estados Unidos. Em 2014 o Presidente era Barack Obama.

Importante foi visitar o Capitólio onde funciona o Congresso e o Senado. O prédio é belíssimo. Tem 88 metros e a cúpula do Capitólio é uma das construções mais fotografadas da capital dos Estados Unidos.

Em Washington fomos ao Memorial de Guerra do Vietnã. O nome de todos os soldados falecidos na guerra estão inscritos nas paredes de mármore do memorial que tem uma extensão de 75 metros.

Esta foi nossa viagem no ano de 2014. Um passeio incrível. No álbum de fotografia tem o registro de tudo que aqui ficou descrito e algo mais que omiti porque o texto já está por demais longo. Estou gostando de escrever esses relatos porque me faz recordar momentos agradáveis. Precisamos aproveitar a vida que é curta, lembrando porém que o mundo é grande. E gostei da frase de uma autor anônimo que diz: um passaporte cheio de carimbos é melhor do que uma casa cheia de coisas.

Próximo capítulo: julho de 2015. Portugal, Madrid e Barcelona.