
MARIA DILMA PONTE DE BRITO
ACADEMIA PARNAIBANA DE LETRAS CADEIRA 28
PATRONO LÍVIO LOPES CASTELO BRANCO
1 º OCUPANTE HUMBERTO TELES MACHADO DE SOUSA
Na hora da Ave Maria, no último instante do dia, o sol vai desaparecendo e começa a escurecer. Esse é o momento em que as aves cessam o seu canto. Recolhem-se em seus ninhos. Os homens retornam do trabalho. A dona de casa deixa seus afazeres para rezar. Muitos oram. Eu medito.
Fico acompanhando o mistério da vida. Ora dia. Ora noite. O silêncio. Parece que no céu também tem calmaria para Deus escutar as orações que vem da terra. E nesse momento místico fico refletindo sobre a importância da “Palavra”.
Palavras doces são bem-vindas. Acalmam a alma. Sossegam o espírito. Acariciam o nosso “ego”. Palavras de conforto no momento de dor, são balsamo, aliviam o sofrimento, incentivam, motivam, dando ânimo para voltar a vida com mais segurança e até alegria.
É preciso medir as palavras, pensar bem ao se comunicar, porque elas também magoam, ferem, desestabilizam e provocam lágrimas. Algumas maltratam, são amargas, cruéis, de rancor, de ódio e tem aquelas que consolam, trazem paz e amor.
A palavra da experiência é fruto de vivência, de conhecimentos e merece ser acatada e respeitada. O homem de palavra é aquele que honra seus compromissos, que cumpre o que prometeu e sua palavra vale mais que uma assinatura.
A palavra de Deus está na Bíblia. Merece ser lida, interpretada e seguida: “em verdade, em verdade vos digo, que se alguém guardar as minhas palavras, nunca verá a morte”.
Morte que nos cala, que nos deixa sem palavras. Em silêncio eterno. E muitos não souberam usar dela, partiram sem oferecer uma palavra amiga, de conforto, de gratidão ou de esperança.
Deus nos deu o dom da palavra, da comunicação e fazer o bom uso dessa dádiva é o nosso dever. E tantas são as palavras bonitas, de sabedoria, de agradecimento, de afeto.
Digo obrigada, eu te amo, você está lindo, perdoe-me, por favor. Palavras assim soam como música e os anjos aplaudem do céu.
Sábias palavras! E Compartilhei!
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Obrigada companheiro.
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Verdade que se dizia que as mulheres pegavam os homens pela barriga (estômago/ estombo), bons tempos! Deus pega o homem pela palavra. Antigamente, um fio do bigode tinha o mesmo valor da palavra empenhada e o curioso é que nosso primeiro modelo de comunicação não é a palavra e sim o choro. Triste de quem só fala um idioma e tem que ir pra Zoropa, pois nem o choro resolve. Terá que retornar à época das cavernas, no uso da mímica. A palavra escrita é mais rebuscada que a palavra falada e não raro de tão rebuscada fica ininteligível. Se é para não ser entendido, seria melhor a mímica. Dito isso, concordo com você em tudo, pena que eu não tenha essa sua tão bela e hábil palavra.
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