Além do Brasil Suíça e França Parte V

MARIA DILMA PONTE DE BRITTO
ACADEMIA DE CIÊNCIAS DO PIAUÍ APAL
PATRONO LÍVIO LOPES CASTELO BRANCO
1º OCUPANTE HUMBERTO TELES MACHADO DE SOUSA

SUÍÇA E FRANÇA

        No meu país tem palmeiras, onde o canta o sábia. Nosso céu tem mais estrelas, nossas várzeas tem mais flores, nossos bosques tem mais vida e nossa vida mais amores. Esse é o Brasil na voz de Gonçalves Dias. “Canção do Exílio”. Amo a terra em que eu nasci, esse povo e essa gente e cada cantinho daqui. Breve pintarei com palavras toda a beleza dessa terra e o carinho que tenho por ela, mas por enquanto continuemos com o texto “Além do Brasil”.

LUCERNA(SUÍÇA) – Outubro 2013. Lucerna é uma cidade alemã de arquitetura medieval situada entre montanhas cobertas de neve. É uma verdadeira paisagem entrecortada de montanhas, rios e lagos.  Sentimos certa dificuldade de comunicação porque lá se fala alemão. Oferece muitas atrações aos turistas inclusive passeio pelos Alpes. Não perdemos essa oportunidade e foi um programa encantador. Subimos as montanhas de teleférico apreciando uma beleza ímpar.  Almoçamos no Hotel Restaurane Rigi Kartbad. Tudo nos surpreendia porque era diferente da nossa realidade A vegetação toda coberta de neve, moradas de estilos diferentes e muito frio também. Visitamos o centro comercial de Lucerna e seguimos para Zurique, centro financeiro da Suíça. Para chegar lá utilizamos vários transportes, inclusive uma embarcação confortável de dois andares, com restaurante e bastante espaço. Percorremos o Rio Reuss, afluente do Rio Aar, que é o quarto mais longo da Suíça.

 ZURIQUE (SUÍÇA) – Outubro de 2013. Na chegada jantamos no Restaurante do luxuoso Hotel Renaissance Zurich onde ficamos hospedados. A sorte é que fomos atendido por um garçom brasileiro porque não tínhamos familiaridade com o alemão a língua oficial da cidade. Zurique é considerada uma cidade global e um centro financeiro internacional. Em 2009 foi considerada uma das cidades mais poderosas do mundo. É uma cidade com intensa atividade econômica, cultural e tecnológica. Em 2012 foi apontada como a cidade de melhor qualidade de vida do mundo em virtude de suas perspectivas em educação, saúde, segurança e desenvolvimento econômico.

Achei tudo lindo, imponente e muito rico. Visitamos o centro da cidade e constatamos toda essa grandeza. Fomos muito bem recebido na loja Bucherer of Switzerland, o distribuidor oficial Rolex que nos ofertou como brinde lindas colheres para café inox com a marca da loja. Rolex colher. Seu preço varia de cento e cinquenta e nove reais a noventa e cinco cada uma. No local que ocupa quase um quarteirão tem de tudo inclusive perfumes para todo o gosto.  

A língua oficial de Zurique é o alemão mas lá usa-se vários idiomas como o francês e italiano. Não conhecemos Berna a capital da Suíça, mas compramos todos os produtos tradicionais Suíços que são famosos pela sua alta qualidade: o chocolate, o relógio e o canivete.  

PARIS (FRANÇA) – Outubro de 2013. De Zurique o destino foi a França. Em Paris o nosso primeiro passeio foi um tour conhecendo os pontos turísticos: Praça da Concordia, Casa da Ópera Guarnier, Igreja de La Madaleine, Avenida Champes- Elysées, Catedral de Notre Dame, Arco do Triunfo, Palácio de Versáles etc. Depois visitamos cada local admirando, curtindo e tirando fotos.

Fiquei encantada com o PALÁCIO DE VERSÁLLES (outubro de 2013), moradia de Luís XIV, XV e XVI. Os seus 2.300 aposentos nos faz sentir a grandeza da realeza da França. O local era constantemente ampliado com jardins, sala de espelho, capela real, teatro etc. O teto é belíssimo e os jardins também. Ricas obras de artes podem ser apreciadas caracterizando o luxo do Palácio.

O MUSEU DO LOUVRE – Outubro de 2013.  Local encantador. Fica a margem direita do rio Sena. Tem acervo de obras gregas, romanas e islâmicas e o quadro Mona Liza. Seu rico acervo contém trinta e oito mil objetos da pré – história ao século XXI. No pátio principal do Palácio do Louvre vê-se uma pirâmide construída de vidro e metal rodeada por três pirâmides menores. Ninguém passa por elas sem uma parada para fotos. Realmente merece porque são mesmo exóticas e belas.

ARCO DO TRIUNFO – Outubro 2013. O turista não vai a Paris sem registrar sua foto no Arco do Trinfo. Construído por Napoleão Bonaparte em comemoração as vitórias militares. Foi inaugurado em 1836 e contém o nome de 128 batalhas e de 558 generais. Tenho foto no local.

PONTE DOS CADEADOS – Outubro 2013. A ponte dos cadeados sob o Rio Sena é uma atração turística da Cidade Luz. Os casais apaixonadas penduravam cadeados na ponte jurando amor eterno e a chave era jogado longe para garantir que o sentimento está fechado entre os dois. Na minha visita ao local eu pendurei um (2013). Eram tantos cadeados que a estrutura da Ponte passou a ter problemas. Em 2014 uma parte do alambrado começo a ceder e em 2015 eles começaram a ser retirados. Para continuar sendo ponto turístico foi colocado um painel com grafites coloridos e modernos. Em 2017 houve um leilão solidário dos cadeados. O meu estava entre eles, assim suponho. A renda foi destinada a organização que cuida de refugiados.

CATEDRAL DE NOTRE DAME – Outubro 2013. Visitei a Catedral antes do incêndio ocorrido em 2019. Foi construída entre 1163 e 1245. Lá aconteceu a coroação de Napoleão Bonaparte, a beatificação de Joana D`Arc e a coroação de Henrique VI da Inglaterra. Conhecer um local de tamanha beleza e importância não dá para exprimir com palavras o sentimento que tomou conta de mim ao visitá-la. Na parte superior de uma das Torres viveu o Corcunda de Notre Dame, que foi personagem de livro e filmes.  Lamentei quando em 2019 aconteceu o incêndio sofrendo grandes danos. Mesmo com a promessa de ser reconstruída causa tristeza o fato ocorrido. Até junho de 2020 ainda continuava fechada para a reforma.

TORRE EIFEL – Outubro de 2013. Quem vai a Paris tem que visitar a torre de treliça de ferro inaugurada em 31 de março de 1889. Sua altura é de trezentos e vinte e quatro metros e foi construída em dois anos pelo engenheiro Gustavo Eiffel. Meu coração pulsou ao chegar ao local. Cartão postal da cidade, ícone do País e da Europa recebendo milhões de visitantes todos os anos. Fomos duas vezes na torre. Uma de dia e a outra à noite para vê-la iluminada.

A AVENUE DES CHAMPS-ÉLYSÉES/AVENIDA DOS CAMPOS ELÍSIOS – Outubro 2013.  Compreende uma extensão de quase dois mil quilômetros de beleza por setenta e um metros de largura. Conhecer uma das avenidas famosas do mundo é uma benção. Na sua extensão existe café, bares, restaurantes e lojas de marca. Ela é palco de grandes desfiles patrióticos e termina no Arco do Triunfo.

Tudo é lindo demais em Paris pena que tivemos que retornar. Foram dias inesquecíveis. Viagem de sonhos. Deixamos com saudade o Hotel Mercure seguindo para o Aeroporto Orly e chegamos em Lisboa pelo voo da TAP depois de duas horas e trinta minutos. De lá em outro voo chegamos a Fortaleza depois de sete horas de viagem.

Chegando ao final dessa maravilhosa viagem lembrei de um texto que li no face book de autoria de Suelly Lima mostrando a importância de viajar. Dizia ela, com outras palavras, que se você chegar a ser uma octogenária não irá lembrar das roupas que você costumava usar, nem de objetos caros que você comprou. Mas sem dúvida lembrará dos momentos que lhe fizeram sentir verdadeiramente viva. E essa memória lhe dará saudades e muito prazer em recordar. Viajar, conhecer um mundo diferente, culturas variadas dá essa sensação de vida com intensidade. Concordo com ela.

CAPÍTULO V – ESTADOS UNIDOS – 2015.


Além do Brasil Itália ParteIV

MARIA DILMA PONTE DE BRITO
ACADEMIA PARNAIBANA DE LETRAS APAL
PATRONO LÍVIO LOPES CASTELO BRANCO
1 º OCUPANTE HUMBERTO TELES MACHADO DE SOUSA

“Amo esse Brasil mesmo atrapalhado, confuso e errado. A gente fala, protesta nessa terra nada presta mas no fundo é infinita essa paixão pela pátria. Se a bandeira se levanta, lá vem um nó na garganta. Ouça meu país aqui baixinho qualquer perigo que corra, se for preciso que eu morra, eu morrerei por você”. Faço minhas as palavras de Djalma Andrade, professor carioca, conhecido como Bola Sete, autor da poesia “Brasil Atrapalhado”.

          Vai chegar a hora de falar sobre esse meu lindo e imenso Brasil, mas agora vamos continuar escrevendo além dele.

          VENEZA (ITÁLIA) – Outubro 2013. Em Veneza nos hospedamos no HOTEL MAGGIOR CONSIGLID – Fiquei encantada com tanta beleza. Conhecer essa cidade cheia de canais, pontes, palácios góticos renascentistas era o meu sonho. Esse desejo aumentou quando assisti a novela “Por Amor”. Ao ver Regina Duarte e Fagundes passeando de gondola entre os canais de uma forma tão romântica me fez pensar: um dia irei ver tudo isso in loco. E de fato aconteceu tudo igual, o passeio na gondola ainda foi com direito a música e tem duração em média de trinta minutos. Essa é uma atração turística bastante cobiçada na cidade dos canais. Muitas delas levam violonistas, saxofonistas para dar mais emoção. Os gondoleiros usam uniforme e geralmente chapéu. Não deu para reclamar de nada, foi só prazer. Digo isso porque já escutei críticas a respeito dos canais e do odor da água. De Veneza o destino foi Verona.

VERONA (ITÁLIA) – Outubro 2013. Cidade que fica ao norte da Itália. Ela é famosa por ter sido o cenário da peça Romeu e Julieta de Shakespeare. Visitamos a Casa de Julieta, um construção do século XIV. Vimos a janela onde o casal ficava namorando. Lá tem uma estátua de bronze de Julieta onde os turistas fazem fila para tocar no seu seio para ter sorte no amor, assim diz a lenda. Pelo sim pelo não eu toquei. Na cidade italiana também nos fizemos presente na Arena de Verona, um anfiteatro de estrutura antiga palco de lutas entre gladiadores. Atualmente é palco de apresentação artísticas, musicais e teatro. Dormimos nessa linda cidade italiana e no dia seguinte fomos para Milão.

MILÃO (ITÁLIA) – Outubro 2013. Milão é a capital da moda. É um lugar imponente com muitas atrações culturais, bons restaurantes e convidativa as compras. A cidade está repleta de boutiques de luxo e na semana da moda reúne estilista de todo mundo. Fiquei encantada com a Catedral de Milão. Sua fachada é de mármore e o piso de mosaico. Outra construção impactante é a Galleria Vittorio Emanuelle II, também conhecida como Salão de Milão. Data do século XIX (1865/1867) formada por dois arcos perpendiculares cobertos por uma abóbora de vidro e ferro, lindos vitrais e mosaicos abrigando lojas famosas e agradáveis restaurantes. Sua localização fica entre a Catedral e o Teatro Scala. As marcas Praga, Louis Vuitton, Gucci estão lá presentes dentre tantas outras famosas. Ao entorno das galerias pode-se provar da gostosa culinária da região com a presença de pizza, espaguete, nhoque e um bom vinho. Local agradabilíssimo. Enche os olhos com tanta beleza.

Na Parte V descreveremos a nossa estada na Suíça e na França. Estou gostando desse relato porque volto ao tempo recordando momentos inesquecíveis. Lembrando mais uma vez que o objetivo maior desse trabalho é resguardar a lembrança dessa viagem impedindo que ela se desfaça. Aqui “na nuvem” estará protegida.

Não sei o autor da frase: “Viajar primeiro te deixa sem palavras, depois te torna um contador de histórias”. É assim mesmo. Fiquei deslumbrada com tantas belezas e aprendizado depois passeia a partilhar com meus amigos lindas histórias e experiências além do Brasil. Contando histórias.

Além do Brasil-Itália-ParteIII

MARIA DILMA PONTE DE BRITO APAL
PATRONO LÍVIO LOPES CASTELO BRANCO
1º OCUPANTE HUMBERTO TELES MACHADO DE SOUSA

          Eu amo com fé e orgulho a terra em que nasci. Sei que não verei nenhum país como este. O céu, o mar, os rios, a floresta. A natureza está aqui perpetuamente em festa. Estou plagiando Olavo Bilac no seu poema “A Pátria”. Assim vejo o meu querido Brasil, exatamente como descrito pelo maior escritor do parnasianismo brasileiro.

          Tenho muito a escrever sobre o Brasil, mas vamos agora continuar o relato “Além do Brasil”. Estamos ainda na Itália no mês de outubro de 2013.

          POMPEIA (ITÁLIA) – Outubro 2013. Cidade do Império Romano que foi destruída pela erupção do Vulcão Vesúvio no ano de 79 e passou 1600 soterradas até ser descoberta por acaso. Visitar Pompeia é relembrar as aulas de história. O local foi declarado Patrimônio da Humanidade pelo UNESCO. O Sítio Arqueológico de Pompeia é um verdadeiro labirinto de ruínas. Circular nesse espaço observando a destruição provocada pelas chuvas pedras e gases vulcânicos que destruíram casas, ruas, deixando pessoas petrificadas ajoelhadas, abraçadas, outras tentando fugir, é ver in loco o que nos foi contado nos livros e pelos professores A visita ao local é uma viagem ao passado que nos dá a oportunidade de pisar o mesmo chão dos antigos e romanos e também foi uma oportunidade de ver o Vulcão Vesúvio, o único da Europa Continental a ter entrado em erupção nos últimos 100 anos.

          ILHA DE CAPRI – Outubro 2013 – De Pompeia para a Ilha da Capri fomos de barco e chegamos lá debaixo de muita chuva. Nada que impedisse os turistas circularem, fazendo compras, tirando fotos e apreciando aquela beleza ímpar. Capri é uma ilha do Golfo de Nápoles, cidade italiana. O local é frequentado por gente elegante, que também aprecia aquele mar esmeralda e frequenta os restaurantes finos e sofisticados. Fiquei encantada com a beleza e a exuberância do local. Saímos da Ilha no Funiculare uma espécie de trem que nos levou ao Porto de Nápoles para retornarmos ao barco e depois pegamos um ônibus até a Roma.

          FLORENÇA – Outubro 2013-  considerada o berço do renascimento italiano e uma das cidades mais bela do mundo. Terra de Dante Alighieri e com muitos museus, galerias e pontos turísticos emblemáticos. É maior cidade da região da Toscana, berço da arte e da arquitetura italiana. Passeando pelas ruas já é possível apreciar as lindas praças, edifícios históricos, monumentos, igrejas e palácios. Lá visitamos a Praça Michelangelo onde tem um mirante oferecendo uma bela vista da cidade e um monumento em homenagem ao maior criador da história da arte, Michelangelo. Na entrada da Galeria Dell´ Accademia tem várias obras de artistas italianos inclusive a estátua de David feita por Michelangelo sendo uma das mais conhecidas na arte universal. Fiquei encantada com esse espaço e registrei tudo com fotos.

       No mercado de Florença tem um famoso porquinho de bronze que na verdade é um javali, mas lá é chamado de “Porcellino” (porquinho), onde os turistas fazem fila para tocar no seu focinho porque diz a lenda que quem fizer isso fica rico. Eu toquei mas ainda não enriquei. Hans Christian Ardersen escritor dinamarquês autor de diversos contos de fada como o Patio Feio e a Pequena Sereia descreve também o Porquinho de Bronze em ocasião de sua passagem a Florença. Conhecemos a Catedral de Santa Maria del Fiore, a ponte de Vechio com a torre Piazza del Signoria.  Fotografei também a Ponte Velha, a Igreja de São Lourenço e outros pontos turísticos estão registrados no álbum da viagem. De Florença fomos para Veneza. Na próxima parte, a IV, falarei sobre nossa estada em Veneza, Verona e Milão.

          Diz um provérbio Chinês: “aquele que retorna de uma viagem não é mais o mesmo que partiu”. E é isso mesmo. Viajar é uma aprendizado, é uma experiência muito rica. E dou razão também ao autor da frase: “Viajar não é despesa, é investimento”.

A Fábrica de Laticínios e o Centro Cultural de Campinas

DIÁRIO

[A Fábrica de Laticínios e o Centro Cultural de Campinas]

Elmar Carvalho

22/11/2020

Confesso que, às vezes, sou mesmo meio hiperativo e, outras vezes, sou hiperativo e meio. Hoje foi um dos dias em que amanheci muito entusiasmado e ativo, e com a pá um tanto virada. De modo que acordei cedo, e já a partir das cinco horas comecei a escrever a crônica, que abaixo se vê.

 Talvez o embrião dela seja uma outra, que titulei Expedição ao Sertão Colonial, e, agora, é o seu estopim a forte perspectiva de restauração da Fábrica de Laticínios do Engenheiro Sampaio, com a subsequente instalação de um Centro Cultural da Fecomércio.  

O meu entusiasmo se deve à satisfação de concebê-la em meu cérebro e de escrevê-la, bem como o fato de que tenho fortes esperanças de que essa obra será realizada, por motivo que nela será exposto. Mas deixemos de tanta conversa e de tanto blá-blá-blá, e passemos à transcrição da aludida crônica, que passa a integrar este Diário.

A Fábrica de Laticínios e o Centro Cultural de Campinas

1

Há uns três meses atrás, Valdeci Cavalcante, dinâmico e empreendedor presidente da Fecomércio/PI, através de WhatsApp e telefonemas, me manifestou o seu interesse em restaurar a antiga Fábrica de Laticínios de Campos, hoje Campinas do Piauí, para nela instaurar um Centro Cultural, que prestaria relevantes serviços àquela região.

A fábrica de laticínios, sobre a qual prestarei breves informações mais adiante, foi fundada e instalada no final do século XIX, pelo engenheiro Antônio José de Sampaio, nascido na Fazenda Ininga, em José de Freitas. Por motivos diversos, o empreendimento funcionou apenas durante poucos anos, vindo a falir, no início do século XX.

Posteriormente, segundo informação que me foi repassada por Carlos Rubem, a fábrica e as terras teriam sido arrendadas pelo coronel Ângelo Acelino de Miranda, oriundo da região de São Raimundo Nonato, que administrou esse empreendimento entre os anos de 1917 e 1922, período em que a fábrica ainda teria funcionado.

O interventor federal Landri Sales Gonçalves, homem probo, exemplo de administrador público, operoso e dedicado, voltou a reativar essa indústria de laticínios, que se manteve em funcionamento, nessa terceira fase, também por um curto período. A seguir, o imponente prédio serviu para que nele funcionassem uma escola e serviço da Prefeitura Municipal.

Não sei se foram feitas algumas adaptações internas. Se foram, não percebi. Sei que quase todas as peças do maquinário, sobretudo as mais nobres, foram surrupiadas por diferentes administradores das antigas fazendas nacionais. O que importa dizer agora é que esse lindo e suntuoso prédio  hoje se encontra inservível, sem nenhum uso, em completo abandono, sujo, e em estado de ruínas. 

Após sua correta restauração, nos moldes exigidos pelo IPHAN, já que se trata de um edifício tombado, o Dr. Valdeci Cavalcante, através do Sistema Fecomércio/SESC/SENAC, nele pretende instalar, como disse acima, um Centro Cultural, no qual poderão ser criados vários espaços. O maior, poderia ser um pequeno cineteatro e/ou auditório; nos demais, após estudos e adaptações, poderão ser instalados um museu/memorial da própria fábrica, uma biblioteca e salas para cursos e oficinas, etc.

2

Para atender o presidente Valdeci, que me solicitara informações, recorri ao Carlos Rubem, que durante muitos anos, como cidadão e na qualidade de Promotor de Justiça, defendeu a restauração desse prédio, como uma espécie de novo Dom Quixote e profeta, a clamar no deserto da indiferença quase geral das chamadas autoridades competentes. O Carlos Rubem, com presteza e solicitude, me repassou as informações que tinha e outras que conseguiu instigado por mim. Incontinenti, as repassei ao solicitante.

Nesse ínterim veio o período eleitoral, que se somou às dificuldades causadas pela pandemia. As informações colhidas e sabidas pelo Carlos Rubem, que foi representante do Ministério Público na Comarca de Campinas, diziam que o imóvel, no qual se encontrava o prédio da antiga fábrica de laticínios, pertencia ao município de Campinas, por doação do Estado do Piauí.

Para que a Fecomércio possa fazer a restauração do prédio, com a subsequente criação e instalação do Centro Cultural, é necessário que o município lhe faça a cessão do direito real de uso.

Na segunda-feira, dia 16, o Valdeci Cavalcante, após conversar com o Dr. Felipe Mendes, ex-deputado federal e ex-vice-governador do Piauí (fora outros luminosos títulos que possui), sobre um outro assunto, lhe pediu o ajudasse a conseguir a cessão acima referida.

Felipe Mendes, meu confrade e do Valdeci na Academia Piauiense de Letras, lhe explicou que o prefeito eleito de Campinas, o médico Jomario Ferreira dos Santos, genro do ex-prefeito Alencar Moura, pessoa de sua amizade, era amigo de um seu sobrinho, residente em Simplício Mendes.

Dinâmico, interessado e experiente, fez de imediato os contatos necessários, e já na sexta-feira, cedo da manhã, em minha companhia, partiu para cumprir essa importante missão, no interesse da cultura e da promoção social e educativa da região de Campinas. Para encurtar a história, em Oeiras já nos aguardava o Carlos Rubem, que formaria conosco os três mosqueteiros dessa importante missão, uma espécie de embaixada do Sistema Fecomércio e de seu presidente, Valdeci Cavalcante, que conhece esse prédio desde a sua juventude, ainda nos idos de 1978.

3

A viagem não teve nenhum acidente e nenhum incidente digno de registro, a não ser duas ou três paradas previstas na logística, para merenda dos tripulantes e abastecimento do carro, de modo que um pouco antes de uma da tarde chegamos a Campinas. Fomos acolhidos pelo prefeito eleito Dr. Jomario e sua esposa Andrea Moura, pelo ex-prefeito Avelar Moura, pela vice-prefeita eleita Ana Maria, pelo vereador Ruy Costa, pelo professor Maivan Ibiapina e por Neta Gonçalves.

Apesar de certo cansaço e início de fome, fizemos questão de ver logo a sede do antigo laticínio e o seu entorno. O Dr. Felipe Mendes, que havia conversado dias antes com o diretor do IPHAN, logo reparou que uma construção e um “puxadinho” ficavam muito perto do prédio, o que lhe prejudicaria a visibilidade e mesmo as obras de construção de muro, estacionamento (se for o caso) e de restauração, bem como a visibilidade do edifício.

De imediato constatamos que o monumento da arquitetura piauiense se encontra excessivamente deteriorado, podendo ser tido como estando em estado de ruína. Mesmo assim, a gente pode sentir a imponência da obra de engenharia de Alfredo Modrach, a excelência dos tijolos e das telhas, dos detalhes e ornatos no contorno das portas, dos beirais, da fachada e da chaminé; esta foi feita com todo esmero, quase como se fora uma escultura moderna, devendo por isso mesmo ser preservada a qualquer custo. Ervas daninhas e mesmo arbustos já infestam a edificação e o seu entorno.

Em seguida, o nosso comandante Felipe Mendes tratou de expor ao prefeito eleito as exigências do IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e a necessidade de que o imóvel seja desmembrado e individualizado no registro cartorário, para que a cessão do direito real de uso possa ser feita de forma adequada. Eu e o Carlos Rubem coadjuvamos nessas tratativas, adicionando uma ou outra explicação. 

O que importa acrescentar é que o prefeito eleito ficou entusiasmado, e se comprometeu a adotar as providências necessárias tão logo tome posse de seu cargo. Em seguida, fomos nos refestelar e nos deliciar com um farto e variado almoço, na verdade um verdadeiro banquete, a que se seguiu uma não menos deliciosa sobremesa.

A missão foi documentada por algumas fotos, nas quais se percebe o estado de deterioração do imóvel a ser restaurado. Para dar um tom solene à missão e embaixada, após o almoço, discursamos o Dr. Felipe Mendes, o Dr. Carlos Rubem, este escriba, que fui proclamado escrivão da viagem missionária e diria cívica, já que os três mosqueteiros agimos por devoção e vocação, e o médico Jomario, prefeito eleito.

4

Felipe Mendes, com a sua larga experiência de professor do Curso de   Economia na UFPI, de secretário de estado da Fazenda e do Planejamento, além de deputado federal e vice-governador, fez uma rápida explanação das exigências do IPHAN, com relação ao entorno do prédio, da necessidade de requalificação e ressignificação da praça situada em frente, adaptando-a para as atividades do futuro Centro Cultural e da importância social e turística que ele terá, fazendo uma integração entre os dois espaços de beleza e fruição social. Enfim, além de explicações administrativas e técnicas, enfatizou a importância social e cultural da restauração do imóvel e de sua destinação a Centro Cultural da Fecomércio.

O Dr. Carlos Rubem, que foi Promotor de Justiça em Campinas do Piauí, discursou de modo lírico e telúrico, ressaltando as suas ligações sentimentais, afetivas e atávicas com a comunidade local. Falou, com simplicidade e verdade, de suas lutas antigas, de algumas décadas, desde o início de sua atuação no Ministério Público, quando empreendeu campanhas pela conservação e restauração da vetusta sede da fábrica, bem como pela divulgação de sua importância histórica e arquitetônica. Eu mesmo posso dar o meu testemunho de que ele muito se empenhou para que esse prédio se mantivesse de pé, como ainda se encontra, a despeito de toda desídia e descaso do Poder Público, embora um tanto trôpego, cheio de estrias e achaques, e algo capenga. E esse trabalho rendeu os frutos que agora começa a render.

Em minha fala, ressaltei que o magnífico prédio da vetusta Fábrica de Laticínios do engenheiro Antônio José de Sampaio, há muitos anos de fogo morto, e hoje quase transformado em escombros, era um símbolo da história do Piauí, porque o seu imóvel e o seu gado remontavam aos tempos coloniais da Casa da Torre da Bahia, depois aos Jesuítas, tendo posteriormente passado a integrar as fazendas reais e em seguida as nacionais, com o advento da República, para, enfim, passar ao domínio estadual, e recentemente se tornarem do município; já então não havia gado e as peças valiosas do maquinário haviam sido desviadas, para não usar um outro vocábulo.

Disse que era uma obra arquitetônica de portentosa beleza, construída com esmero, com fino acabamento e detalhes ornamentais, e que por essa razão era uma obra de arte em si mesma, podendo ser considerada um dos mais notáveis marcos da arquitetura piauiense. E que, por haver abrigado uma fábrica montada com os mais modernos maquinários e equipamentos da época, trazidos da Europa, através do oceano e do rio Parnaíba até a cidade de Floriano, é também um símbolo da industrialização piauiense.

Acrescentei que só o transporte dessas pesadas peças e equipamentos,  através de estradas e picadas em terra nua, em carros de bois ou em lombos de animais, de Floriano para Campinas, fora uma verdadeira epopeia, que daria um filme épico. Finalizando, disse que tinha muita confiança de que a obra de restauração seria realizada, porque o Dr. Valdeci Cavalcante tem o hábito de cumprir as suas promessas. E citei algumas de suas obras mais notáveis e recentes.

Coroando a parte solene, falou o prefeito eleito, Dr. Jomario Ferreira dos Santos, reiterando o seu desejo em fazer a cessão do direito real de uso do imóvel em favor da Fecomércio, e que fará todo o possível para que as exigências do IPHAN sejam atendidas, e, assim, essa importante obra possa ser realizada da melhor forma possível. 

Além do Brasil- Itália-Parte II

MARIA DILMA PONTE DE BRITO
ACADEMIA PARNAIBANA DE LETRAS APAL
PATRONO LÍVIO LOPES CASTELO BRANCO
1º OCUPANTE HUMBERTO TELES DE SOUSA

        O Brasil é um pedacinho de céu. É a terra de Nosso Senhor. Também do samba e pandeiro. É uma terra boa e gostosa. País tropical abençoado por Deus. Pretendo desbravá-lo mais e mais. Qualquer dia vou dedicar minhas escritas a esse terra querida filha do sol do equador. Mas hoje vou dar continuidade ao texto Além do Brasil.

          Gosto de trabalhar e viajar. O trabalho enche o bolso, a viagem enche a alma, assim dizem por aí, eu concordo. Vi também uma frase que me agradou: as pessoas não fazem viagens, as viagens que fazem as pessoas.

          Pois bem, no dia 04 outubro de 2013, eu e meu esposo acompanhados de um grupo de amigos saímos de Parnaíba com destino a Fortaleza para iniciar a viagem com destino a quatro países: Portugal, Itália, Suíça e França. Em Portugal foi só uma passagem.

          ROMA (ITÁLIA) – Outubro 2013. Chegamos na capital italiana pelo voo da TAP e ficamos hospedados no Grand Hotel Fleming. Roma é uma cidade de uma história e arquitetura fantástica. Nossa primeira saída foi para conhecer a Praça Navona. Local agradabilíssimo com muitos restaurantes, galerias, lojas e lá fica o Museo di Roma. No dia seguinte fizemos um tour conhecendo os postais da capital italiana, passando pelo Rio Tibre, avenidas dos Faraós e outros lindos pontos turísticos.

Praça Navona (Piazza Navonna) – é um local imperdível. Nesse espaço encontramos a Embaixada Brasileira na Itália, a Igreja Sant’Agnese e o Palácio Torres Massimo Lancellotti, muitos cafés, monumentos e restaurantes. O espaço também é palco de cenário de filmes e grande agitação de artistas de ruas, cantores, mágicos e dançarinos.

        Coliseu – fiquei encantada em visitar o Coliseu. É um dos monumentos mais famosos do mundo e o maior anfiteatro já construído. Serviu de palco para grandes competições desde os gladiadores com suas espadas até lutas dos animais. Sua existência data de 80 d.C. Convém lembrar que sua construção foi feita somente com concreto e areia e está ele em pé, fotografado e admirado pelos turistas representando uma das sete maravilhas do mundo.

          Vaticano – o Vaticano é o centro da fé católica e uma cidade-estado, independente. Costuma-se dizer que é um outro país dentro de Roma. Muitas belezas são vistas nesse espaço como por exemplo a Capela Sistina de Michelangelo, a Basílica e a Praça de São Pedro.

     A Capela Sistina é uma das mais belas atrações do Vaticano. Michelangelo passou quatro anos para concluir sua obra de arte (1508/1512). Não é possível exprimir com palavras o tamanho da arte e da beleza que ela encerra. É pela chaminé da Capela Sistina que sai a fumaça anunciando a escolha do Papa em caso de substituição. Registramos nossa presença no local com várias fotos e admiro sempre que posso.

          A Basílica de São Pedro é um dos locais mais visitados pelos turistas. É uma Igreja do estilo renascentista. Na Praça da Igreja estátuas de São Pedro e São Paulo com mais de cinco metros embelezam o local. Espaço de muita fé e santidade. Vimos onde o Papa celebra missas, rezamos e admiramos tamanha grandeza. Visitar o Vaticano é viajar pelo contexto histórico e cultural e religioso.

          Fontana de Trevi – é a maior e a mais famosa fonte de Roma. Tem vinte e seis metros de altura e vinte de largura. Data de 1730 e seu estilo é meio barroco e clássico. Ao centro da fonte vê-se a estátua de Netuno, o Deus do mar. Duas outras estátuas a esquerda e a direita de Netuno representam a saúde e a fertilidade. Os turistas que lá frequentam cumprem o que diz a lenda:  se ficar de costa e jogar uma moeda na fonte, terá o regresso a Roma garantido. Se jogar duas moedas vai ficar apaixonado (a) por um italiano ou italiana. E se jogar três o casamento com o namorado ou namorada será realizado. Eu joguei uma. Dizem que a noite as moedas são retiradas e dadas aos necessitados. O filme La Dolce Vita, 1960 teve cena gravada usando a fonte como cenário. Nas proximidades da fonte encontramos lojinhas de souvenir, restaurantes e a Igreja San Vicenza e Anatasio de linda arquitetura.

A arquitetura da Roma antiga é caracterizada pela solidez, arcos, tetos curvos, fontes, obeliscos, pontes, templos tudo muito belo e nos álbuns de fotos dessa viagem estão registrados essas belezas.

  No próximo capítulo continuaremos na Itália, mais precisamente falaremos de uma cidade de Império Romano que a 79 dC foi soterrada pelas cinzas do Vulcão Vesúvio. Em 1599 por ocasião da escavação de canal subterrâneo ela foi descoberta. Estamos falando da cidade de Pompéia.

No momento que descrevo esse passeio vou recordando com muita alegria. Fico feliz em fazer esse registro para a segurança dessas lembranças que ficarão “na nuvem”, livre de serem destruídas. É esse o objetivo desse texto, além de partilhar com os amigos esses dias agradáveis. Registrar é importante para não ficar perdido no tempo. As fotografias se apagam, os diários estão sujeitos ao desgaste do tempo, mofo, traças e aqui on line eles estarão seguros.

Viajar é preciso. São semanas, dias, momentos que valem muito. Alguém disse que: “Existem momentos que duram segundos, mas deixam lembranças para toda vida”, assim é uma viagem.

ALÉM DO BRASIL – PARTE I

MARIA DILMA PONTE DE BRITO
ACADEMIA PARNAIBANA DE LETRAS APAL
PATRONO LÍVIO LOPES CASTELO BRANCO
1º OCUPANTE HUMBERTO TELES MACHADO DE SOUSA

O Brasil é um país tropical abençoado por Deus e bonito por natureza, como dizia Jorge Bem Jor. Quem é daqui gosto de reclamar mas quem vem de fora quer ficar. Rico de belezas naturais, de potencial energético e agrícola, tem um carnaval único, um futebol de craques, povo hospitaleiro e animado. Aqui o nosso céu tem mais estrelas e o sol mais esplendor. A mão de Deus abençoou.

Das vinte e sete unidades federativas, conheço vinte e uma e cada qual tem seus encantos, suas belezas e suas maravilhas. Está na minha agenda conhecer o Acre, Rondônia, Tocantins, Roraima, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso para fechar o território brasileiro.

Pretendo fazer um relato das minhas aventuras por esse Brasil a fora, mas nesse texto, vou além do meu torrão verde e amarelo, recordando viagens que fiz fora dele. Foram bons momento que merecem uma retrospectiva.   

         BUENOS AYRES (ARGENTINA) – Janeiro 2007. Essa foi uma viagem familiar. Quatro irmão com seus respectivos pares. Nos divertimos bastante e visitamos muitos pontos turísticos. 

A Casa Rosada sede da Presidência da Argentina nessa época estava em reforma, mesmo assim registramos com fotografias nossa presença no local e também na Plaza de Mayo que fica no coração político de Buenos Ayres. Lá é o palco das manifestações, inclusive das mães que tiveram seus filhos assassinados ou desaparecidos durante a ditadura militar 1976 a 1983. Encontramos na praça duas parnaibanas: a professora Maria do Rosário Pessoa (confreira/APAL) e a advogada Maria das Graças Quixadá (in memoriam) fazendo turismo como nós. Quanto alegria!

Amei a rua-museu a céu aberto Carminito com uma variedade de souvenis, música e muita animação no local. Passeamos pelas ruas do Puerdo Madero, visitamos o estádio Boca Junior, o Cemitério Recoleta e o túmulo de Evita Peron. Oramos agradecendo os bons momentos na Basílica da Nuestra Senora do Pilar. Evidente que aparecíamos as belezas do tango no Senor Tango, passamos momentos agradáveis na estancia Susana deliciando a culinária argentina e observando os costumes local. O luxuoso Cassino Flutuante Puerto Madeiro é um lugar imperdível, fica a margem do rio da Plata, cartão postal da cidade. E como não podia deixar de ser jogamos para completar a visita.

No álbum de fotografias encontrei ainda nossos presenças no Obelisco 9 de julho, nas Galerias Pacíficos, no Café Victória e em outros pontos turísticos da cidade.   

          MONTEVIDÉU (URUGUAI) – Dezembro 2011. Chegamos na capital Uruguaiana quase véspera da virada do ano. Na noite de 30 de dezembro desembarcamos no Aeroporto de Carrasco por volta das 23.00horas. A cidade é agradabilíssima. Está localizada as margens do Rio De La Plata e tem excelente qualidade de vida.

Meu esposo e eu ficamos hóspede do Balmoral Plaza Hotel. Na manhã seguinte visitamos alguns pontos turísticos da cidade e almoçamos no shopping Punta Carretas. Na parte da tarde nos encontramos com o grupo de parnaibanos amigos que já se encontravam lá e fizemos um tour, passando pela Praça da Independência, o Palácio Legislativo, Teatro Solis, Estádio Centenário, Monumento La Carretona, Monumento aos Constituintes e outros cartões postais da cidade.

Retornamos ao hotel. A noite tínhamos compromisso com a festa da virada do ano, o Réveillon. Convém frisar que os costumes do último dia do ano em Montevidéu tem suas peculiaridades. As ruas ficam cheias de papel picados jogados pelas janelas dos prédios uma forma de se despedir do ano velho. O 31 de dezembro é um dia atípico porque os taxistas não trabalham dificultando a locomoção dos turistas.

Passamos a mudança de ano Sheraton Montevidéu Hotel. Ambiente decorado para ceia que foi previamente organizada para um número determinados de pessoas e tudo estava fino e elegante. O cardápio variado e servido de tempo em tempo com valor já incluso no ato da reserva, assim como também quatro shows apresentados enquanto se esperava o 2012 que foi recebida com fogos, champanhe e muita alegria.

Depois ceia, carnaval, brindes e muita comemoração. Os parnaibanos se confraternizaram com entusiasmo e curtiram cada momento dessa noite clamorosa. No outro dia fomos conhecer a Colônia do Sacramento, Patrimônio Cultural da Humanidade. Curtimos ainda a noite com os amigos e no dia seguinte fomos para Punta Del Este, fazendo antes uma parada em Piriápolis. Cidade praiana simpática e elegante com muitos atrativos, porto, cassinos, etc.

Punta Del Este está entre os dez balneários de luxo mais famosos do mundo. Agrada também os turistas pelas suas gastronomia e me fez lembrar a Pedra do Sal porque também tem dois tipos de praia a banhada pelo oceano e a banhada pelo Rio De La Plata.

O famoso monumento do “Los Dedos” é um ponto muito visitado e fotografado. É uma escultura do artista plástico chinelo Mário Irrazabal projetado em 1982, símbolo do local. Representa o homem surgindo para a vida. Lá visitamos o Casino Conrad com seus grandiosos atrativos.

Retornamos desse maravilhoso passeio ao final da tarde em tempo de participarmos do Show El Milongor que reúne, folclore, tango e musical. Visitamos museus, feira de antiguidade, igrejas, etc. A viagem foi maravilhosa, Montevidéu é um lugar lindo, agradável, de boa comunicação e de custo de vida razoável.

Algumas curiosidades sobre Montevidéu. Os táxis eram de cor preta e havia um blindex separando o motorista do passageiro o que dificultava a comunicação. O ideal para o tempo de pandemia como estamos passando agora. Outra coisa interessante é que circulam muitos carros antigos de modelos excêntricos na capital. Observei ainda vários cemitérios de carros sucateados pelas ruas e principalmente na Colunia Zuiza do Uruguai. Na estrada que leva para Punta Del Leste também se vê bastante. Por outro lado vimos alguns modelos modernos e diferentes para dois passageiros. Lá o sol só se põe depois das 19.00horas, os dias ficam mais longos. A população dos idosos é considerável e demonstram qualidade de vida circulando nas praias, nos shoppings com muita destreza. As divisões territoriais no Uruguai são chamados de departamentos assim como no Brasil são os estados.

  Retornamos no 04 de janeiro de 2012 com as energias recarregada após um excelente início de ano.  Viajar é preciso. Dizem que “viajar é trocar a roupada alma”. E outros recomendam: “Não guarde rancor e sim dinheiro para viajar”. E tem ainda quem diga e eu concordo que: “melhor que viajar e conhecer novos lugares e poder compartilhar estes grandes momentos com os amigos”.    

O objetivo também desse relato é deixar registrado esses momentos de forma segura, salvo de insetos, cupins por exemplo. A memória também falha e aqui ele está guardado, resguardado até de um vírus no computador porque está on line.   

PORTUGAL (LISBOA), ITÁLIA (ROMA, VENEZA, MILÃO, FLORENÇA, VERONA), SUÍÇA (LUCERNA E ZURIQUE), FRANÇA (PARIS) – Outubro de 2013 – Próximo capítulo. Aguardem.

MENTE

MENTE

a mente
    é semente
                      é
                    luz
                            é
                       luxo
                   que
                reluz
No luxento
     espaço onde
           brilha
               a
         poesia

POESIA(CONCRETA):

MENTE
Wilton Porto42Wilton Porto

CONSCIÊNCIA NEGRA

CONSCIÊNCIA NEGRA
Wilton Porto

Tu que no passado foste picareta, enchada.
Que a chuva de alegria eram as lágrimas plangente,
que por maldade do senhor: chicote e pancada,
não é a cor da pele que diferencia a gente!

Teus ombros foram as pilastras da riqueza do no mundo.
E o saber, a fortuna que abriu o portal da nossa mesa rude.
No entanto, com a ganância, a altivez, a prepotência, o ideal imundo,
Se fazia deus – achando que por ser branco, era a Luz e a voz da negritude.

Que belo exemplo exposto – falsa atitude!
que anojenta o mundo da moral.
O senhor que a história alude,
por ele, riqueza, nem uma partícula de sal!