As máscaras pelo chão
Enquanto a luta acontece
E pessoas seguem a sofrer com isso
Do topo da mais alta torre da estupidez
Uma garota de sorriso macabro anuncia o fim
Do que nos acostumamos a chamar de esperança
Ela grita de maneira irônica e sádica
Algo sobre melhores e piores
Sem ao menos perceber que a cada insulto
Pouco a pouco
Um pouco mais de humanidade ela perde
Os gritos ecoam por um universo sem fim
Atingindo as mais distantes galáxias virtuais
Provocando medo, um medo capaz de torturar
Até aqueles que pensavam não mais sentir dor
Provocando guerra (psicológica)
Os inocentes, a vagar, atônitos e perdidos
Entre verdades e mentiras, socos e pontapés
Sem saber quem é o que, e o que é que há
Permanecem à espera, de algo que lhes traga alivio
Luz, saber, compreensão…
E sinto não ser eu, e nem alguém, de que lado for
A solucionar as tuas mais que angustiantes questões
É o instinto que vai te dizer, com paciência, no que acreditar.
Claucio Ciarlini (2015)
- O meu vigésimo ano poético (2015) se constituiu num dos mais desafiadores, ao menos em termos psicológicos. O que fez gerar o poema “Guerra Psicológica”. Problemas nos locais de trabalho, como mudanças, que levaram, dentre outras consequenciais, à paralisação (naquele período) do Projeto Cinema e História e também dores de cabeça em outra esfera, por conta de acontecimentos envolvendo questões de honra e vingança, que atrapalharam toda uma evolução e conquistas, além da destruição de amizades. E em âmbito nacional, atitudes antidemocráticas arquitetadas e iniciadas em anos anteriores, começavam a gerar podres frutos, dos quais iríamos colher nos anos seguintes.