
Professora Christina e seu esposo professor Alexandre Alves Oliveira
Por: Maria Christina de Moraes Souza Oliveira
A vida humana não pode ser vivida em plenitude se lhe faltar alegria.
Mas de um momento para outro tudo muda. Tudo se transforma. Em nossas vidas passam-se fatos, passam pessoas que deixam marcas, que não nos deixam sozinhos, deixam um pouco de si e levam um pouco de nós.
Quando crianças são alegrias, peraltices e espontaneidades infantis. Quantos mimos, quantos carinhos, quantos presentes, tudo nos alegra a mente e ao coração. Depois de jovens e adolescentes são novas aspirações que surgem, outras amizades, novos lazeres e tudo com alegrias e inquietações variadas. Incompreensões aparecem, controvérsias de valores são questionadas constantemente.
Vem a idade adulta, nos posicionamos como pessoas com pontos de vistas e objetivos próprios, centrados em nossa nova fase de vida. Tudo parece ser mais real, mais prático e concreto.
Surgem então os prenúncios da velhice. São as limitações que aparecem algumas vezes vagarosamente, outras repentinamente. São as articulações doloridas, as pernas enfraquecidas, a vista a encurtar e a embaçar, a audição diminuída, o coração ora bate mais aceleradamente ou lentamente, o pulso também descontrolado, a pressão subindo ou descendo, o corpo engordando ou emagrecendo, a memória começa a falhar, dificuldade de concentração, o desejo de atenção e reconhecimento são mais aguçados nesta fase da vida, bem como a carência de carinho, abraços e beijos.
Como arvores frondosas, chegam ao seu declínio. Eram altas e majestosas, mas começam a se fechar e vêm as angústias, ansiedade e depressões
É hora da procura a um geriátrico para que ajude a amenizar os declínios da saúde. Algumas, a ajuda de psicólogos é necessário também para motivar atividades físicas e mentais.
O sedentarismo é o maior inimigo do envelhecimento. O isolamento também. A constante lembrança do passado faz impedir ver que o presente pode ser vivido com tranquilidade e entusiasmo junto ao grupo de companheiros que se dedicam à filantropia, espiritualidade, diversões, arte e cultura. Os cursos para terceira idade são maravilhosos para preencher os dias saudavelmente.
Enfim, embora a velhice seja a fase da vida que nos surpreende com o aparecimento de tantos sofrimentos, ela pode ser encarada com sabedoria. Embora tudo lhe pareça faltar, dentro de cada idoso existe o interior capaz de impulsioná-lo agir com tranquilidade, paciência e entusiasmo.
Valorizar a família, apesar das diferenças dos valores atuais e criar laços de amizades são ótimos alimentos para esta fase da vida
Por outro lado, aprender a ir se desapegando das coisas terrenas conscientizando-se de que estamos de passagem e que, temos outra morada na Pátria Celeste, é outro aspecto a considerar.
Aprender a encarar a morte como um fato normal e natural da vida, vivendo os dias praticando o bem, dedicando-se a serviço do outro, do nosso próximo. Sempre temos algo a dar, uma palavra, um abraço, um aperto de mão uma prece ou mesmo algum alimento básico que às vezes é desperdiçado por nós.
Apegar-se a bons sentimentos emocionais e espirituais, manter boas amizades e ter Deus presente em todos os momentos da vida, eis as grandes armas para que o idoso viva com sabedoria esta fase da vida.
Maria Christina de Moraes Souza Oliveira ocupa a cadeira nº 25 da Academia Parnaibana de Letras que tem como patrono o poeta Lívio Pacheco.