Dossiê Versania (1): Antecedentes

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Março de 1996:

Em Parnaíba, Piauí, um jovem de 14 anos inicia na escrita de poesias. O nome dele: Claucio Ciarlini.

Outubro de 1999:

Depois de três anos de escrita poética, Claucio resolve compartilhar suas produções através de um encadernado distribuído gratuitamente a amigos e colegas de sala. O titulo: Tão perto, tão longe.

Outubro de 2003:

Claucio promove um concurso de poesias na Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), em Sobral, Ceará, durante sua graduação no curso de História.

Junho de 2004:

Depois de 5 anos lançando encadernados com suas poesias (um em cada ano), Claucio lança sua primeira obra Linhas Impensadas, no auditório do Centro de Ciências Humanas da UVA.

Abril de 2005:

Claucio, já de volta à Parnaíba, lança seu segundo livro: Pedido de Autorização para pensar.

Setembro de 2007:

Daniel C. B. Ciarlini, tendo conhecimento das produções do primo Claucio Ciarlini, o convida, para juntos, e em parceria com o diagramador Fábio Bezerra Brito, fundarem um jornal de cultura. Da união de ideias de Claucio e Daniel, surge O Piaguí.

Novembro de 2007:

A primeira edição de O Piaguí é lançada, trazendo, dentre seus quadros, o Estreando, que busca dar voz e visibilidade aos jovens poetas da cidade e do estado. Amanda Dias foi a primeira poetisa revelada.

Outubro de 2008:

O Piaguí encontra-se há um mês de completar seu primeiro aniversário e Claucio tem a ideia de lançar uma coletânea de poesias aproveitando os talentos da poesia que haviam estreado até então, no que se estenderia posteriormente para os demais escritores, da crônica, do conto, da prosa, em outros livros. Porém a estrutura financeira do jornal não possibilitou.

Agosto de 2009:

Claucio lança, em ocasião do I Salão do Livro de Parnaiba, sua terceira obra poética: Inevitável.

Dezembro de 2009:

Devido a muitos trabalhos como professor, Claucio deixa o cargo de edição do Piaguí, no qual exercia com seu primo Daniel desde a primeira edição, porém continua a colaborar com o jornal, atuando na direção de conteúdo e outras atividades.

Julho de 2016:

Claucio retorna a edição do O Piaguí, desta vez de forma solitária, devido ao primo Daniel ter seguido com os estudos do Doutorado em Letras.

Agosto de 2016:

É lançado o número 106 de O Piaguí, com edição de Claucio, que ao pensar no ano seguinte, que traria a comemoração de 10 anos do informativo, resolve retomar com a ideia de 2008, da série de coletâneas.

Fevereiro de 2017.

Claucio cria um grupo do Whatsapp para reunir os poetas, visando a formação da coletânea poética.

Continua com: Gestação.

Mad Max

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Inúmeros quilômetros pra trás

Enquanto tragédias são esquecidas

Ao menos é o que se tenta

Mas quase sempre em vão

Nesta terra de ninguém
Onde sanidade é luxo
A poeira e o medo é o que predominam
Pois as preces de outrora não mais funcionam

O que fazer?

Num mundo caótico dominado pela violência
Ser louco talvez seja a solução (ou quem sabe, vai saber!)
A fina e cruel diferença entre conseguir viver (por uns dias)
Ou morrer (na mesma hora, ou em ingratos segundos)

Enquanto o sangue é retirado (sem o uso da misericórdia)
As memórias seguem como finas agulhas (a espetar sem aviso)
As horas, mais que trágicas, parecem nunca mais passar
No que ouço uma guitarra insana a tocar no meu ouvido

E vejo

Mãos erguidas e sedentas em busca de salvação
À procura da água, do pão, na busca de entender, ao menos
Como ficamos assim, como tal ponto foi alcançado
Da exaltação de tão poucos em detrimento da maioria (ou sempre foi assim?)

A raiva da corrente, que cresce, à medida que a morfina se esvai
Acaba levando à fuga, que resulta na vingança (ou à justiça, como quiseres)
E o combustível então se mistura ao fogo, criando bela paisagem
Ao menos para os que se deliciam com essa arte equilibradamente caótica

E o leite? O leite segue derramado. Sem jeito.

Claucio Ciarlini (2016)

 

 

Elas são…

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O meu orgulho, a minha alegria, a minha inspiração; a minha herança, o meu legado; o meu triunfo; o meu mestrado, o meu doutorado e o pós também; Pulitzer, Grammy, Oscar… Nobel! E por que não? As minhas medalhas de bronze, de prata e de ouro; o meu desejo de um mundo melhor, mais pacífico; os frutos mais lindos do meu amor por Ana Roberta:

   – Carolina e Ingrid (e a Shakira também).

Claucio Ciarlini (2016)

Millôr Fernandes

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E eis que estou aqui, hoje, pra lhes falar…
De um ser humano, um artista, pra lá de exemplar!
Desenhista, dramaturgo e escritor
Igualmente, e ainda (pois era, ele, vários)
Humorista, poeta e tradutor
Jornalista também, e não menos, até mais!
É de um brasileiro, com mente sagaz
Que se trata essa exposição
Que não possui a ambição
De tentar contar toda a trajetória “millônar”
Por sinal, até uma rica história a analisar
De 88 primaveras dedicadas a arte
E de tudo o mais que dela faz parte
Um ser de caráter inovador
Inúmeras vezes até contestador
Era assim o inigualável Millôr
Desde muito jovem inquieto,
Menino esperto, que soube se virar
Mesmo quando a morte foi lhe visitar
Roubando muito cedo seu pai e mãe
O que fez nosso homenageado amadurecer
E para o trabalho, de faz tudo, ele foi correr
O Cruzeiro, O Pasquim, Isto é, O Dia e O Estado
De todos estes, ele foi colaborador,
Contratado, bem pago, pois era merecedor!
Mas nem por isso e com tudo, ele se aquietou
O tempo inteiro, de vida e tinteiro, se reinventou
Criou música, peça de teatro, foi até apresentador!
Fez sorrir, enquanto encantava, e causava o refletir
Uma das personalidades mais respeitadas
Que gostava de notoriedade, não queria ficar desamparado
Mas tinha horror à popularidade, para não ser intimidado
Reservado ele ficou, até o fim do seu respirar
Grande legado deixou, que tanto nos faz inspirar!

Claucio Ciarlini (2019)

O tamanho das coisas

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          Dizem que o homem é do tamanho do seu sonho.  É o que ele pensa, o que ele planta, o que ele constrói.  Aquela história da “Catedral” é muito interessante para mostrar a importância que cada um dá ao seu trabalho e a sua vida. “Numa grande construção uma pessoa perguntou a um pedreiro o que ele estava fazendo: estou assentado tijolos, respondeu. Outro pedreiro respondeu a mesma pergunta dizendo: estou fazendo paredes. O terceiro pedreiro respondeu: estou construindo uma Catedral”.

              O que será que cada um de nós está fazendo nessa vida? Simplesmente assentando tijolos ou apenas subindo paredes? O homem que valoriza seu trabalho, que está de bem com a vida, que tem aspirações enxerga as coisas com o olhar promissor. Construir uma Catedral, a casa de Deus Pai, que abrigará muitos fiéis torna o trabalho bem mais valorizado e importante.

Temos a mania de voltarmos o nosso olhar sempre para o lado negativo das coisas dificultando a nossa felicidade. Ouvi alguém dizer: “Passei por muitos problemas nessa vida, mas nem todos aconteceram”. Quantas vezes nos martirizamos com o resultado de um exame quando ele dá tudo perfeito, quantas vezes julgamos que alguém não vai atender um pedido nosso e ele não só atende como se coloca à  nossa disposição.

Outra frase que gostei de escutar foi: “Tudo que acontece em nossa vida, inclusive os problemas são do tamanho do valor, que damos a eles.” Se você se impressiona com uma doença ela pode se tornar maior que é. Se você valoriza muito um desentendimento com alguém isso pode lhe trazer até o estresse.

Para enxergarmos o quanto a vida é bela e sentir o quão o mundo é bom, devemos procurar sonhar e evitar os pesadelos, devemos valorizar o que fazemos, o que construímos e nunca ignorar sua importância.  Não devemos sofrer antecipadamente e sim procurar viver cada momento, o hoje, o agora, intensamente.

Amanhã é outro dia.

DO LIVRO”O QUINTO” INÉDITO
MARIA DILMA PONTE DE BRITO APAL
CADEIRA 28
PATRONO LÍVIO LOPES CASTELO BRANCO
1ºOCUPANTE HUMBERTO TELES MACHADO DE SOUSA