Maldita

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Insônia é a vilã intragável que me consome agora
Não me deixa quieto (talvez o correto)
Com um sorriso desgraçado de ironia, na boca
E eu me perdendo no desprezo deste dia
Perdendo o sono, a paciência, a beleza

Insônia que me traz, e traz: angústia que nem sempre é bom
Mas o que fazer? Não há, não há
Se na noite ela me provoca feito Diabo a Jesus
Que cruz, meu Deus, que cruz!
E eu tão pouco sou Deus pra lidar, para domar a fera

Insônia para poucos, que coléricos, gritam feito insanos
Sufocados à espera do agrado do danado (Morfeu)
Penitência maldita no pingar lento dos olhos cansados
Desgraça calada, que cutuca e desnorteia
Num turbilhão de mensagens bizarras e complexas

Insônia é a droga que ninguém deseja
Mas que todos procuram remédio, solução
A droga pra droga (que droga!)
Agoniação indigesta e praticamente imbatível
Como os sonhos ainda não conquistados, que me esperam

No amanhã, que só chegará se eu dormir.

Claucio Ciarlini (2013)

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