O desenhista parnaibano que teima em querer alcançar as estrelas…

Há milhões de anos luz da terra, na imensidão e frieza do espaço sideral, existe um pirata, ou melhor, um Corsário Azul. Ávido de alcançar e dominar nosso enfermo planeta. E ao mesmo tempo em que este ser, dotado de coragem, astúcia e humor, enfrenta mil aventuras, lutando contra robôs e espaçonaves em prol de seus desejos, em contrapartida, existe um desenhista (aqui mesmo em Parnaíba) que persegue, a todo custo seus ideais, Imagemcom bastante humildade, inteligência e humor.

Um ser, de nome Enio Silva, que desde jovem teima em sonhar com as estrelas, mesmo quando estas aparentam estar, bem mais distantes do que seu coração possa senti-las.

O Corsário Azul, fanzine parnaibano que já possui cinco edições lançadas, entre o período de 2006 a 2009, é uma criação do talentoso (e guerreiro) Enio Silva. E é da escrita do próprio Enio, que retiro um trecho (do editorial da edição número três), para  que possamos entender um pouco mais de ambos os personagens: O da Ficção e o da Vida Real.

 “Corsário Azul é o personagem que apareceu para ajudar a extinguir o fraco hábito de leitura em nossa cidade, além de ser criado também para a garotada que curte animes e mangas, histórias criadas por um fanzineiro louco por mangás, que sempre foi doente por animes e que foi contaminado pela inspiração dos mesmos para criação do Fanzine Corsário Azul.”

Porém, este dedicado profissional e pai de família, está longe de ser apenas o criador do “Pirata Viajante das Estrelas”. Chargista com forte veia critica, utiliza seu dom de desenhar com brilhantismo e destemor, na luta contra as injustiças sociais e as trapaças políticas existentes no mundo, e não se amedronta perante os desafios e dificuldades, sempre levando um sorriso, no lugar de escudo, quando se depara com as hipocrisias e mentiras de uma sociedade leviana. E é nessas horas que fico a pensar, e começo a perceber o quanto de Corsário tem em Enio, e o quanto de Enio há no Corsário…

Guardo em meu armário de colecionador, as edições de Corsário Azul, esperando ansiosamente pela sexta edição (contendo, quem sabe, a possível chegada do pirata em nosso planeta), ao mesmo tempo em que agradeço aos “deuses dos quadrinhos”, por terem me proporcionado conhecer este incrível cara, que nunca desiste de lutar, e que nos presenteia a todo instante, com sua criatividade extraordinária e sem limites…

Claucio Ciarlini (2009)

Palavras e palavras…

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Acordei hoje lembrando de Romeu e Julieta. Você está pensando que me refiro a obra de William Shakespeare, o tradicional clássica da literatura? Não, não. Apesar de ser uma boa leitura que inclusive recomendo estou me referido ao docinho de queijo com goiaba, uma deliciosa guloseima que apesar de suas 250 calorias ali e acolá vale a pena saborear.

Minha mãe passou a manhã inteira falando na Maria Izabel. Pensei que era a sua sobrinha querida que estava chegando de viagem. Que nada, era a iguaria que ela estava preparando para o almoço, carne de sol com arroz, prato típico do nordeste, que é muito apreciado e servido acompanhado com farofa de banana.

Todo dia quando vinha do trabalho, por volta de meio dia, ao passar na casa da costureira Mariazinha ela estava dizendo que ia cortar a manga. E ficava a refletir que roupas eram essas que tinham tantas mangas assim. Intrigada com isso, ao escutar pela décima vez “vou cortar a manga”, resolvi entrar na casa da profissional de roupas com o pretexto de pedir um copo de água. Acredite você que a manga que ela cortava era a sobremesa do almoço, a fruta.

A Rosinha com lágrimas nos olhos me disse que não    aguentava mais o “pé de cana” que tinha na casa dela. Não entendi a tristeza da criatura porque um caldo de cana é algo muito apreciado e até citado por Alceu Valença na música Morena Tropicana. Foi então que ela explicou que estava querendo dizer que seu marido era um viciado em bebida alcoólica.

O português tem dessas coisas palavras homônimas pronunciadas da mesma forma mas com significado diferente, como o caso da manga. Tem palavras homófonas com a mesma fonética, mas que apresentam a grafia e o significado diferente. Acento o sinal gráfico que é diferente do assento, lugar para sentar, além de expressões que são usadas em sentido figurado.

Por causa dessas situações uma linda amizade quase foi destruída. A Joana foi dizer para a Claudinha que a Flávia, sua grande amiga, havia lhe chamada de fofoqueira. Isso criou uma situação constrangedora até que ela entendeu depois que a “fofoca” que ela se referia era no sentido de organizar festa, de alegar o ambiente, por ser ela uma criatura ativa, desembaraçada, curiosa e animada. Gostava de “fofoca”, isto é, animação, alegria.

Palavras e palavras. Sentidos e sentidos.   

      DO LIVRO “O QUINTO” INÉDITO
MARIA DILMA PONTE DE BRITO – APAL
CADEIRA Nº 28
PATRONO LÍVIO LOPES CASTELO BRANCO
1º OCUPANTE HUMBERTO TELES DE SOUSA