Inspirado em Filmes: O melhor de mim.

A música me embala mais uma vez ao teu encontro (e sinto)
Como se fosse real, você, perto de mim…

As flores, as flores mais lindas nos cobrem
Como que nos protegendo, e ao mesmo tempo
Exalando o perfume que torna eterno… O sentimento.

A tua voz, que faço de conta ouvir…

É tão bela… Sussurra trechos de esperança em meio à melodia que me governa…

Movendo os dedos pelo teu corpo distante
Chego a quase senti-lo junto ao meu (quem dera)

E de repente: tudo é incêndio, dentro de mim…

Chego a sentir o teu gosto, pelos teus lábios
Agindo como doce morfina, aliviando as lágrimas que insistem em cair…

Os teus olhos, eles me encaram

Dizendo que o tempo não importa
Quando falamos de um amor, que supera as horas

E meses, e anos…

O pedaço do teu coração está aqui, (tu guardas o meu)
Eu o abraço forte nesse momento em que a saudade parece que vai me destruir,
Como tantas vezes tentou… Mas ela, a saudade, é nada

A distância é nada. O tempo é nada.

Nós… Nós somos tudo.

Claucio Ciarlini (2016)

GENUFLEXO DIANTE DO ALTAR


Wilton Porto*

Quando eu era criança, um dos momentos de ecanto, doçura e emoção inigualáveis, era quando eu participava das Celebrações Eucarísticas. Cada gesto, as belas homilias, as novenas com as músicas inesquecíveis… Na madrugada, eu virava anjo, pois voava sem ter asas. O Céu era o meu deserto, a minha liberdade, o meu contemplar de cada palavra de vida, q saía da Boca de Cristo, pela boca dos Evangelistas, e repetida pelos padres.
“Toda vez que comeres deste Pão, toda vez q beberes deste Cálice, recordamos a Paixão de Jesus Cristo e ficamos esperando a Sua volta”.
Enquanto eu voava, a voz soava em minha mente. “A tumba está vazia…” “Ide por todo mundo e pregai o Evangelho, batizando, curando os doentes e libertando os demônios das criaturas”.
Eu cresci. Mergulhei no mar da água viva. Ouvi o ecoar da Voz do Mestre, falando à samaritana, no Poço de Jacó: “Se beberdes da água q vos darei. Nunca mais tereis sede”.
Diante do Altar-mo, estou eu. Segurando a Partícula, repito: “

“Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo…”
A emoção não se explica, se vive.

* Wilton Porto – cadeira 34 – Patrono: João Maria Marques Basto