CANTO SOLITÁRIO

Antonio Gallas

Num canto, em meu canto, solitário canto.

Canto as tristezas de um amargo pranto.

Canto a dor, a saudade de um amor e tanto

Que me deixou a sofrer em desencanto.

Canto para expulsar do peito a dor,

O sentimento atroz da separação.

E enquanto canto, alivio o ardor

Da angustiante dor dessa paixão.

E assim cantando vida afora sigo

A procurar talvez, outra ilusão,

Ou encontrar, quem sabe, um peito amigo.

Senão, irei cumprir com meu fadário,

E ao cantar então qualquer canção

Cantarei o meu canto solitário.

Parnaíba,10/07/1980

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