1985, em algum lugar do Japão (E ao som de Silent Night).
Gestos
Pequenos gestos,
Mal executados por você
Amontoados pelo tempo
É o que me fez te abandonar…
E não me leve a mal
Se hoje é você que lê esta carta
Nada menos do que trágica
No momento mais negro de nossas vidas
Mas fizeste por merecer
Não foste tão bem quando do cumprimento
Da promessa, de inúmeras noites
De declarações e de canções…
Mágica,
É o que existia
Num passado nem tão remoto assim
De cores e de vozes
Em contraste com o silêncio desesperador
Que tu impuseste em nossos últimos dias
De minutos e de segundos
Que mais pareceram milênios
Pesados demais para que eu pudesse suportar…
E desta forma,
O meu coração teve que decidir
Que já passava da hora
De me distanciar de você
E é o que fiz…
Espero que compreenda a minha decisão de nunca mais ser tua.
Claucio Ciarlini (2013)
Academia Parnaibana de Letras 