
Nascido em Teresina, no dia 24 de outubro de 1928, e tendo morado em Parnaíba, a maior parte de sua vida, Clauder Ciarlini desde criança foi músico, tocava violão clássico com maestria. Trabalhou em várias empresas da cidade, dentre algumas: Roland Jacob, Banco do Brasil e Delta. Por fim, trabalhava no Grupo Santos – Indústria e Comércio. Era membro da Maçonaria e da Ordem Rosa da Cruz. Ao falecer nesta segunda – feira do dia 19 de maio de 2008, deixou 7 filhos, 26 netos e 3 bisnetos. Meu tio querido, irmão de meu avô, tinha, a meu ver, como maiores qualidades, a simplicidade e a sabedoria. Aprendi muito sobre a vida, sobre o mundo e sobre as pessoas conversando com ele e agora deixo uma pequena homenagem a este ser iluminado:
“Nesta segunda feira, o mundo tornou-se um pouco mais escuro, as estrelas intimidaram-se, pois não puderam ouvir a respiração dele… A lua, melancólica, perguntou o porquê de tamanha pressa, não obteve resposta, então fechou os olhos…
Por décadas, iluminou o caminho, de quem por ele foi tocado, fosse através de suas sinceras palavras e conselhos, ou através das doces melodias de seu violão… Não há como evitar as lágrimas que deixou, ao partir em busca de descanso, não da vida, pois a adorava… Mas sim do corpo, que já não mais atendia às suas expectativas…
No velório, rostos diversos chegavam de todas as partes, um luto se fez por toda a Parnaíba, e porque não dizer, por todo universo… Se apenas por um nome pudéssemos defini-lo, seria sensibilidade… Ele trazia sempre consigo essa sensação e fazia despertar na gente, a mesma, preenchendo de amor e esperança cada pensar… No último adeus, em seu enterro, homenagens merecidas foram prestadas, e por um momento chegamos a sentir que poderia passar apenas de sonho, que talvez ele não tivesse feito sua derradeira viagem… Então o sol surgindo, em nossa frente, nos fez voltar a realidade… E perceber, que deve ter sido ele, Clauder Ciarlini, criando mais uma ilusão pra nos consolar… Como sempre fez!”
Claucio Ciarlini (2008)