Inúmeros quilômetros pra trás Enquanto tragédias são esquecidas Ao menos é o que se tenta Mas quase sempre em vão
Nesta terra de ninguém Onde sanidade é luxo A poeira e o medo é o que predominam Pois as preces de outrora não mais funcionam
O que fazer?
Num mundo caótico dominado pela violência Ser louco talvez seja a solução (ou quem sabe, vai saber!) A fina e cruel diferença entre conseguir viver (por uns dias) Ou morrer (na mesma hora, ou em ingratos segundos)
Enquanto o sangue é retirado (sem o uso da misericórdia) As memórias seguem como finas agulhas (a espetar sem aviso) As horas, mais que trágicas, parecem nunca mais passar No que ouço uma guitarra insana a tocar no meu ouvido
E vejo
Mãos erguidas e sedentas em busca de salvação À procura da água, do pão, na busca de entender, ao menos Como ficamos assim, como tal ponto foi alcançado Da exaltação de tão poucos em detrimento da maioria (ou sempre foi assim?)
A raiva da corrente, que cresce, à medida que a morfina se esvai Acaba levando à fuga, que resulta na vingança (ou à justiça, como quiseres) E o combustível então se mistura ao fogo, criando bela paisagem Ao menos para os que se deliciam com essa arte equilibradamente caótica
A lágrima no olhar Devidamente contida (ou nem tanto) Enquanto as emoções colidem, assim, sem qualquer aviso Levando a um mundo em desequilíbrio (difícil de suportar) E o que sobra é a tristeza, nascida, alimentada e treinada pelo caos
A inocência, reduzida a fragmentos sem um pingo sequer de esperança Complicados o bastante para uma possível reconstrução Se não fosse a ação do Tempo, o dom que esse eterno possui De quase sempre curar, desde as mais clássicas feridas Até as mais recentes e infantis (inevitáveis) decepções
E de um momento desagradavelmente melancólico Somos resgatados para um universo de cores, sabores e canções Onde o sorriso, mesmo aquele mais encabulado, é lei (e contagia) Onde tudo que já deu certo e que já foi superado, é revisto Desde um abraço inesperado até a vitória, das surreais, a mais
Sentimentos em harmonia, selando a paz (muito bem vinda) Entre o que se pensa e o que se é atingido, em termos de coração Levando ao entendimento, que ninguém é só, que ninguém se faz só Enfeitado de orgulho, vaidade ou qualquer (e tola) manifestação do ego É de “um do outro” que se faz, que se vive, esta vida, tão lindamente incerta.
A música me embala mais uma vez ao teu encontro (e sinto) Como se fosse real, você, perto de mim…
As flores, as flores mais lindas nos cobrem Como que nos protegendo, e ao mesmo tempo Exalando o perfume que torna eterno… O sentimento.
A tua voz, que faço de conta ouvir…
É tão bela… Sussurra trechos de esperança em meio à melodia que me governa…
Movendo os dedos pelo teu corpo distante Chego a quase senti-lo junto ao meu (quem dera)
E de repente: tudo é incêndio, dentro de mim…
Chego a sentir o teu gosto, pelos teus lábios Agindo como doce morfina, aliviando as lágrimas que insistem em cair…
Os teus olhos, eles me encaram
Dizendo que o tempo não importa Quando falamos de um amor, que supera as horas
E meses, e anos…
O pedaço do teu coração está aqui, (tu guardas o meu) Eu o abraço forte nesse momento em que a saudade parece que vai me destruir, Como tantas vezes tentou… Mas ela, a saudade, é nada
Quando eu era criança, um dos momentos de ecanto, doçura e emoção inigualáveis, era quando eu participava das Celebrações Eucarísticas. Cada gesto, as belas homilias, as novenas com as músicas inesquecíveis… Na madrugada, eu virava anjo, pois voava sem ter asas. O Céu era o meu deserto, a minha liberdade, o meu contemplar de cada palavra de vida, q saía da Boca de Cristo, pela boca dos Evangelistas, e repetida pelos padres. “Toda vez que comeres deste Pão, toda vez q beberes deste Cálice, recordamos a Paixão de Jesus Cristo e ficamos esperando a Sua volta”. Enquanto eu voava, a voz soava em minha mente. “A tumba está vazia…” “Ide por todo mundo e pregai o Evangelho, batizando, curando os doentes e libertando os demônios das criaturas”. Eu cresci. Mergulhei no mar da água viva. Ouvi o ecoar da Voz do Mestre, falando à samaritana, no Poço de Jacó: “Se beberdes da água q vos darei. Nunca mais tereis sede”. Diante do Altar-mo, estou eu. Segurando a Partícula, repito: “
“Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo…” A emoção não se explica, se vive.
* Wilton Porto – cadeira 34 – Patrono: João Maria Marques Basto
Zuleide morava no Curre e lavava a roupa de alguns ricos da Parnaíba que residiam no centro da cidade. Os Correia, os Mavignier, os Pires, os Rodrigues, Athaydes, todos da Praça de Santo Antônio e imediações.
Nessa época não existia ainda água encanada na cidade e a água utilizada para os serviços domésticos e às vezes até para se beber, provinha de poços artesianos construídos nos quintais das residências ou então compradas dos apanhadores no Rio Igaraçu e transportada em ancoretas nos lombos de jumentos ou burros.
Na sua ida para o centro, passava no açougue do Pedro Oião e encomendava vísceras ou costela de boi para quando voltar no final da tarde, pagar, levar para casa o que seria o almoço do dia seguinte. As reses para a venda nos açougues eram abatidas no meio da tarde.
Geralmente quando não terminava o serviço no mesmo dia arrumava a roupa formando uma grande trouxa e levava para concluir em casa. Passar o ferro ou continuar a lavagem, pois de onde morava não era longe do rio e também já possuía um poço no seu quintal.
Nesse serviço era auxiliado pelo seu neto Rodiney, um menino de 10 anos, mas já bastante taludo. Dizia ele que era forte assim, só de chupar o corredor do boi para comer o tutano que dava sustança.
O caminho de dona Zuleide era sempre o mesmo: cruzava a avenida Cel. Lucas, seguia pela Rua Desembargador Sales, passava na casa do seu João, um amigo conhecido, tomava um cafezinho, bebia um copo d’água e então seguia ao seu destino cruzando a Avenida Capitão Claro, pegava a rua em frente ao Cemitério da Igualdade e prosseguia até chegar seu destino, ou seja, a Praça de Santo Antônio. A volta era pelo mesmo caminho.
Certo dia Rodiney não acompanhou dona Zuleide e ela teve que voltar sozinha, com uma trouxa de roupas bem grande e mais pesada. O menino tinha se empapado com tutanos de boi e adoeceu da barriga.
Apesar de ainda ser uma mulher nova, cansou um pouco com o peso dessa trouxa. Teria que parar em algum lugar para descansar um pouco e restabelecer as forças.
Durante o trajeto, era comum encontrar pessoas conversando na calçada em frente ao cemitério. Ela as cumprimentava, era correspondida e seguia seu destino. Nesse dia, dois senhores bem vestidos estavam a conversar.
Zuleide coloca as trouxas no chão, deu boa tarde aos senhores e ficou um bom tempo escutando a conversa animada dos dois. Quando já sentia-se restabelecida fala para o que estava mais próximo dela: “moço, me ajude a botar essa trouxa na cabeça”, ao que ele respondeu: “eu não posso, estou muito fraco, pois morri de caganeira. Peça pra esse aí que morreu de repente…”
Antonio Gallas – cadeira nº 35 – Patrono Dom Paulo Hipólito de Sousa Libório
MARIA DILMA PONTE DE BRITO ACADEMIA PARNAIBANA DE LETRAS APAL CADEIRA 28 PATRONO LÍVIO LOPES CASTELO BRANCO 1 º OCUPANTE HUBERTO TELES MACHADO DE SOUSA
Fazia tempo que não me encontrava com Mafalda. Uns seis meses mais ou menos.
– Oi amiga, que saudade! Bom lhe ver depois de tanto tempo. E que surpresa boa, não sabia que você estava esperando bebê.
– E não estou. Na verdade engordei além da conta.
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Depois que Anastásia ficou viúva não tinha me encontrado com ela. E um dia shopping depois de dois anos de sua viuvez a vi acompanhada.
– Nossa! Finalmente nos encontramos. Parece que foi ontem que o Antônio seu esposo faleceu. Esse é o Pedrinho seu filho que vi pequeno? Está um rapazinho.
– Não. Esse é o meu atual esposo.
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Liguei para Madalena no dia seguinte de seu aniversário para parabenizar pela a festa maravilhosa.
– Querida seu aniversário foi perfeito. A música estava ótima e o buffet excelente. Tudo gostoso e farto.
– Obrigada amiga, eu também amei. Ganhei tantos presentes e gostei de todos. Só não de uma blusa azul, grandona e de muito mau gosto.
– Fui eu que lhe dei.
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No WhatsApp as amigas trocavam figurinhas já que não tinham tempo para se encontrarem.
– Amiga ainda não pude fazer a sua visita de casamento. Preciso conhecer seu esposo.
– Marque o dia que estaremos lhe esperando com muito prazer. E você como está?
– Ah! eu troquei de emprego. Estou trabalhando agora na empresa Solux. O meu chefe é o Mário, um gato. Convidou-me para almoçar com ele amanhã. Estamos ficando.
– O meu marido tem esse nome e trabalha nessa mesma firma.
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As mães se encontram e começam a falar sobre os filhos.
– As crianças vão bem na escola?
– Ah! Sim. Vão muito bem. Com exceção de Juninho que mudou de Colégio. Está agora na Colégio Status. Não suporta a professora de História. É insegura, pedante, não sabe de nada e exige muito.
– Eu sou a professora de História do Colégio Status.
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O supermercado estava lotado. A criatura mostrava-se irritada porque a fila não andava. O gerente aproximou-se da pessoa com muita delicadeza e informou: aquela fila é para prioridades. Você será rapidamente atendida.
– Você está me chamando de velha? Tenho pouco mais de cinquenta anos.
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E na festa da Igreja as amigas avaliavam os trabalhos. Tudo bem organizado, as barraquinhas deram lucro, as comidas gostosas. E a Fabíola comenta:
– Só não estava bom o vatapá que foi servido no sábado. Estava salgado e muito ruim.
– Pois foi feito por mim, responde a Laura. E recebi elogios.
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Na época de campanha eleitoral ninguém gosta das propagandas políticas na televisão. A Isaurinha comenta:
– Tem cada vereador que nem falar sabe. O Clodomir de número XBXBSSS é um deles. Promete o que não vai cumprir e comprar voto é com ele mesmo. Até a fala dele é chata.
E se todos os teus sonhos dependessem de um alguém que um dia vai retornar?
Incerta é a vida… Cheia de armadilhas, tropeços e desvios.
De espera: espera por um alguém, espera por um sorriso, por um alento, por uma notícia, por um destino, um milagre…
Vivemos a esperar, sem nem ao menos saber, quando as nossas respostas virão (e como virão). E a partir daí, passamos a construir, as nossas histórias: de tijolo e memórias… Certos que um dia, um belo dia, tudo fará sentido, e poderemos então suspirar, tranquilos e contentes, deitados em nossas redes de estimação e, claro, ao lado de quem nós mais amamos.
Tive o doce privilégio, nos últimos dias, de mergulhar no mundo sensível e psicológico que é a escrita do amigo Pádua Marques (O Padinha), em sua obra ainda inédita: Joana e seus filhos – uma verdadeira amostra do que é vida, e toda a bela angústia que ela nos traz. O enredo: Uma partida, sem data para o regresso. Um pai de família, que desaba pelo mundo à procura de uma vida melhor, deixando esposa e filhos, a aguardar o seu retorno, em meio a toda dificuldade, dúvida e tristeza, que uma saudade pode trazer.
E a vida não é assim?
Uma história que nos prende, do inicio ao final. Que nos remexe, que nos envolve, que cutuca com força os cantos mais protegidos de nossas mentes, de tal forma que a entrega se faz, por assim dizer, total e inevitável.
O livro Joana e seus filhos é leitura obrigatória para quem trabalha com o sentimento, ou para quem vive a realidade, sonhando que um dia ela se torne o sonho, que você sempre quis e pensou… Mas tenho que advertir, caro leitor, cuidado com o que você sonha!
Vencer não é necessariamente ganhar. Já dizia o clássico Balboa! Trata-se de quanto você aguenta as pancadas que a vida lhe oferece, sempre seguindo em frente e mantendo a integridade. Para vencer na vida, é preciso, antes de tudo, ter personalidade! Lutar pelo que acredita, cuidar dos seus, brigar quando preciso, não aceitar qualquer argumento, mas sim, os argumentos que realmente possam te adicionar algo de valor, ou ao menos aqueles que te façam refletir…
Marciano Gualberto é mais ou menos assim, uma pessoa que persegue os desejos, enfrentando as dificuldades e ainda consegue sorrir, mesmo com todo o peso abstrato da existência. Ele se esforça, pois sabe que a vida não é apenas cor e canção. Sabe o que é perder, e é justamente por isso que valoriza até mesmo os pequenos detalhes e instantes de vitória. Ele costuma proteger os mais próximos e tenta fazer com eles sejam mais felizes, pois desta forma, ele também estará, mesmo no mais cinzento dos dias.
Os seus ideais são a fortaleza que o fazem seguir em frente, mesmo que tenha às vezes que mudar de rota devido aos inúmeros precipícios ou armadilhas instaladas, mas que com a sabedoria e a persistência inerentes a este ser, essas armadilhas são evitadas e os precipícios se tornam nada, pois dependendo do dia, é capaz dele até voar de encontro aos sonhos e conquistas a realizar.
Gualberto possui uma grandeza no coração, contida, muitas vezes, para que a sociedade, geralmente hostil e cruel, não se aproveite e o tente quebrar… E foram tantas vezes! No rosto, a pintura invisivelmente percebida ao mesmo tempo em carregar um escudo para se proteger das inúmeras pancadas. Mas sem se deixar perder… Até mesmo quando da corda bamba! Por isso mesmo não é todo mundo que esse cara deixa que faça parte de sua vida. E isso não é dizer que ele seja esnobe ou algo assim…. Ele apenas costuma ter cautela, pois sabe muito bem que máscaras existem… E muitas vezes o que reside por trás da fantasia de “eu amo o planeta” é algo que assustaria até mesmo ele, que muito já presenciou de podre e maldito nas pessoas. Porém, se ele enxerga sinceridade, se ele nota que a pessoa tem autenticidade, ele chama pra perto, tem como amigo e defenderá até a morte.
A obra que você, caro leitor, terá nas mãos muito em breve, consiste no resultado de toda essa vivência, em meio às dores e turbulências, mas também é consequência de amores e gratas experiências que ele, Marciano Gualberto Andrade Nascimento Junior, historiador, professor e escritor, mas antes de tudo, sensível, pôde experimentar nestes seus 20 e poucos anos de idade, mas que apesar de ainda jovem, possui grande capacidade, no que condiz ao intelecto e tudo o mais que envolva os aprendizados dos quais passamos em meio às nossas mais que tortuosas e tenebrosas jornadas.
Em “Luz Negra na Escuridão Branca” o poeta emite uma crítica voraz contra o mal que ainda hoje perdura, embora de forma mais velada, que é o racismo; no poema “Leito” fala sobre dor de ser sensível em meio a um mundo cada vez mais congelado; já em “Amor de Mãe” e “Dona Baiana” ele demonstra gratidão, tão importante para a construção de um caráter; o escritor também homenageia suas inspirações, a citar, em “Amor Nietzscheano”, “Amadeo Modigliani”, “March Bloch”, “Torquato”, “Deleuze”, “Luiz Gama”; em “Tenebrosa Insônia”, “Surtos da Alma”, “Orquestra dos Sentidos” Gualberto demonstra todo seu poder de resiliência e positividade, mesmo em meio ao caos e destruição; em “Plenitude Marginal”, dispara sua metralhadora carregada de tinta para uma sociedade cada vez mais cruel e hipócrita; “Engenhos da Alma” e “Espaço, memória e etnia” são bons exemplos do que pode surgir do casamento com a história e a literatura; em “Dores da Existência”, Gualberto crava sua espada de Guerreiro dos Sentidos nos causadores dos problemas sociais de nossa nação; seu lado romântico também é exposto em “Transcendência da Cabocla, “Boemia dos Seres”, “Semente”, dentre outras; e obviamente, não poderia deixar de citar a fé de Gualberto, que, inclusive, está estampada no título da obra mesclada às lutas da sobrevivência, em poemas – orações como “Kiuá Mutalambô”, “Sorriso de Lótus” e “Nguzu (Força)”.
Porém é “Vermes Desgraçados” que mais sintetiza o seu poder de análise e crítica social, no que ao mesmo tempo é um golpe certeiro nos que se acham ou quase se dizem Reis (Kings), como ao mesmo tempo traz a mais alta das positividades, quando do seu trecho final e apoteótico, que é com ele que encerro por aqui este breve e humilde prefácio, ao dizer… Ou melhor, ao gritar:
MARIA DILMA PONTE DE BRITO ACADEMIA PARNAIBANA DE LETRAS APAL – CADEIRA 28 PATRONO LÍVIO LOPES CASTELO BRANCO 1 º OCUPANTE HUMBERTO TELES MACHADO DE SOUSA
Hoje tirei um tempo para cuidar de meu escritório. Primeiro muni-me de flanela, lustra móveis, cesto para lixo e fui limpando tudo devagarinho. Reorganizando as prateleiras com livros de escritores piauienses, outras com meus autores prediletos, mais uma com livros didáticos e fui ordenando álbuns de fotografias e caixas com jornais. Rasguei blocos com anotações sem importância, joguei fora canetas que não mais escreviam, abasteci o grampeador, substitui o durex que já tinha acabado e dei uma pausa para descansar.
Sentei na cadeira giratória que por sinal é muito confortável e rodopiei para direita, depois para esquerda, avaliando o trabalho que já havia feito. A lixeira estava quase vazia. Não tive coragem de jogar fora muitas coisas, mesmo sabendo que na minha ausência definitiva parte de tudo que guardo nesse meu precioso canto será doado ou pior ainda, vai para o entulho.
Tem livros que não gosto de emprestar. São verdadeiras relíquias que se alguém me pergunto se tenho, nego. Na minha falta ninguém dará a ele o valor que estimo. E me indaguei: o que será feito de tantas fotos?
Ai fiquei valorizando a importância dos arquivos virtuais. Se eu ainda tivesse revelando e pondo em álbuns todas as fotos que tirei nos dois últimos anos não teria mais espaço nas minhas prateleiras. Até porque hoje são tiradas muitos fotos, não nos contentamos com quatro ou cinco, já que não precisamos de filmes e nem de revelação.
A mesma coisa pensei em relação aos jornais. Hoje são todos on-line. Se alguém quiser guardar é só abrir uma pasta no computador. E sabe o que encontrei também nessa arrumação? Uma pasta com contra cheques do tempo que fui bancária e outros também da Universidade Federal. E por incrível que parece a pasta não foi para o lixo. Hoje é no computador que verificamos se o salário foi depositado, diminuindo os arquivos e o trabalho do correio.
Fiquei a matutar. O que deverá fazer parte de uma biblioteca hoje se os livros, os jornais, os contra cheques, as fotografias estão todos no computador, na internet, on line? Não se precisa de blocos nem de papel, tudo é digitado e enviado de pronto. Isso é muito bom, mas vai aqui uma recomendação importante: se tudo que você tem está on line, para sua segurança faça um backup constantemente dos seus arquivos.
Backup é bem mais simples do que essa minha faxina, mas eu gosto da minha biblioteca do jeito que está, agrada-me ver muitos livros e amo papel, canetinhas e bloquinhos.