VOTOS DE BOAS FESTAS

ACADEMIA PARNAIBANA DE LETRAS

BOASFESTAS!                                                                                                           

AO TÉRMINO DE MAIS UM ANO, CONSCIENTES DO DEVER CUMPRIDO MESMO DIANTE DE TANTAS ADVERSIDADES, QUEREMOS DESEJAR A TODOS OS ACADÊMICOS E RESPECTIVAS FAMÍLIAS, VOTOS DE UM FELIZ ANO NOVO, NA ESPERANÇA DE QUE, MELHORES DIAS VIRÃO A FIM DE RENOVARMOS NOSSAS AMIZADES E TRAÇAR NOVOS PLANOS PARA O ENGRADECIMENTO DA NOSSA ACADEMIA E MAIOR ENRIQUECIMENTO DA CULTURA PARNAIBANA.

                                                FELIZ ANO NOVO!

José Luiz de Carvalho                                            

    Presidente                                                         

            

  Antonio Gallas Pimentel

                Secretário-Geral

O PRIMO DO REI

Por Pádua Marques (*)

Por Pádua Marques (*)

Gladstone Alfred Murphy puxou de dentro de uma bolsa de couro de crocodilo um maço de notas, uns papéis e fotografias e foi passando e mostrando pra todos aqueles homens suados e cheirando forte a aguardente. Uns nus da cintura pra cima, banguelas, barba por fazer, outros desconfiados e de mãos calosas ali naquela casa de barro, sem piso, coberta de palha de carnaúba, esperando a opinião deles, mesmo que fosse apenas um aceno de cabeça, pra tudo o que viam enquanto o inglês ia contando suas façanhas.

Murphy havia descido cedo do Hotel Carneiro no rumo do porto Salgado naquele sábado sem movimento no centro de Parnaíba, um dia depois de ter desembarcado num navio vindo de Tutóia, pra conhecer a cidade onde na segunda-feira iria tratar com os industriais e grandes comerciantes de cera de carnaúba sobre o destino de uma carga que havia sumido e que precisava de explicações. Mas acabou tomando foi o rumo dos Tucuns.

No caminho entre o hotel e o porto Murphy encontrou Timóteo, um caboclo que de tanto trabalhar no porto Salgado, a sol e sereno, até entendia do que um inglês estivesse falando. O estivador puxou conversa, ganhou uma moeda e acabou servindo de guia naquele mundo de gente miúda no sábado. Da rua Grande com mulheres pobres pedindo esmolas nas portas de armazéns e lojas. E o inglês foi vendo aquilo tudo, às vezes correndo a mão na caneta pra fazer alguma anotação e perguntando isso e mais aquilo.

Naquele sábado de outubro de 1941 o súdito do rei Jorge VI ia puxando conversa, querendo saber de tudo, se admirando dos armazéns, das torres das duas igrejas, o Cine Éden, as mercearias e a praça da Graça, que até lembrava a sua agora distante Londres, a passagem de alguns poucos carros, as carroças puxadas por burros fazendo mudanças, os botadores de água, as mulheres lavando roupas no cais, os meninos nadando e dando cambalhotas nas proximidades de um guindaste e mais lá na frente um negro dando banho num cavalo dentro do rio.

Timóteo e Gladstone agora iam dar nos  Tucuns, às vezes desviando de uma poça de água, um cachorro dormindo na frente de uma casa e a admiração do inglês ia aumentando. As casinhas de barro e cobertas de palha, umas pintadas e outras não, um cercado de madeira, galinhas, porcos soltos naquela rua tortuosa, uns jardins improvisados aqui e ali, mulheres catando piolhos de meninas suas filhas. Muito daquilo trouxe em Murphy a lembrança de uma viagem há três anos à Cidade do Cabo, na África do Sul.

Vendo aquele homem de boa estatura, diferente nos traços, branco, cabelo acobreado, bem vestido, com cara de estrangeiro e já àquela hora do dia, sol alto, muito suado, muitas mulheres iam saindo às portas. Muitos meninos estavam nus e descalços. Até que Timóteo achou de ir procurando a sombra e se chegar em casa de uma conhecida, dona Maria José, mulher de seu Pedro Barqueiro e pedir um pouco de água pra eles beberem naquele sol de quase do meio do dia. As duas visitas foram recebidas com toda a cerimônia.

O estivador foi logo dizendo que o inglês era seu amigo e vindo de Londres decretado pra Parnaíba fechar grandes negócios sobre cera de carnaúba com a Casa Inglesa e os Marc Jacob. Coisa de milhões de libras esterlinas! Uma das filhas da dona da casa correu na cozinha pra fazer um café e a outra trouxe uma rede de pano pra Murphy descansar da viagem a pé entre o porto Salgado e os confins dos Tucuns. Haveria de estar enfadado!

E Murphy foi gostando de ficar ali com os pés fora dos sapatos, no meio daquela gente miúda, pobre, ordinária. Enquanto esperava o café vindo da cozinha ia se esforçando no pouco português que sabia falar, ia falando de sua terra, sua Inglaterra, sua Londres e seu rei. Mostrou uma foto sua em frente ao Palácio de Buckingham, outra em Trafalgar Square e mais outra em London Tower. Depois passou a falar da guerra se intensificando na Europa, do que poderia acontecer no mundo.

Timóteo estava entre alegre e cheio de rapapés pra com o corretor de cera de carnaúba que iria dar um impulso na Parnaíba. Mostrou pra todo mundo a moeda ganha de Murphy. Ali naquela casa de pouca mobília, de duas moças e uma mulher sem muita beleza e muito pobre dos Tucuns, o estrangeiro puxou de dentro da mochila de couro um mapa do Brasil e com o dedo furabolo tentou mostrar onde ficava Parnaíba no distante e desconhecido Piauí.

Trazido pelas moças e tomado o café, o guia fez menção de que estavam de saída, pediu licença. Ainda tinham um dia inteiro pela frente e muita gente pra ver. Quem sabe até pudesse ainda ver doutor Mirócles. E vieram outras pessoas pra porta da casa, admiradas, curiosas. Umas até mangando e outras achando graça daquele homem estrangeiro tentando falar o nome Parnaíba. Timóteo foi abrindo caminho e dizendo que mister Gladstone Alfred Murphy era primo do rei da Inglaterra e amigo da Parnaíba! Viva o rei! Viva o rei!!

Pádua Marques é contista, cronista e romancista. Membro do Instituto Histórico,  Geográfico e Genealógico de Parnaíba e da Academia Parnaibana de Letras. Cadeira 24.

Benjamim Santos, o Jardim dos Poetas e O Bembém

DIÁRIO

[Benjamim Santos, o Jardim dos Poetas e O Bembém]

Elmar Carvalho

18/12/20

Em mais de uma matéria, já tive oportunidade de tecer considerações elogiosas ao escritor e dramaturgo Benjamim Santos. Falei de sua carreira vitoriosa no Recife e no Rio de Janeiro, de suas glórias e conquistas, e de seu retorno a Parnaíba, sua terra natal, onde exerceu o cargo de secretário de Cultura, na gestão do prefeito Paulo Eudes, em que realizou eventos culturais, instalou o Museu do Trem e construiu o Jardim dos Poetas, no entorno do mercado público central de Parnaíba.

No Jardim havia um monumento, caramanchão, suportes e placas com os poemas, além de outros equipamentos. Os vândalos e o descaso da administração pública deixaram que o logradouro em homenagem aos poetas parnaibanos fosse depredado e ficasse em situação de abandono, sem serventia alguma, ao menos para o fim a que se destinava.

Fui convidado a discursar numa das solenidades de sua inauguração. Aproveitei para lançar o meu opúsculo Aspectos da Literatura Parnaibana, em que se encontrava um pequeno ensaio sobre a literatura de Parnaíba, feito especialmente para a ocasião, no qual louvei essa iniciativa por ele idealizada, e o meu depoimento sobre o jornal Inovação.

Recentemente fui indagado pelos poetas Claucio Ciarlini e Carvalho Filho sobre se pretendia publicar-lhe a segunda edição, tendo eu respondido que não. Depois, pensei melhor, e resolvi promover uma edição virtual, bastante aumentada, cujo e-book se encontra disponível na loja Amazon.

Essa nova edição me ensejou sugerir ao Dr. Valdeci Cavalcante a construção de um novo Jardim dos Poetas, na Praça Mandu Ladino, no entorno do Castelo de Eventos, por ele restaurado, tendo ele, na condição de presidente do sistema Fecomércio/SESC/SENAC, respondido que o construiria. Há poucos dias ele me reafirmou o seu desejo de prestar essa homenagem aos poetas parnaibanos.   

Retomando o fio inicial deste registro, informo que recebi ontem, através dos Correios, uma carta circular de Benjamim Santos, titulada MISSÃO CUMPRIDA – Tarefa Finalizada, na qual ele comunica que se tornou impossível “continuar a edição mensal do jornal O Bembém por motivos que, naturalmente, cada um dos leitores” poderia imaginar, mas com certeza problemas decorrentes da pandemia, que nos aflige a todos. Julgo oportuno transcrever o trecho abaixo:

“Tendo há oito meses toda a equipe de redação e de comercial em completo isolamento, para manter a saúde, tornou-se mais difícil ainda darmos continuidade a uma tarefa tão complexa para uma cidade do porte da nossa. E agradecemos intensamente a todos os assinantes que sempre tanto fizeram para que o jornal se mantivesse vivo e com o mesmo padrão gráfico e de conteúdo com 146 edições ininterruptas.”

O comunicado circular se encontra datado do dia 16 de novembro deste ano, mas só ontem, como disse, o recebi. Acrescenta que “Passados estes tempos de terror, em caso de possível retorno, sua assinatura terá continuidade. // Muito emocionados, todos da equipe, em meu nome, agradecem.”

O jornal cultural O Bembém circulou durante dez anos, e teve 146 números, como visto. Nele foram publicadas importantes matérias, belas entrevistas, poemas, crônicas, pequenos ensaios, perfis biográficos e artigos historiográficos, abordando os mais diferentes assuntos. Está claro que lamento essa interrupção, e espero ele volte a circular. Por isso mesmo, enviei o seguinte e-mail para o seu editor Benjamim Santos, com que encerro esta anotação deste Diário em tempos de pandemia:

“Caro Benjamim,

Recebi hoje sua carta.

Você fez o que devia e podia  diante das circunstâncias adversas, que nos atingem a todos.

Todos fazemos o que é possível, embora miremos às vezes o impossível; cada um de nós temos a nossa ilha da Utopia, que é a nossa meta maior, a nossa Ítaca encantada de Kaváfis. Não importa que não a atinjamos.

O importante é que a busquemos, conquanto jamais venhamos a encontrá-la, perdida em mares brumosos, cheios de perigos, monstros e arrecifes. Essa ilha é o nosso ideal, talvez a razão maior de nossa existência.

Você fez o que lhe foi possível fazer. E nas mesmas condições ninguém o faria melhor.

Tenho Fé e sei que as coisas voltarão à normalidade, ainda que não seja na velocidade que muitos de nós desejamos.

Não cessa a Esperança quando entramos no Inferno, como disse Dante. O Inferno é que é a própria falta de Esperança.

Desculpe-me por estas improvisadas e, talvez, despropositadas linhas.

Paz e bem.

Um forte abraço.”  

AJUDE A SALVAR VIDAS

Preservar a Vida é o Melhor Presente de Fim de Ano


Orientações da Fiocruz para os festejos de Natal e final de ano

RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA

Se vai receber convidados ou celebrar em outro local, você estará exposto a diferentes níveis de contato.

Nenhuma medida é capaz de impedir totalmente a
transmissão da Covid-19. Para diminuir os riscos,
siga as orientações a seguir:

1 – Use máscara sempre que não estiver comendo ou bebendo;
2 – Tenha um saco para guardar a máscara quando estiver
comendo ou bebendo e a mantenha limpa e seca entre os usos;
3 – Tenha uma máscara limpa extra, para o caso de necessidade
de troca (tempo de uso, umidade ou sujeira);
4 – Evite aglomerações e mantenha a distância de, pelo menos,
2 (dois) metros entre os participantes;
5 – Evite apertos de mão ou abraços;
6 – Dê preferência a locais abertos ou bem ventilados. Evite o uso
de ar-condicionado;
7 – Lave as mãos com frequência durante o evento com água e
sabão ou use álcool;

8 – Não compartilhe objetos, como talheres ou copos;
9 – Após tocar em objetos que estejam sendo compartilhados com
outros convidados (ex: utensílios para servir a comida, jarras e
garrafas), lave as mãos com água e sabão ou álcool.

ORIENTAÇÕES PARA FESTIVIDADES EM CASA
Se vai receber convidados, você estará exposto a diferentes
níveis de contágio.
Nenhuma medida é capaz de impedir totalmente a
transmissão da Covid-19. Para diminuir os riscos ao
receber amigos ou familiares, siga as orientações para
preparo dos alimentos e do ambiente.

Ambiente e convidados
1 – Limite o número de convidados de acordo com o tamanho do
espaço, permitindo que as pessoas mantenham distância de
2 (dois) metros entre si;
2 – Oriente seus convidados a levarem suas próprias máscaras;
3 – Evite música alta para que as pessoas não tenham que gritar ou
falar alto. Caso alguém esteja contaminado com o vírus, lançará
um número maior de partículas virais no ambiente;
4 – Dê preferência a locais abertos ou bem ventilados. Evite o uso
de ar condicionado;
5 – Não deixe que os convidados formem filas para serem servidos;
6 – Oriente os convidados a não se sentarem todos reunidos na
hora da ceia. Organize espaços separados para pessoas que
moram juntas;
7 – Tenha sabão e papel para secagem de mãos disponíveis no
banheiro. Evite o uso de tolhas de pano;
8 – Disponibilize álcool em gel nos ambientes;
9 – Utilize lixeiras com pedais para que as pessoas descartem seus
lixos sem precisar colocar as mãos na tampa. Lave as mãos
após esvaziar a lata de lixo.

ORIENTAÇÕES PARA FESTIVIDADES EM CASA

Preparo e forma de servir os alimentos

Esta será uma confraternização diferente: evite
compartilhar a ceia. O ideal é orientar seus convidados
a levar sua própria comida e bebida.

Caso não seja possível, siga as orientações:

1 – Lave as mãos antes de preparar a comida e use máscara
durante o preparo;
2 – Limite o número de pessoas no ambiente em que a comida
estiver sendo preparada ou manuseada;
3 – Caso ofereça bebidas, disponibilize-as em embalagens individuais (latas ou garrafas), arrumadas em baldes com gelo,para que as pessoas possam se servir sozinhas;
4 – Ofereça condimentos, molhos para salada ou temperos
embalados individualmente, sempre que possível;
5 – Evite o compartilhamento de utensílios para servir a comida. Pratos e bebidas em recipientes não individuais devem ser servidos por uma única pessoa. O responsável deve lavar as
mãos antes de servir e sempre usar a máscara;
6 – Após o evento, lave toda a louça em água corrente e com
detergente, ou use a máquina de lavar louças.

PESSOAS DEVEM EVITAR ENCONTROS

Se pretende receber convidados ou celebrar em
outro local, verifique:

Se você…

1 – Está com sintomas relacionados à Covid-19 ou já tem o
diagnóstico da doença;
2 – Ainda está no período de 14 dias desde que teve os
primeiros sintomas relacionados à Covid-19 (mesmo que
não tenha feito um teste de diagnóstico);
3 – Está aguardando o resultado de um teste molecular para
saber se está com Covid-19;
4 – Manteve contato com alguém que teve a doença nos
últimos 14 dias.

… mantenha o isolamento domiciliar. Não convide pessoas
para sua casa, não faça visitas, nem frequente eventos.

…ou se você
– Faz parte ou mora com alguém que faz parte do grupo de risco
para casos graves de Covid-19 (portadores de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, asma, doença pulmonar
7 – obstrutiva crônica, doença renal crônica em estágio avançado,
imunodepressão provocada pelo tratamento de doenças autoimunes, como lúpus ou câncer; pessoas acima de 60 anos de idade, fumantes, gestantes, mulheres em resguardo e crianças menores de 5 anos).

…se proteja e proteja sua família. Fique em casa e celebre
apenas com as pessoas que já moram com você.

Postado por Antonio Gallas

(Fonte: Adaptado de cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/daily-life-coping/holidays.h
tml)


Um café

cafe amor

Amar é como adoçar o café.
Se colocar muito açúcar de uma
vez e ficar doce demais, já era!
Mas se você for colocando açúcar
suavemente e ir provando aos poucos,
chegará ao sabor agradável.
O amor não deve ser amargo,
nem doce demais.
Ou seja, amar é saber dosar.

EX – ALUNO DA NOVAFID TEM PRODUÇÃO LITERÁRIA SELECIONADA E PUBLICADA EM PORTUGAL

Marciano Gualberto teve poema selecionado pela União das Capitais de Língua Portuguesa – UCCLA, já publicado na plataforma virtual da presente Instituição e brevemente em livro a circular pela Europa e Brasil. O professor pesquisa dentro de seu ofício de historiador e na literatura africanidade, estudando as representações construídas sobre a África a partir do Brasil. Seu texto selecionado intitulado “Olhar sobre as pestes” segue a proposta da UCCLA, de numa altura em que todos estamos vulneráveis e com esperança de novos e bons dias, aceitar o desafio de em língua portuguesa refletir sobre a “Cultura em tempos de Pandemia”. O autor foi um dos únicos selecionados do Brasil nessa seleção ocorrida entre os dias 10 e 25 de julho de 2020. Gualberto também publicará em Janeiro de 2021 seu livro solo “Nguzu que Rompe Grilhões”, e saúda todos os seus ancestrais e agradece seus patrocinadores: NovaFid em nome de Francisca Heloneide, Dedey Gomes, Benitz Café e Editora Tremembé por todo suporte.

Abaixo o link para da UCCLA para acompanhar o texto selecionado:

https://www.uccla.pt/noticias/uccla-lanca-reflexao-sobre-cultura-em-tempos-de-pandemia

Parte VIII Além do Brasil – Chile

MARIA DILMA PONTE DE BRITO
ACADEMIA PARNAIBANA DE LETRAS APAL
PATRONO LÍVIO LOPES CASTELO BRANCO
1º OCUPANTE HUMBERTO TELES MACHADO DE SOUS

          “Brasil terra adorado, jardim de todos os estrangeiros, és a estrela que mais brilha”, palavras de Cartola. Quem não ama esse país de tantas adversidades, belezas naturais, cheios de histórias?! Falta pouco para detalharmos tudo que ele possui, mas vamos continuar falando além dele.

          SANTIAGO. Chile. Março de 2016. Mais uma vez a família reunida partiu para uma viagem de sonhos desta vez saindo do Aeroporto Petrônio Portela de Teresina com destino ao aeroporto de Guarulhos São Paulo para de lá seguir para a capital chilena. Chegamos as 14.40h do dia 16 de março de 2016 no nosso destino.

 O Chile é um país latino americano com a maior estabilidade econômica da América Latina. Tem todos os sistemas climáticos do planeta. É conhecido mundialmente pelos seus vinhos, frutas e mariscos. A educação privada prevalece pela sua qualidade em comparação com a pública.

Santiago, a capital do Chile, está localizada ao lado da Cordilheira dos Andes. Tem muitas atrações históricas, museus, praças, shoppings, bares e restaurantes. Os estrangeiros são bem recebidos e a cidade oferece segurança aos visitantes. É considerada uma capital latino-americana com excelente qualidade de vida. .

Interessante que o Congresso Nacional não fica na capital e sim na cidade próxima, em Valparaíso. Santiago é uma cidade rica, o solo é bastante explorado para o cultivo da agricultura e de muita área verde. O centro financeiro e comercial do Chile fica na capital.

Saímos do aeroporto internacional Comodoro Arturo Merino Benitez que fica a 13 km do centro com destino ao Hotel Diego de Velazquez onde ficamos hospedados e bem acomodados. É um hotel quatro estrelas com 60 apartamentos, academia, bar, restaurante e piscina. O hotel é muito bem localizado próximos de cafezinhos, bares, restaurantes, lojas, mercadinhos, centros comerciais, salão de beleza etc. Nossa primeira saída foi para jantar. Optamos pelo restaurante “Aqui está Coco” que oferece deliciosos pratos à base de peixes e frutos do mar. Tem uma decoração estilosa e uma belíssima arquitetura. Restaurante fino. Depois de um dia intenso de viagens voltamos para o hotel para no dia seguinte cumprir a nossa agitada programação turística.

Acordamos com toda disposição e com um clima de vinte graus. Gostoso. Após o café seguimos para Valparaíso e Viña del Mar. São cidades turísticas que ficam a cerca de 140 km de Santiago.

         VALPARAÍSO. Chile.2016. Valparaíso caracteriza pelos morros com vista para o Oceano Pacífico e pelas construções ancestrais do centro históricos que lhe deram o título de Patrimônio da Humanidade pelo UNESCO. A cidade conta com um porto nacional importante. É considerada cidade cosmopolitana, conhecida “Joia do Pacífico”. Tem um Anfiteatro ao ar livre que atrai poetas, pintores, desenhadores e músicos que se integram a paisagem cultural. 

A cidade não é bonita. As casas edificadas nos morros parecem desafiar a natureza. Muros, residências e todos os espaços são trabalhados pelos grafiteiros. Vale a pena conhecer pelo seu valor histórico e pelo estilo peculiar. Registramos fotos no Congresso Nacional, no Porto, das casas coloridas no topo dos penhascos entre outros pontos pitorescos. A residência do poeta chileno Pablo Neruda é hoje um museu com vistas amplas para o Pacífico.

VINÃ DEL MAR. Chile 2016. É uma cidade turístico costeira a oeste de Santiago. Fica a 15 minutos de Valparaíso e caracterizada pelos seus lindos jardins, praias e edifícios elevados. É um local rico em arquitetura, cultura e culinária. Saboreamos os bons pratos local no Restuarute Saint Gerard contemplando o Oceano Pacífico. E depois fomos conhecer o Museu de Arqueologia e História de Francisco Fonck que tem esculturas de moais em pedra da Ilha da Páscoa. Moais são estátuas de pedra construídos na Ilha de Páscoa pelo povo antigo, no meio do Oceano Pacífico.

Voltando a Santiago aproveitamos e curtimos todos os instantes. Fizemos um tour começando pelo Palácio de la Moneda que fica na região central da cidade próxima a Praza de La Constitución e a Plaza da Cidadania. O Palácio data de 1805 inaugurado como a Casa da Moeda. Em 1846 o Presidente Manuel Bulnes transformou o Palácio na Casa do Governador da República do Chile.

          A grande atração do Palácio de la Moneda é a troca da guarda presidencial que ocorre a cada dois dias na Plaza da Constitución. A cerimonia tem a duração de 45 minutos e é uma grande atração turística. Ficamos encantados com o ritual. O toque das cornetas, a banda, a cavalaria tudo muito bonito e nos encheu de emoções.

          Continuando o tour seguimos para a Plaza das Armas local onde foi o primeiro centro político, social e econômico da capital chilena. A Plaza é rodeada de edifícios emblemáticos como a Catedral de Santiago, o edifício dos Correios do Chile, Museu Histórico Nacional e a Prefeitura de Santiago.

A Catedral de Santiago é o principal templo católico do Chile.  Sua construção data de 1748. As torres laterais foram agregadas no século XIX. A igreja é belíssima. De lá fomos para o Museu Nacional do Chile.

O Museu Chileno fica a uma quadra da Plaza das Armas. Lá estão expostas mais de 3.000 peças que mostram grande parte da história pré-colombiana através de suas representações artísticas. A cerâmica e os têxteis pré-colombianos se destacam

O Museu Histórico Nacional é um dos mais importantes de Santiago. Fica também na Plaza das Armas. Conta com mais de 70 mil peças em exibição entre uniformes, armas, retratos, utensílios e vestidos que mostram a história do país.

.         O edifício que abriga este museu também faz parte da história do Chile. No passado esse espaço foi usado como Palácio da Real Audiência e depois como Palácio do Governo do Chile.

Saindo do Museu Histórico Nacional fomos conhecer o Mercado Central. É um lugar pitoresco e muito visitado pelos turistas. Os restaurantes nesse espaço são requintados e os pratos típicos são apreciados pelos turistas.

O Mercado Central fica próximo a Plaza das Armas. Tem um estilo tradicional e folclórico e já foi premiado como um dos 10 mercados melhores do mundo. Lá o visitante pode saborear o caranguejo gigante chamado centolla e muitos frutos do mar pescados no Oceano Pacífico.

O Chile tem 6.400 km de litoral onde se encontra uma variedade de peixes e frutos do mar. O peixe congro-rosa, o camarão e o salmão estão presentes em várias receitas. Os vinhos chilenos acompanham as refeições e constam como os melhores do mundo.

Outro ponto turístico que visitamos é O Costanera Center é conhecida como a grande torre de Santiago. Tem 300 metros de altura e 64 andares. Seis andares são dedicados ao shopping com 350 lojas e 12 salas de cinema, restaurantes, supermercados e as lojas de departamentos Paris, Flalabella e Ripley. 

Para se chegar ao mirante paga-se um taxa e sobe-se de elevador até 61º andar. Depois de escada rolante chega-se ao ponto mais alto que corresponde ao 64º andar. A sensação que se tem ao chegar a tal altura é de uma leveza que se pode comparar a uma folha de papel pairando no ar. De lá se tem uma belíssima visão da cidade de Santiago e da Cordilheira dos Andes ao longe. O espaço é todo de blindex. Passa uma sensação que se está solto no espaço.

Foi muito prazeroso visitar a Cordilheira dos Andes. No tempo de escola os professores faziam referência a ela mas eu nunca imaginei que um dia fosse possível conhecer tal lugar. Os Andes é uma das mais extensas cordilheiras do mundo. Seu relevo inclui geleiras, vulcões, desertos, florestas, lagos. Tem elevação 6.961metros sendo o ponto mais alto o Aconcágua e sua área é de 3.371 000 quilômetro quadrado. A Cordilheira passa pela Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia.

Visitar tudo isso é uma experiência ímpar. Subir as montanhas e olhar de cima os caminhos percorridos é maravilhoso. Fizemos várias paradas para fotos como no cento de esqui Farellones, o El Colorado e Valle Nevado que ficam localizados respectivamente a 45 km, 52 km e 60 km de Santiago respectivamente. As estações de esqui funcionam de julho a setembro.  As competições internacionais acontecem no Valle Nevado. El Colorado – Farellones tem altitude máxima de 3000 metros. Apesar de não termos visto a neve por causa da temporada (março) foi muito prazeroso visitar esses espaços e apreciar as lindas paisagens. Lá em cima o clima é muito frio. O casaquinho de lã não era suficiente para aquecer. Ainda bem que no Valle Nevado tinha uma linda cafeteria.

Do Valle Nevado vê-se muito a ave cóndor ou condor para nós. Pesa de 7,7 a 15 quilos. Suas asas abertas de ponta a ponta chegam a medir 3 metros.

Nesse passeio almoçamos em Farellones no Restaurante Los Córdores. Local muito aconchegante e diferente. Lembra muito os restaurantes das Serras Gaúchas.

Foi um passeio maravilhoso. Curtimos cada momento. Tudo foi registrado com fotos. Retornamos para o nosso lar doce lar com muitas recordações e felizes. Já pensando em outra viagem porque:

“A melhor viagem é sempre a próxima”.

Próximo capítulos: Londres, Amsterdam, Burges, Bruxelas, Haia, Colonia e Frankfur.

Arlindo Leão e outros assuntos aleatórios

DIÁRIO

[Arlindo Leão e outros assuntos aleatórios]

Elmar Carvalho

07/12/2020

Estive muito ocupado com alguns problemas pessoais e em mandar os links de meu conto A fuga dos jesuítas – do Brejo de Santo Inácio a Pedra do Sal e o de minha entrevista ao programa Personalidade Piauí, que já tem um notável arquivo, para alguns de meus contatos. O entrevistador foi o jornalista Bartolomeu Almeida, simpático cidadão, efetivamente comprometido com o seu programa e com assuntos culturais. Ele domina a técnica de interagir com os seus convidados e sabe motivá-los a se expandir em suas respostas.

Ele se prepara para fazer as entrevistas, se informando sobre o entrevistado e sobre a temática a ser explorada. Ilustra o programa com fotografias, que lhe ensejam as perguntas e aguçam a memória do entrevistado. Por outro lado, é bem informado, e a gente percebe que ele gosta do que faz; e o que faz ele o faz com entusiasmo e boa-vontade, dando o melhor de si e buscando o melhor de suas “personalidades”. Sobre ele, por Whatsapp, disse o meu filho João Miguel: “Fala bem. Bom jornalista. Informado e de boa dicção.”

Várias pessoas me enviaram, por Whatsapp, amáveis comentários sobre o conto e sobre a entrevista. Dei os devidos descontos, porque todos foram emitidos por pessoas amigas e bondosas. Num deles, o meu amigo, juiz inativo e diácono, João Batista Rios me elevou a tal altitude, em palavras encomiásticas que não mereço, que tive medo de cair e me esborrachar todo. Mas é isso mesmo; amigos são para essas coisas. Se um amigo, de vez em quando, não nos elogiasse, para que diabos serviriam os amigos?

O presidente da Academia Piauiense de Letras, o notável escritor e jornalista Zózimo Tavares, me enviou uma fotografia de um flagrante em que eu estava sendo entrevistado, com a lacônica e enigmática frase: “A prova dos 9”. Não tendo entendido bem a sua mensagem, respondi em blague: “Nove, nove fora = a nada”. Bem sei que ele, em sua amizade e generosidade, jamais me daria um zero, por isso, em seguida, caindo em mim, emendei: “Viajei fora da curva. Agora entendi. É a nota. Por sinal muito alta. O confrade foi muito generoso. Obrigado.”

*        *         *

O outro comentário foi emitido pelo amigo Arlindo Leão. Seu elogio foi um exagero um tanto exacerbado. Mas não posso dizer que não gostei. A minha vaidade gostou, porém tenho que fazer umas penitências, para expiar esse pecado. Não terei indulgência para comigo, e vou usar o cilício mais cortante que tiver.

Arlindo é filho do jornalista Batista Leão, que conheci a partir de junho de 1975, quando eu e minha família nos mudamos para Parnaíba. Ele morava num sobrado, perto da Praça da Graça, em cujo logradouro passamos a residir. Nos umbrais de sua casa, encimando o muro, creio, havia duas ou três esculturas de heráldicos e soberbos leões. Como diria o excelso poeta Mário Faustino, no poema Nam Sibyllam, eram cândidos leões alvijubados, que se espedaçavam contra as salsas areias sibilantes.     

Nessa época os dois Batista mais conhecidos de Parnaíba eram Batista Leão, pai do Arlindo, e João Batista Costa. Este era um antigo funcionário do Departamento de Correios e Telégrafos, que acabara de se transformar em empresa pública, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Em plena ditadura militar, em chapa encabeçada por Elias Ximenes do Prado, fora eleito vice-prefeito do município, pelo MDB, partido da oposição, na época do bipartidarismo. Gostava de músicas executadas pelas grandes bandas americanas, e vez ou outra ele me emprestava seus LP’s e eu lhe emprestava os meus. Era um cidadão risonho, sempre bem-humorado, que morreu um tanto precocemente. Aliás, para mim, a morte de meus amigos é sempre precoce. Me desviei do foco de minha conversa, para lhe prestar esta singela homenagem.

Voltando a falar no jornalista Batista Leão, acrescento que ele era nessa época, e ainda o foi durante muitos anos, diretor do jornal Folha do Litoral (do qual fui colaborador, com a publicação de poemas modernistas), e superintendente da Rádio Educadora, a pioneira da radiodifusão no Estado do Piauí, e, então, a única emissora do litoral piauiense. Em 23/04/1983 fundou o seu próprio jornal, a que deu o nome de A Libertação.

Com ele conversei algumas vezes, e juntos participamos de algumas reuniões culturais, inclusive em seu palacete e na mansão da professora Maria da Penha, que tinha um enorme caramanchão, referto de buganvílias e madressilvas. Foi por essa época que o Arlindo, bem mais jovem do que eu, me fez uma sibilina pergunta, que na época não soube responder: qual seria o maior, Fagner ou Zé Ramalho? Ambos e o saudoso Belchior fizeram músicas que nos encantaram e nos embalaram os sonhos da juventude. Hoje, optaria por Zé Ramalho, embora reconhecendo a grandeza do Fagner.

Tendo ficado com alguma dúvida e querendo resolver pequena pendência, resolvi ligar para o Arlindo. Ele se encontrava em companhia do Dr. Cajubá Neto, meu amigo há muitos anos, fidalgo pertencente a uma estirpe ilustre de importantes advogados, com quem conversei um pouco antes de voltar a falar com o destinatário de minha ligação. O Arlindo foi secretário, em diferentes pastas, dos governos de Zé Hamilton Castelo Branco, de Florentino Veras e de Mão Santa (Francisco de Assis Moraes Souza). É recordista, porquanto foi secretário do município de Parnaíba por nove vezes, em diferentes ocasiões.

Agora, Arlindo Leão, entusiasta da cultura e da história de Parnaíba, me lava, me enxágua e me lustra a alma com o seguinte comentário, cujo exagero se deve à sua lhaneza e amizade:

“Querido Elmar, assisti à sua entrevista, por sinal bastante  interessante.  Se dependesse  de nossa  cidade na realidade você  seria um parnaibano dos mais admirados e  respeitados,  pela sua inteligência,  pelo seu caráter,  pela sua dignidade e pela sua honra. Infelizmente  Parnaíba não  teve a sorte de você  ter nascido aqui , tamanha é  a sua história  de amor com nossa  cidade. Um forte abraço.  Arlindo Leão.”

De fato, não nasci em Parnaíba. Vim a conhecê-la, como já disse acima, em 1975, quando iniciava minha juventude. Tinha 19 anos, e me deslumbrei com a beleza da antiga Praça da Graça e da Praça Santo Antônio, com a penumbra de seus magníficos oitizeiros, com os seus solares, os seus chalés, os seus sobrados, os seus palacetes, e com a sua deslumbrante paisagem natural.

Mas me tornei parnaibano por vocação e devoção, e por um honroso Título de Cidadania, proposto pelo vereador Batista Veras. E Parnaíba me deu mais, muito mais, conforme lhe disse em minha resposta, com que encerro esta nota nestes tempos covidianos:

“Parnaíba me deu muito; me deu sua beleza arquitetônica e natural; me deu a amizade de meus melhores amigos. E me deu até, em minha juventude, a esplêndida beleza de suas moças em flor.”    

FERNANDO HOLANDA MENDES

ACADEMIA PARNAIBANA DE LETRAS

NOTA DE PESAR

A Academia Parnaibana de Letras – APAL, lamenta profundamente o falecimento do artista parnaibano Fernando José Holanda Mendes, ocorrido na madrugada desta terça-feira(8) na UTI do Hospital Marques Bastos em nossa cidade.

Fernando Holanda, como assim era conhecido, foi músico, poeta, compositor e deixa um legado muito forte na música e na poesia parnaibana.

Filho de um dos fundadores da APAL, o poeta e jornalista R. Fonseca Mendes, que ocupou a cadeira de nº 05 desta Academia, herdou do pai a versatilidade poética e a fácil comunicação.

Ao noticiarmos o falecimento deste grande músico parnaibano, o fazemos com profundo pesar e enviamos nossos votos de pesar aos familiares do mesmo.

Parnaíba, 08 de dezembro de 2020.

José Luiz de Carvalho Antonio Gallas Pimentel

Presidente Secretário-Geral

VII Além do Brasil Europa

MARIA DILMA PONTE DE BRITO
ACADEMIA PARNAIBANA DE LETRAS APAL
PATRONO LÍVIO LOPES CASTELO BRANCO
1º OCUPANTE HUBERTO TELES MACHADO DE SOUSA

Para apreciar o belo não precisamos sair desse espaço brasileiro. Quem gosta da natureza, do verde, do mar, da calmaria ou da agitação encontra tudo aqui nesse solo maravilhoso. Estou ansiosa para começar a falar da nossa riqueza, das peculiaridades regionais e da culinária dessa minha pátria. Estou quase concluído as viagens “Além do Brasil” para relatar o que o Brasil tem.

          Ano de 2015. Mês de julho. Mais uma viagem de família. Saímos de Teresina no voo A332Jer/ Arbus Industrie e chegamos no aeroporto de Lisboa dia seguinte às 7:00 horas aproximadamente. Do aeroporto fomos imediatamente para Coimbra reunir de fato a família porque o segundo filho já se encontrava lá fazendo doutorado. Alugamos um flat para ficarmos todos juntos no mesmo espaço curtindo momentos maravilhosos. Chegando já na hora do almoço experimentamos logo o bacalhau português que tem fama na culinária local.

          COIMBRA- Julho de 2015. A antiga capital de Portugal preserva construções de diversos períodos arquitetônicos, casas de fados e recebe o cognome de Cidade do Conhecimento ou Cidade do Estudante. Possui um clima agradável em torno de 18.00 graus. Coimbra é historicamente universitária. A Universidade de Coimbra foi fundada em 1290 e é muito bem conceituado. A cidade é banhada pelo rio Mondego e sua arquitetura antiga embeleza cada cantinho convidando para um registro fotográfico.

 Entre seus pontos turísticos citamos:  Quinta das Lágrimas, Jardim Botânico, Parque das Sereias, Praça de Coimbra, Universidade de Coimbra, etc. Como boa excursionista que sou marquei presença em todos os lugares e registrei com fotos para o álbum de viagem. Achei uma cidade tranquila com muitos idosos circulando nas ruas até ao anoitecer, mostrando muito independência porque estavam sempre sozinhos, no máximo com a sua bengala. Vejo isso como uma cidade segura e sem violência.

O roteiro de visita a Universidade de Coimbra compreende: Capela de São Miguel, Biblioteca Joanina, Paço Real, gabinetes de Física Experimental e História Natural, entre outros espaços. Tudo lá é lindo a começar do pátio todo em pedra branca. A Biblioteca Joanina tem o teto com pinturas belíssima e achei interessante a conservação de morcegos no local para comer insetos preservando os livros.  A Capela de São Miguel é de estilo barroco em talha dourada. Belíssima! O Paço Real é onde acontecem as posses de reitores, defesa de doutorado, abertura de ano letivo. Em outros tempos esse local foi moradia dos reis daí a sua importância e riqueza. De Coimbra fomos para Fátima que fica a 85 quilômetros.

          FÁTIMA – Portugal. Julho de 2015. Na cidade fica o Santuário de mesmo nome que é um centro de peregrinação cristã. Recebe anualmente mais de quatro milhões de peregrinos. Fiquei emocionada ao visitar a Capelinha das Aparições que fica no local onde a Virgem Maria apareceu para Jacinta, Lúcia e Francisco no ano de 1917. Do lado da Capelinha das Aparições tem um espaço só com velas de todos os tamanhos, algumas da altura de uma pessoa. Você deixe uma oferta e pode pegar uma para acender e fazer pedidos. Assistir missa no Santuário foi uma benção.

          Fiquei encantada com o gigantesco complexo católico onde encontramos também a Basílica da Santíssima Trindade, lojas de souvenir e muitas imagens espalhadas na sua extensão como o dos Papas Pio XII, João Paulo II, e de Nossa Senhora de Fátima. Retornamos para Coimbra para de lá seguir para Madrid. Foram 402 km percorridos de trem. Como a viagem foi a noite e estávamos cansados dormimos o tempo todo e nem sentimos a distância, além de ser uma experiência nova, viajar de trem.

          MADRID – Espanha – Julho 2015. A capital da Espanha é uma cidade agitada e intensa. Não perdemos nenhuma oportunidade de apreciar suas belezas e curtir seus pontos turísticos como: Palácio Real, Plaza Mayor, Puerta de sol, Gran Via, Real Madrid, Museus do Prado entre outros.

          Ficamos hospedados no Hotel Flórida Norte, três estrelas, que por sinal além de confortável é muito bem localizado.

Ao visitar o ESTÁDIO SANTIAGO BERNABÉU de propriedade do Real Madrid, fiquei impressionada com a quantidade de turistas. Acho que tinha representação do mundo todo.

          O passeio no local constou da visita ao campo e arquibancadas (toda organizada, não se vê cadeira quebrada, e tudo bem cuidado) e ao museu.

          No museu tem fotos de muitos jogadores de tamanho normal que você pode ficar juntinho e tirar uma fotografar como se tivesse com ele. Gostei da sala de vestuários. É interessante saber que naquele lugar eles se preparam para entrar em campo. Vimos também a sala de recuperação dos jogadores, com cama de massagem, banheiras, etc. Na sala de relíquias tem taças, camisetas, chuteiras. Nas lojas de souvenir pode-se comprar chaveiros, canetas, canecas, etc.

          A PUERTA DE ALCALA. Madrid. Julho 2015. É um monumento encantador que fica situado na Praça da Independência em Madrid. Foi construído pelo Rei Carlos III, em 1778 para servir como porta de entrada da cidade, um pórtico (porta de entrada de um palácio). É um dos monumentos mais fotografado do país. É claro que registrei para guardar no álbum de viagem.

          PARQUE DO RETIRO – Madri. Tem 118 hectares e foi criado em 1940 como área de lazer dos reis. Também foi usado como quartel general das tropas de Napoleão na guerra de Independência. Possui 15.000 árvores, tem jardins com árvores antigas, bosques com árvores frutíferas e ornamentais, araucárias e outras plantas enormes. Possui lagos artificiais, esculturas, chafarizes, muita sombra e bastante grama. É um espaço frequentando por turistas e pelos próprios madrilenses que passeiam de patinetes, bicicletas, etc. Registrei com fotos todos esses lugares maravilhosos.

          GRAN VIA – Madrid. Julho 2015. É uma das mais belas avenidas de Madrid. Tem um 1,36 km de extensão e foi construída em 1924. A arquitetura de edifícios suntuosos encanta todos que por lá passam. Nela tem de tudo: shoppings, os melhores hotéis, cinemas, etc. Tanto faz ser noite como dia está sempre frequentada principalmente por turistas. Gran Via é parada obrigatória principalmente para quem gosta de fazer compras. Tem opção diversas: roupas, sapatos, acessórios, decoração, restaurantes, cinemas, teatros. Lá o turista encontra lojas internacionais como Nike, Zara, Cortefiel, entre outras.

A Gran Via é conhecida como Brodoway Espanhola. Lembra Nova Iorque com as ruas sempre movimentadas, com muita circulação de pessoas.

PUERTA DEL SOL/ PLAZA DE TOLEDO –Madrid. Julho 2015. É a praça mais famosa de Madrid e ponto de encontro de turistas e madrilenhos. O quilometro zero das estadas espanholas fica nesse local assim como a Real Casa do Correios prédio antigo que tem um relógio na torre que faz uma contagem decrescente para entrada do ano novo todos os 31 de dezembro. Quem vai a capital espanhola tem parada obrigatória nesse espaço embelezado por jardins, fontes e prédios antigos. A estátua do Urso e do Madronheiro (árvore frutífera) que fica na Praça é cartão postal de Madrid e ponto para a foto. Outro local famoso nesse espaço é o letreiro luminoso Tio Pepe que data de 1950 fazendo propaganda de uma bebida. Depois de uma campanha contra anúncios feita pelo Prefeito em 2010 este conseguiu permanecer graças ao grupo Pro Tio Pepe alegando que ele já fazia parte do imaginário popular. Mais de 50 mil assinaturas em abaixo assinado on line fez com que ele fosse mantido em cima de um prédio de 130 metros. A foto com o letreiro Tio Pepe é disputada na Praça.     

PLAZZA MAYOR em Madrid. Julho 2015. Fica no centro de Madrid e tem 129 metros de comprimento por 94 de largura. Data do século XV e começou com um mercado popular, corrida de touros, beatificações, coroações de reis. Foi reformada em 1617 pelo arquiteto Juan Gómez que foi encarregado de uniformizar os edifícios em seu entorno. É um local prazeroso com muitos restaurantes, cafés e muito agradável para saborear um bom vinho compartilhando o espaço com muitos turistas.  

PLAZZA DO ORIENTE. Madrid. Julho 2015. Essa praça está situada no centro histórico de Madrid. Fica no lado leste do Palácio Real. Foi construída por D. José I, irmão de Napoleão Bonaparte, que governou a Espanha entre 1808 a 18013.

A Plazza do Oriente é um refúgio de paz e tranquilidade. Muito arborizada e revestida de 44 estátuas de reis espanhóis do período medieval. Ao centro vê-se uma estátua de Felipe IVÉ um local muito visitada pelos turistas e fica bem próximo a Plaza da Espanha. Muitas artistas exóticos fazem apresentações nesse espaço divertido os visitantes.

            PALÁCIO REAL. MADRID. Julho de 2015. Conhecido como residência da monarquia espanhola, mas eles não moravam no palácio. Esse espaço era usado somente para as cerimônias e eventos sociais do Estado. Tem um belíssimo jardim e museu com obras de Caravaggio e Goya.

          JARDIM BOTÂNICO. Madrid. Julho 2015. Foi criado em 1755 por Fernando VI. É uma das mais referenciadas instituições de pesquisa botânica da Espanha. Local belíssimo, de muito verde, ar puro e transmite muita paz pelo convívio com a natureza.

          De Madrid seguimos para Barcelona. Em Barcelona nos hospedamos no Hotel Mercure Augusta Barcelona Valles, que fica mais precisamente a 20 minutos do centro de Barcelona de carro e em frente ao circuito da Catalunya. O hospede tem inúmeras opções de diversões: piscina, sauna, campo de golfe etc. Esse hotel fica bem próximo a cidade espanhola de Granollores, província de Barcelona, comunidade autônoma da Catalnya.

          No dia da chegada após nos acomodarmos no hotel jantamos na cidade de Granollers porque ficava mais próximo do que ir ao centro de Barcelona. Desta vez não ficamos bem localizados. Granollores é município da Espanha na província de Barcelona, comunidade autônoma da Catalúnia. É uma cidade pequena, simpática e bonita. Jantamos numa rua exclusivamente de bares e restaurantes. Nela não tinha acesso a nenhum meio de transporte. O táxi nos deixou na esquina. Escolhemos aleatoriamente um local para jantar e fomos felizes na escolha.

Barcelona é a maior cidade e a capital da comunidade autônoma da Catalunha. Também é conhecida como a capital do modernismo e centro de design e arquitetura catalã. Possui belezas arquitetônicas espalhadas por todos os lados. Tem muito o que se conhecer e apreciar nesse espaço: Plaza da Catalunia, Las Ramplas, o porto e as praias, as obras de Galdi, o Estádio Camp Nou e mais, muito mais.

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Começamos o nosso tour em Barcelona visitando FUTBOL CLUB BARCELONA, ARENA/ESTÁDIO – CAMP NOU. É um estádio que tem capacidade para 150.000 pessoas.

          Continuando nosso tour fomos até outro ponto turístico – “A SAGRADA FAMÍLIA”. Esse templo é uma obra do famoso arquiteto Catalão Antônio Gaudi. É o edifício emblema de Barcelona. É mais um exemplo da criatividade artística deste grande gênio catalão.

          PALÁCIO GUELL outro ponto turístico que visitamos. Ele foi construído entre 1885 1890. Foi desenhado pelo arquiteto Antônio Gaudi para servir de residência da família Eusebi Guell. Em 1984 foi declarado patrimônio da humanidade pelos Órgão das Nações Unidas. Belíssimo.

          LAS RAMBLAS é um local imperdível para quem vai a Barcelona. É uma avenida larga com bastante pedestre coisa própria da Espanha. Essa avenida liga a Praça da Catalunha ao Porto Velho.  É um local que tem de tudo. Estátuas vivas, artesanato, lojas, restaurantes, porto, pássaros, mercado, monumentos, turistas de todas as partes do mundo principalmente orientais e muçulmanos.

          Lá encontramos o Monumento a Colón – Estátua de Cristovo Colombo no alto de uma coluna de 60 metros. Colombo está com o dedo indicador apontando para o mar. Construído e inaugurado em 1888.

 A marina de Barcelona é um antigo porto reabilitado nos anos 80, ao final da Rambla. Antes velhas docas e depósitos, que agora abriga um amplo complexo de lojas.

Vimos também a ACADEMIA DE CIÊNCIAS E ARTE nesse espaço e muitas estátuas e chafarizes encantadores.

Outro ponto imperdível é LA-PEDRERA- CASA DE MILÀ. Barcelona. Julho 2015. Uma das obras mais emblemáticas de Gaudí, este fantástico prédio foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, a Casa Milà ou La Pedrera como é mais conhecida, é um edifício repleto de curvas é uma das atrações mais visitadas de Barcelona. Seu exterior se destaca por seus muros de pedras e suas chaminés que são verdadeiras esculturas, já o interior abriga um museu, um centro de exposições, um apartamento museu decorado e residências particulares.    

De Barcelona o nosso destino foi Lisboa.

LISBOA. Portugal. Julho 2015.  Lisboa é a capital de Portugal conhecida como cidade global devido sua importância no mercado financeiro, comerciais, artísticos, educacionais e turísticos. Entre os pontos turísticos de Lisboa citamos a Torre de Belém, o Monumento Padrão dos Descobrimentos, o Mosteiro de São Jerônimo, o Oceanário. É uma cidade de muita história e cultural.

O primeiro ponto turístico que visitamos foi o Oceanário de Lisboa que tem 20 mil metros quadrados com 7.500.00 litros d´água. Entre animais e plantas tem 8.000 organismos de 500 espécies diferentes. Depois fomos para o Centro de Ciências Vivas que fica a margem direita do Rio Tejo. O Pavilhão de Conhecimento de Ciências Vivas acolhe grandes exposições temáticas é o maior e mais emblemático centro de ciências do país.

Fizemos um tour em Lisboa para conhecer os pontos turísticos, registar com fotos e apreciar as belezas da cidade que é cheia de encantos e beleza sempre a sorrir tão formosa.

SINTRA. Portugal. Julho 2015. Adorei conhecer essa linda cidade turística que fica no sopé da serra de Sintra e fica bem próximo a Lisboa. Achei lindo as bandas de músicas com os participantes vestidos que nem Playmobil desfilando pelas ruas para recepcionar os turistas. Seus lindos castelos me deu a sensação de estar fazendo parte de uma conto de fadas. A cidade além dos castelos tem quintas e museus. Encantei-me com o Palácio da Pena. Muito colorido e com uma decoração antiga levando o turista a viajar no tempo. O Castelo dos Mouros é da época medieval. De lá tem-se uma vista belíssima.

 Gostei muito de conhecer o CABO DA ROCA, o ponto mais ocidental do continente europeu. Fica na freguesia de Colares, Conselho de Sintra e distrito de Lisboa a 165 metros do nível do mar. No livro Os Lusíadas, Luís Vaz de Camões descreveu o Cabo da Roca como “o local onde a terra se acaba e o mar começa”. Data de 1772 o Farol que lá se encontra. Não deu para apreciar toda a beleza daquele espaço, as poderosas ondas do oceano Atlântico contra as altas falésias porque o vento era intenso. Dizem que lá é o lugar onde vento faz a curva.

CASCAI. Portugal. Julho de 2015. É uma linda vila litorânea que fica a 18 quilômetros de Lisboa, é simpática com lindos palacetes de veraneios do tempo da monarquia. É região de luxo da elite portuguesa e de bastante qualidade de vida. Lá encontramos o Casino Estoril que é o maior da Europa.

A oeste da Vila de Cascai localiza-se a Boca do Inferno que oferece uma vista belíssima para o mar e restaurantes requintados. Recebe esse nome porque as águas da chuva contendo dióxido de carbono destrói as falésias fazendo cavidade e grutas. Foi assim que entendi o porquê do nome.

Voltando a Lisboa continuamos curtir e aproveitar os últimos dias da viagem. Não podíamos ir a Portugal sem conhecer a TORRE DE BELÉM e registrar nossa presença no local.  Ela fica a margem do rio Tejo e é um dos cartões postais mais famosos de Lisboa. Tem trinta metros de altura, toda rodeada de brasões das armas de Portugal e inscrições da ordem de Cristo nas janelas. Oficialmente conhecida com o nome de Torre de São Vicente.

Nas proximidade da Torre de Belém tem o tradicional PASTEL DE BELÉM que são umas das mais populares especialidades da doçaria portuguesa. É obrigação do turista saborear essa guloseima. Faz parte da viagem turística.

Também visitamos em Lisboa O MOSTEIRO DE SÃO JERÔNIMO construído no século XVI. Registramos nossas presenças em todos esses pontos citados inclusive no Monumento do Descobrimento, que marca o local de onde saíram as primeiras caravelas rumo a África no século XV.

Além de tudo que aqui está descrito ainda passeamos pelo comércio de Lisboa principalmente, frequentamos os melhores restaurantes mas estranhei a forma do preparo do bacalhau que parece que é fresco e tem gosto e tempero diferente do brasileiro. Arroz é prato raro, peixe, carne vem acompanhado de batata. Suco de laranja é muito caro. Nas compras se tem o direito a uma sacola, a segunda é comprada. O povo aparenta ser honesto, devolvendo o troco da menor fração de euros, são pontuais também. Pode-se caminhar descontraía pelas ruas porque não se fala em assaltos e também não vi pedintes circulando. Uma cultura diferente.

Foram dias maravilhosos curtidos em família. Retornamos enfim ao nosso Brasil que estávamos com muitas saudades mas já marcando um novo roteiro de viagem em família. Desta vez para o Chile.

Alguém disse “que de todos os livros do mundo, as melhores histórias são encontradas nas páginas de um passaporte”.

Achei interessante!